Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Como se constata e se comprova o propósito politico da prisão de Dirceu, um prezo à disposição do Supremo Tribunal Federal, o supremo tribunal de justiça do país? A comprovação está nas publicações midiáticas e nos discursos das lideranças de oposição ao governo. Senão vejamos: “Segundo os investigadores, Dirceu foi um dos criadores do esquema de corrupção na Petrobras e na estatal a prática do mensalão - a compra de apoio parlamentar”. Isto não é verdade segundo o relato do livro "O Príncipe da Privataria", lançado pelo jornalista Palmério Doria – “Uma grande reportagem, 400 páginas, 36 capítulos, 20 anos de apuração, um repórter da velha guarda, uma personagem central recheado de contradições, poderoso, ex-presidente da República, um furo jornalístico, os bastidores da imprensa” (Saraiva) – “retrata os dois mandatos de FHC, que vão de 1995 a 2002 - as polêmicas e contraditórias privatizações do governo do PSDB e revela, com profundidade de apuração, quais foram os trâmites para a compra da reeleição, quem foi o "Senhor X" - a misteriosa fonte que gravou deputados confessando venda de votos para reeleição - e quem foram os verdadeiros amigos do presidente, o papel da imprensa em relação ao governo tucano, e a ligação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) com a CIA, além do suposto filho fora do casamento, um "segredo de polichinelo" guardado durante anos” (Livraria da Folha). E do Livro “A Privataria Tucana”, livro do jornalista Amaury Ribeiro Junior – “nos traz, de maneira chocante e até decepcionante, a dura realidade dos bastidores da política e do empresariado brasileiro, em conluio para roubar dinheiro público. Faz uma denúncia vigorosa do que foi a chamada Era das Privatizações, instaurada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e por seu então Ministro do Planejamento, José Serra. Nomes imprevistos, até agora blindados pela aura da honestidade, surgirão manchados pela imprevista descoberta de seus malfeitos. Amaury Ribeiro Jr. faz um trabalho investigativo que começa de maneira assustadora, quando leva um tiro ao fazer reportagem sobre o narcotráfico e assassinato de adolescentes, na periferia de Brasília. Depois do trauma sofrido, refugia-se em Minas e começa a investigar uma rede de espionagem estimulada pelo ex-governador paulista José Serra, para desacreditar seu rival no PSDB, o ex-governador mineiro Aécio Neves. Ao puxar o fio da meada, mergulha num novelo de proporções espantosas” (Saraiva). Citam mentiras para confundir o leitor e transformar suposições em crime: “Se a justificativa é que ele [Dirceu] contribuiu para formar o esquema da Petrobras, essa mesma se prestaria também, pelo menos, à abertura de uma investigação contra Lula e Dilma. Ele não montou isso sozinho. Havia um presidente da República e uma chefe da Casa Civil”, afirmou o tucano”. Dilma só veio a ser chefe da Casa Civil depois de Dirceu deixar o governo, portanto não teria como ele organizar a estrutura de corrupção quando estava fora do governo, mesmo que ainda pudesse ter algum prestígio político. E isto é improvável porque como disse Sócrates: “Aquilo que não puderes controlar, não ordenes”. Todos tinham o que supor, esquecendo-se das acusações registradas em livros da responsabilidade do governo de FHC na introdução dos mecanismos de corrupção identificados pela Lava Jato. Com isto, o deputado Roberto Freire (SP) faz a maior demonstração do uso política desta operação ao dizer: “há o encaminhamento de que o impeachment pode se tornar necessário” porque a “ingovernabilidade está instalada no país”. Quem tem mais alguma dúvida do uso da Lava Jato, do sensacionalismo, da suposição e denúncia sem prova para o golpe de Estado? É o Brasil dos golpes de Estado institucionalizado pelos poderes do legislativo e do judiciário ou vice-versa? Juntando o TCU, TSE e o movimento do dia 16/08 dos que foram derrotados nas urnas está montada a farsa para justificar o golpe ou destituição do governo, como queiram. Afinados.
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