quinta-feira, 30 de abril de 2020

Sítio Web oficial da União Europeia | União Europeia

Sítio Web oficial da União Europeia | União Europeia: European Union - Official website of the European Union

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Braga Netto sobre Pró-Brasil: Economia dará a palavra final - Brasil 247

Braga Netto sobre Pró-Brasil: Economia dará a palavra final - Brasil 247: "Em nenhum momento se pensou em sair do trilho programado pela Economia", disse o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, negando que o plano Pró-Brasil irá alterar a política econômica liberal do governo

terça-feira, 28 de abril de 2020

Huck diz que a taxação de grandes fortunas pode prejudicar o país - Brasil 247

Huck diz que a taxação de grandes fortunas pode prejudicar o país - Brasil 247: O apresentador Luciano Huck afirmou que a taxar grandes fortunas pode atrapalhar o desenvolvimento do país. Ele argumentou que a “malha tributária” do Brasil permitiria "engenharias fiscais" para que os milionários levassem o seu dinheiro para outro lugar

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Entrevista Tânia Bacelar - Site da Crise COVID-19

Entrevista Tânia Bacelar - Site da Crise COVID-19: Entrevista Tânia Bacelar BRASIL: DESIGUALDADES SOCIAIS E PANDEMIA Graduada em Ciências Sociais e em Ciências Econômicas, especialista em Planejamento Global pela Cepal e possui doutorado em Economia pela Universidade de Paris I – Panthéon-Sorbonne (França). Aposentou-se em 2014, após 36 anos de contribuição à formação de estudantes na graduação e pós-graduação, à produção de conhecimento …

Contra o Pró-Brasil, equipe de Guedes ameaça com debandada geral - Brasil 247

Contra o Pró-Brasil, equipe de Guedes ameaça com debandada geral - Brasil 247: Depois da queda de Sergio Moro, a próxima semana pode ser marcada pela demissão de Paulo Guedes e de toda sua equipe, que se opõe à volta dos investimentos públicos

domingo, 26 de abril de 2020

Opera Mundi: Sobre saudar a mandioca e estocar vento: Dilma estava certa

Opera Mundi: Sobre saudar a mandioca e estocar vento: Dilma estava certa: Dilma, ao contrário do que se fez parecer, sabia muito bem sobre o que falava nos dois casos: o problema foi de quem não quis entendê-la

Globo censura oposição a Bolsonaro, denuncia colunista - Brasil 247

Globo censura oposição a Bolsonaro, denuncia colunista - Brasil 247: colunista do portal Uol Mauricio Stycer

sábado, 25 de abril de 2020

Coronavírus: Um em cada seis trabalhadores dos EUA solicitou seguro-desemprego desde meados de março | Economia | EL PAÍS Brasil

Coronavírus: Um em cada seis trabalhadores dos EUA solicitou seguro-desemprego desde meados de março | Economia | EL PAÍS Brasil: Deputados aprovam o novo pacote de resgate, num valor de 484 bilhões de dólares, ainda a ser sancionado por Trump

Dólar dispara, e Bolsa tem forte queda com saída de Moro do Governo

Dólar dispara, e Bolsa tem forte queda com saída de Moro do Governo: Na máxima, a moeda americana chegou a ser vendida a 5,717 reais, maior cotação já registrada, e terminou o dia valendo 5,66 reais. O euro avançou 2,47%, cotado ao fim do dia a 6,11 reais.

"Moro admitiu, no mínimo, a prevaricação", afirma Kakay - Brasil 247

"Moro admitiu, no mínimo, a prevaricação", afirma Kakay - Brasil 247: O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, lembra o episódio em que Moro teria entrado em contato com autoridades para comunicar que as figuras públicas haviam sido hackeadas e que as informações seriam destruídas. "Vejam que a tal interferência que o ex-ministro Moro agora parece abominar, parecia ser uma prática que o próprio ex-ministro já utilizava", afirma

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Pró-Brasil ainda é só um PowerPoint, mas já fechou a porta de Guedes - José Paulo Kupfer - UOL

Pró-Brasil ainda é só um PowerPoint, mas já fechou a porta de Guedes - José Paulo Kupfer - UOL: O programa de investimentos públicos e em parceria com o setor privado, lançado nesta quarta-feira (22) pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, pelo menos por enquanto não é nem u

terça-feira, 21 de abril de 2020

Eugênio Aragão: Bolsonaro deve ser afastado por ofender matriz normativa do Estado - Brasil 247

Eugênio Aragão: Bolsonaro deve ser afastado por ofender matriz normativa do Estado - Brasil 247: Para o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, estamos neste momento "diante da maior ameaça à Constituição desde sua promulgação". "A deslealdade do presidente para com os cânones constitucionais por si só seria motivo para afastá-lo do cargo", defende

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Coronavírus: Bolsonaro endossa ato pró-intervenção militar e provoca reação de Maia, STF e governadores | Brasil | EL PAÍS Brasil

Coronavírus: Bolsonaro endossa ato pró-intervenção militar e provoca reação de Maia, STF e governadores | Brasil | EL PAÍS Brasil: Presidente participou de protesto contra o Congresso em Brasília no dia em que mortes pelo coronavírus passaram de 2.400. Especialistas veem crime de responsabilidade e contra a saúde pública

domingo, 19 de abril de 2020

Mbappé por € 40 milhões: político francês prevê nova era no futebol | Goal.com

Mbappé por € 40 milhões: político francês prevê nova era no futebol | Goal.com: craque do Paris Saint-Germain

sábado, 18 de abril de 2020

Maia acusa Guedes de passar informações falsas à sociedade

Maia acusa Guedes de passar informações falsas à sociedade: O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, passa informações falsas sobre a crise dos Estados e municípios frente ao novo coronavírus.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Desponta novo consenso positivo sobre a China na União Europeia - Brasil 247

Desponta novo consenso positivo sobre a China na União Europeia - Brasil 247: "De uma perspectiva global, esta crise está expondo todas as falhas e fraquezas estruturais acumuladas nas últimas décadas pelo Ocidente", escreve Fabio Massimo Parenti, professor de Estudos Internacionais e autor do livro Geofinança e Geopolítica, em artigo publicado no jornal Global Times

Em artigo no Linkedin, Nelson Teich defende isolar só as pessoas infectadas e seus contatos mais próximos - Brasil 247

Em artigo no Linkedin, Nelson Teich defende isolar só as pessoas infectadas e seus contatos mais próximos - Brasil 247: "Usando um conceito que hoje permeia a saúde, ele deveria ser personalizado. Um modelo semelhante ao da Coreia do Sul. Essa estratégia demanda um conhecimento maior da extensão da doença na população e uma capacidade de rastrear pessoas infectadas e seus contatos", disse ele

Presidente do Banco Central diz que reduzir mortes por Covid-19 é pior para a economia - Brasil 247

Presidente do Banco Central diz que reduzir mortes por Covid-19 é pior para a economia - Brasil 247: Reportagem do Intercept Brasil destaca a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para investidores do mercado. De acordo com o dirigente, quanto maior for o número de novos casos e mortes por coronavírus melhor para a economia

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Bill Gates confronta Trump e defende OMS - Brasil 247

Bill Gates confronta Trump e defende OMS - Brasil 247: Bill Gates disse nesta quarta-feira que mais do que nunca o mundo precisa da Organização Mundial de Saúde (OMS), depois que o presidente Donald Trump decidiu suspender a contribuição financeira dos Estados Unidos à agência

Proposta do governo para estados 'não faz sentido', diz Meirelles - 14/04/2020 - Mercado - Folha

Proposta do governo para estados 'não faz sentido', diz Meirelles - 14/04/2020 - Mercado - Folha: Para secretário de Doria, é impossível prever impacto da recessão sobre caixa dos governos

"Bolsominion" alemã é internada em clínica psiquiátrica por negar a pandemia - Brasil 247

"Bolsominion" alemã é internada em clínica psiquiátrica por negar a pandemia - Brasil 247: A advogada Beate Bahner foi internada na Alemanha por negar a existência do coronavírus. Ela chegou a lançar um site onde defendia que a covid-19 era “uma mera gripe”, e que as medidas de isolamento adotadas pelo governo são “flagrantemente inconstitucionais”

terça-feira, 14 de abril de 2020

(48) ABED-Associação Brasileira de Economistas pela Democracia - Página inicial

(48) ABED-Associação Brasileira de Economistas pela Democracia - Página inicial

Câmara aprova projeto de socorro aos estados, mas Guedes quer veto de Bolsonaro - 13/04/2020 - Mercado - Folha

Câmara aprova projeto de socorro aos estados, mas Guedes quer veto de Bolsonaro - 13/04/2020 - Mercado - Folha: Apesar de desidratada, a versão não agrada o ministro da Economia

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Modelo de compensação a Estados por perda de imposto é irresponsabilidade e cheque em branco, diz Guedes - 13/04/2020 - UOL Economia

Modelo de compensação a Estados por perda de imposto é irresponsabilidade e cheque em branco, diz Guedes - 13/04/2020 - UOL Economia: Por Marcela Ayres BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira que a ajuda a Estados e municípios num modelo de compensação por perda de receitas com impostos seria uma irrespo

Aras confronta STF e diz que Bolsonaro pode decidir fim do isolamento social - Brasil 247

Aras confronta STF e diz que Bolsonaro pode decidir fim do isolamento social - Brasil 247: Em parecer, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que, como o mundo passa por uma "crise sem precedentes", repleta de "incertezas", ainda não é possível avaliar bem se a estratégia de limitar a circulação de pessoas tem eficácia para impedir a propagação do coronavírus. O STF vem sinalizando que não aprovará medidas que contrariem recomendações da OMS

Alexandre Garcia afirma que compra de respiradores "é excesso de gastos" - Brasil 247

Alexandre Garcia afirma que compra de respiradores "é excesso de gastos" - Brasil 247: Ex-jornalista da Rede Globo Alexandre Garcia escreveu artigo no qual afirma que a anunciada compra de 65 mil respiradores artificiais para o Brasil combater a epidemia de coronavírus é "excesso de gastos". No texto, diz ainda que os governadores estariam "se aproveitando da situação de emergência para gastar demais". A reação nas redes sociais foi imediata

domingo, 12 de abril de 2020

ALERTA PÚBLICO PEC DO ORÇAMENTO DE GUERRA: A ABSURDA PRIORIZAÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO NO CONTEXTO DA PANDEMIA                                                          As organizações, fóruns, redes, plataformas da sociedade civil, conselhos de direitos e instituições de pesquisa acadêmica vêm manifestar publicamente ao Senado Federal e à sociedade brasileira imensa preocupação com a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional 10/2020, conhecida como a PEC de Orçamento de Guerra, e com outras medidas econômicas adotadas no contexto da pandemia do COVID-19. Mais uma vez assistimos a uma inversão perversa de prioridades ao se propor medidas econômicas que visam aumentar a drenagem de recursos públicos para o mercado financeiro, concentrando ainda mais a renda nas mãos de poucos, em detrimento das políticas sociais, em meio à dramática situação vivida pela população, marcada pelo crescimento vertiginoso da fome, da miséria e do número de mortes. Aprovada de forma acelerada pela Câmara Federal no dia 3 de abril, a PEC do Orçamento de Guerra propõe, dentre outras mudanças, alterações nas competências do Banco Central. A principal razão de ser dessa Proposta de Emenda Constitucional reside na tentativa de autorizar o Banco Central a repassar recursos para o setor financeiro, sem qualquer contrapartida por parte das instituições que serão socorridas. Não há dúvidas quanto à necessidade de criar e aprimorar instrumentos adequados para evitar uma crise financeira sistêmica. Salvar bancos e demais instituições financeiras significa garantir os depósitos das pessoas físicas, evitar uma corrida bancária e o efeito cascata de colapso dessas instituições, o que levaria, por sua vez, à falência das empresas cujas ações compõem tais carteiras. Mas isso de forma alguma deve ocorrer à custa da destruição dos direitos sociais, do aprofundamento da brutal desigualdade brasileira e em favor dos gestores das instituições financeiras. Assim, é essencial que a PEC 10/2020 incorpore contrapartidas, como a suspensão do pagamento de dividendos e do pagamento de bônus aos sócios, reversão de parte da taxa de administração cobrada por essas instituições para os cofres públicos e aumento da participação acionária do Estado nas instituições que serão mais beneficiadas. Após a aprovação na Câmara Federal, o Banco Central percebendo a reação de determinados setores da opinião pública sobre a falta de exigência de contrapartidas e de mecanismos suficientes de controle das despesas públicas daí decorrentes, apresentou a Resolução 4.797/20 que estabelece vedações à distribuição de resultados, redução de capital social e aumento da remuneração de administradores de instituições financeiras. Tal medida é insuficiente e constitui um ato administrativo, ou seja, algo que pode ser facilmente revertido. A agilidade de liberação de recursos para o mercado financeiro contrasta com os diversos entraves para a liberação de recursos suficientes ao Sistema Único de Saúde (SUS), para os repasses aos entes subnacionais e para o urgente pagamento da renda mínima da população mais pobre, negra e indígena. Some-se a isso o risco de uma autoritária e temerária concentração de poderes decisórios no nível federal, já que a PEC do Orçamento de Guerra veda direito de voto dos gestores estaduais distritais e municipais no Comitê Executivo da 2 Calamidade, aumentando ainda mais o poder do Presidente da República, desprezando competências administrativas e legislativas e violando o pacto federativo constitucional, que se apresenta como garantia de promoção das políticas de saúde e de interesse local. Presidente da República que diariamente comete crime de responsabilidade ao desafiar o isolamento social e as medidas emergenciais de enfrentamento da pandemia. A PEC ainda propõe que atos do Comitê Gestor da Crise sejam analisados diretamente pelo Superior Tribunal de Justiça. As amplas atribuições ao Comitê Gestor de Crise certamente trarão impactos para o exercício de direitos individuais e sociais constitucionais que não poderão ser questionados nas instâncias comuns, seja estadual ou federal, importando em grave violação do acesso à justiça. Não há justificativa para afastar a cláusula constitucional do juiz natural, violando a própria noção de separação de poderes. Políticas sociais: lentidão e baixo volume de recursos No Brasil, o volume e a velocidade com que setores do governo federal têm mobilizado recursos para aprovar medidas de salvaguarda ao sistema financeiro contrapõem-se com a lentidão e a escassez de recursos destinados à saúde, à assistência social, à segurança alimentar, à educação, à ciência e tecnologia aos programas de renda mínima e às demais políticas sociais. Diante da pandemia do novo coronanavírus, as medidas econômicas que estão sendo adotadas podem ser agrupadas em sete grandes linhas: 1. garantia de renda à população - trabalhadores formais, informais, autônomos, beneficiários de programas sociais e chefes de família em geral; 2. auxílio às empresas – evitar a falência de empresas por interrupção de fluxos de caixa; 3. adiamento no pagamento de impostos e tarifas públicas, em alguns casos, até de aluguéis; 4. ampliação de recursos para áreas prioritárias, em especial, a saúde, de forma a garantir a expansão da atenção básica, dos leitos das UTIs e do número de ventiladores mecânicos; 5. auxílio aos entes federados - frente à queda inevitável de arrecadação e à necessidade de manutenção dos serviços públicos; 6. garantia de abastecimento e de conversão industrial para a produção de produtos essenciais para enfrentamento da pandemia; e 7. auxílio ao sistema financeiro – tanto para o setor bancário quanto para as demais instituições financeiras. Em relação ao auxílio direcionado diretamente às famílias, há duas iniciativas: primeira, o auxílio emergencial, já aprovado no Congresso, a trabalhadores autônomos e informais; segunda, a proposta apresentada na Medida Provisória (MP) 936 pelo Executivo para trabalhadores formais. O auxílio emergencial, também denominado Renda Básica Emergencial, que teve valor estabelecido em 600 reais, graças à mobilização da sociedade, em contraposição aos 200 reais propostos inicialmente pelo governo, começou a ser viabilizado no dia 9 de abril. As exigências para a comprovação de elegibilidade provocam, contudo, desespero para milhões de pessoas, sobretudo àquelas que estão na extrema pobreza, levando ao rompimento do isolamento e à exposição à doença. Para os trabalhadores formais, o governo federal propôs um programa que poderá levar à demissão em massa e provocar uma forte queda das remunerações de trabalhadores formais que ganham acima de um salário mínimo. Inicialmente, o governo havia proposto uma facilitação para as empresas demitirem seus funcionários na MP 927. Já a MP 936, apresentada no dia 1 de abril, propõe que a empresa negocie caso a caso uma redução da 3 jornada e redução proporcional de salários, enquanto o governo federal pagaria um valor proporcional do seguro desemprego aos trabalhadores que tiverem a jornada reduzida. Há uma série de problemas. Em primeiro lugar, o valor máximo do seguro desemprego é em torno de R$ 1.800,00, menos de dois salários mínimos. Ou seja, haverá uma redução considerável na remuneração da expressiva maioria dos trabalhadores formais. Segundo, há estabilidade parcial apenas para os trabalhadores que negociarem a redução da jornada, sem qualquer garantia para os demais trabalhadores. Na realidade, a MP 936 mantém a possibilidade de demissão sem justa causa mesmo para aqueles que renegociarem suas jornadas. Na prática, é alternativa barata para as empresas ajustarem as suas folhas de pagamento sem qualquer garantia às trabalhadoras e aos trabalhadores. Portanto, a MP 936 fragiliza o trabalhador, enfraquece a efetividade das medidas de manutenção dos empregos, não garante a política de isolamento social e agrava ainda mais o cenário de recessão econômica. É importante registrar que em vários países, os governos estão cobrindo cerca de 80% dos salários de trabalhadoras e trabalhadores e desenvolvendo um conjunto de políticas que os defendam do desemprego. O crescimento da riqueza do setor bancário na pandemia As medidas iniciais adotadas pelo Banco Central para o enfrentamento dos efeitos econômicos da pandemia, como a disponibilidade de um volume estimado em R$ 1,2 trilhão ao sistema financeiro, não surtiram qualquer efeito prático. Ou seja, grande parte desse recurso não foi efetivamente utilizada pelos bancos para salvar empresas ou mesmo garantir mais recursos para o próprio sistema financeiro. Na verdade, a maior parte desse recurso ficou empossada nos próprios bancos e foi convertida em aumento do endividamento público, por meio das chamadas operações compromissadas do Banco Central. Em poucas palavras, uma das principais medidas desse pacote financeiro foi a permissão para que os bancos reduzissem o percentual dos depósitos compulsórios, que na prática representa a parcela que os bancos devem manter como reserva depositada no Banco Central. Esse valor que fica retido no Banco Central não rende juros. A lógica declarada do Banco Central ao reduzir esse percentual exigido foi que os bancos utilizassem tal recurso para ampliar os empréstimos ao setor privado e renegociar as dívidas das famílias e das empresas. No entanto, como não foi imposta qualquer exigência de contrapartida para a redução dos depósitos compulsórios, os bancos não utilizaram esse recurso para ampliar o crédito. Na verdade, demandaram títulos públicos diretamente ao Banco Central, títulos esses que rendem juros, ampliando assim a dívida pública e aumentando a remuneração do setor bancário. As medidas já tomadas e as já anunciadas levarão a um aumento da dívida pública. Esse aumento decorrerá muito mais das operações do Banco Central em favor do mercado financeiro do que da ampliação dos benefícios sociais e dos gastos com saúde, assistência social e de outras atividades prioritárias. Pós-pandemia: a EC 95 e a ameaça do retorno ao ajuste fiscal No mundo todo, no contexto da pandemia, as políticas econômicas de austeridade vêm sendo profundamente questionadas. Políticas que articulam perversamente a defesa da 4 diminuição do Estado, o investimento social como “atraso”, a necessidade de “sacrifício” da população para a “correção do rumo”, a despolitização do processo de tomada de decisão econômica (blindagem), escondendo os reais beneficiários de tais medidas; fomentam a privatização como resposta à redução e à desqualificação das políticas públicas; exigem que, em decorrência dos cortes das políticas sociais, as mulheres, sobretudo as mulheres negras e pobres sejam ainda mais responsabilizadas pelos cuidados com as famílias, comunidades, com a reprodução da vida. A crise global gerada pela pandemia evidenciou a importância fundamental do Estado e a necessidade de fortalecer sua capacidade de garantir direitos e enfrentar desigualdades. No entanto, no Brasil, muitos economistas que, neste momento, advogam a favor da expansão fiscal, já começaram a defender que após a pandemia, as políticas de austeridade devem voltar a operar, uma vez que, segundo os mesmos, essas serão necessárias para fazer frente à expansão da dívida pública. A própria metáfora de “orçamento de guerra” traz embutida a ideia que, após “a guerra contra o COVID-19”, voltaremos aos cortes sociais e à redução do Estado desconsiderando que os cenários que se colocam são extremamente desafiantes e incertos. Esse foi o maior erro das medidas adotadas para enfrentar a crise de 2008/2009. A volta das políticas de austeridade, nos EUA e na Europa, interrompeu os processos de recuperação econômica e levou a um forte aumento da desigualdade e da degradação ambiental, além da redução do resultado fiscal nesses países. Desde então, o mundo vivenciou a recuperação mais lenta de uma crise, com baixo crescimento econômico, elevadas taxas de desemprego, aumento violento da desigualdade e expressiva piora da crise climática. Assim, uma vez salvo o sistema financeiro, a maioria da população foi jogada à própria sorte. Isso é exatamente o que não pode ser feito novamente agora. No caso brasileiro, em dezembro de 2016 foi aprovada a Emenda do Teto dos Gastos (EC95) que constitucionalizou a política de austeridade por vinte anos e foi considerada pela ONU a medida econômica mais drástica do mundo contra os direitos sociais, comprometendo ainda mais as condições de sobrevivência da população pobre e negra. A EC 95 é objeto das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) 5633, 5643, 5655, 5658, 5715 e 5743 que solicitam ao Supremo Tribunal Federal seu fim imediato. Todas essas ADIs foram distribuídas à Ministra Rosa Weber. Em 18 de março, entidades e redes de sociedade civil que atuam pela revogação da EC 95, entraram no STF com uma petição de suspensão imediata da Emenda. A ministra Rosa Weber deu um prazo até 26 de abril para que o governo e o Conselho Nacional de Saúde apresentem informações sobre os impactos da emenda no enfrentamento da pandemia. É fundamental que o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional atuem pelo fim da Emenda da Morte. Assim, sob teses aparentemente técnicas, a PEC do Orçamento de Guerra perpetua escolhas políticas historicamente comprometidas com o acirramento da profunda desigualdade no Brasil. De um lado, acena-se com autonomia irrestrita ao Banco Central para se garantir mais recursos ao mercado financeiro. Ao mesmo tempo se defende a necessidade do retorno do ajuste fiscal no pós-pandemia, comprometendo ainda mais os direitos socioambientais no país, com a redução de custeio das despesas primárias e o corte nos salários do funcionalismo. Passada a pandemia, para lidar com a crise remanescente será essencial uma revisão de todas as regras fiscais para a adoção de um novo sistema baseado em justiça fiscal que seja compatível com o enfrentamento das desigualdades, com os direitos humanos, com a 5 sustentabilidade ambiental em um contexto de complexas e aceleradas mudanças climáticas e de possibilidade de novas pandemias. Negar custeio suficiente ao SUS, à educação, à assistência social, à ciência e tecnologia, à segurança alimentar e nutricional, à agricultura familiar, aos programas de renda mínima, entre outros programas e políticas sociais e ambientais, só aumentará a depressão econômica e, por conseguinte, agravará a crise, aprofundando ainda mais as imensas desigualdades, a miséria e fome no país. É urgente que o país mude radicalmente o rumo dessa história. Nessa perspectiva, o Senado Federal tem um papel fundamental na votação da PEC do Orçamento de Guerra. Assinam: 1. Plataforma DHESCA 2. Conselho Nacional de Saúde 3. Conselho Nacional de Direitos Humanos 4. Colegiado Nacional de Gestores Municipais da Assistência Social (CONGEMAS) 5. Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional – FBSSAN 6. Conselho Federal de Economia 7. Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil 8. Articulação Social Brasileira para o Enfrentamento da Tuberculose - ART-TB 9. Associação Brasileira de Economistas pela Democracia - ABED 10. Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - ABRASCO 11. Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais - ABONG 12. Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação - FINEDUCA 13. Associação Nacional de Política e Administração de Educação - ANPAE 14. Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação - ANPED 15. Associação Nacional pelos Direitos Humanos LGBTI – ANAJUDH 16. Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente – ANCED 17. Rede Brasileira de Conselhos 18. Articulação de Mulheres Brasileiras - AMB 19. Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil 20. Campanha Direitos Valem Mais 21. Campanha Nacional pelo Direito à Educação 22. Central de Cooperativas Unisol Brasil 23. Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos 24. Comitê da América Latina e do Caribe para a Defesa dos Direitos das Mulheres - CLADEM Brasil 25. Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação - CNTE 26. Confederação Nacional das Associações de Moradores - CONAM 27. Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas das Informações e Instituições - FEBAB 28. Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar 29. Fórum Ecumênico Act-Brasil | FE ACT BRASIL 30. Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil 31. Liga Brasileira de Lésbicas – LBL 32. Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) 33. Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil- MIEIB 34. Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH 35. Fórum da Amazônia Oriental – FAOR 36. Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político 6 37. Rede Jubileu Sul 38. Rede Feminista de Juristas 39. Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias 40. União Brasileira de Mulheres 41. Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica da Unicamp 42. Ação Educativa 43. Amigos da Terra Brasil 44. Associação Cultural Esportiva Social Amigos -ACESA 45. Biblioteca Popular do Coque 46. Casa da Cultura da Baixada Fluminense 47. Conselho Estadual de Direitos Humanos do Rio Grande do Sul CEDH-RS 48. Casa da Mulher Trabalhadora – CAMTRA 49. Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (FLD-COMIN-CAPA) 50. Centro de Cultura Luiz Freire 51. Centro de Direitos Humanos e Educação Popular do Campo Limpo 52. Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Padre Josimo 53. Centro de Promoção da Saúde – CEDAPS 54. CENPEC 55. Centro Nordestino de Medicina Popular 56. CFêmea 57. Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos – CADHU 58. Coletivo Paulo Freire 59. Coletivo Paulo Freire de São Paulo 60. Conselho de Missão entre Povos Indígenas 61. Crioula 62. Entrenós 63. Fórum em Defesa da Educação Infantil de Olinda – PE - FEIMO 64. Fórum Inter-religioso e Ecumênico do Rio Grande do Sul 65. Fórum ONG Aids RS 66. Fundação Luterana de Diaconia 67. Geledés – Instituto da Mulher Negra 68. GESTOS– Soropositividade, Comunicação e Gênero 69. Grupo de Economia do Setor Público (UFRJ) 70. Grupo de Estudos Pesquisas do Orçamento Público e Seguridade Social da UERJ 71. Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para Agenda 2030 – GTSC A2020 72. Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE 73. Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos – IDDH 74. Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano – IDSB 75. Instituto de Direito Sanitário Aplicado – IDISA 76. Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC 77. Instituto Democracia e Sustentabilidade - IDS 78. Intervozes 79. Iser Assessoria 80. Rede JusDH 81. Justiça Global 82. Movimento Nossa BH 83. Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Fundo Público, Orçamento, Hegemonia e Política Social (UnB) 84. Parceria Brasileira Contra a Tuberculose - segmento sociedade civil 85. Plataforma Cada Criança 86. Rede Beabah! Bibliotecas Comunitárias do Rio Grande do Sul 87. Rede Escola Pública e Universidade - REPU 7 88. Rede Panapanã de Mulheres do Noroeste Paulista 89. Sindicato de Professores do Município de Olinda – Pe (SINPMOL) 90. Sociedade Maranhense de Direitos Humanos 91. SOS Corpo 92. Terra de Direitos 93. Bibliotecas Comunitárias do CEPOMA 94. Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo 95. Uneafro 96. União de Mulheres de São Paulo 97. Centro Dom José Brandão de Castro 98. Fórum Regional das Organizações e Movimentos Sociais Populares do Campo e da Cidade do Sudoeste do Paraná 99. Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas - MNCP 100. Movimento Negro Unificado - MNU

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Guedes defende queimar metade das reservas internacionais: Brasil não precisa de tudo isso - Brasil 247: ‘O Brasil não precisa de todo este volume em divisas internacionais, talvez a metade disso. Assim, passada a crise, nada impede que possamos utilizar parte deste montante para pagar a conta da crise e até reduzir nosso endividamento’, defendeu Guedes em uma videoconferência com senadores

sábado, 11 de abril de 2020

Século XXI será da China, assim como o século XX foi dos EUA, diz economista Paulo Nogueira Batista Jr. - Brasil 247

Século XXI será da China, assim como o século XX foi dos EUA, diz economista Paulo Nogueira Batista Jr. - Brasil 247: Ex-diretor executivo do FMI e ex-vice-presidente do Banco dos Brics, Paulo Nogueira Batista Jr. afirmou que o "eixo do poder mundial" está se deslocando, desde o início do século, do "Atlântico Norte para a Ásia"

Juiz pede explicação sobre investimentos de Marisa Letícia

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sexta-feira, 10 de abril de 2020

Coronavírus: Eduardo posta vídeo de Bolsonaro comendo em padaria e abraçando apoiadores

Coronavírus: Eduardo posta vídeo de Bolsonaro comendo em padaria e abraçando apoiadores: O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) postou um vídeo hoje em suas redes sociais no qual seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, aparece comendo sonho em uma padaria e cumprime

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Trump diz que OMS foi "lenta e ineficaz" no combate à pandemia e ameaça cortar financiamento dos EUA - Brasil 247

Trump diz que OMS foi "lenta e ineficaz" no combate à pandemia e ameaça cortar financiamento dos EUA - Brasil 247: Ao dar briefing diário sobre a situação do coronavírus nos EUA, Donald Trump criticou a OMS, afirmando que a organização era "centrada na China", além de "muito lenta e ineficaz" em sua resposta à pandemia de coronavírus

terça-feira, 7 de abril de 2020

Lições sobre o déficit público: da crise de 2008 para a pandemia - Carta Maior

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domingo, 5 de abril de 2020

Covid-19 pode ter surgido do modelo predatório do agronegócio, diz estudo

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Chomsky: A escassez de respiradores expõe a crueldade do capitalismo neoliberal - Carta Maior

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Ursula von der Leyen: „Wir brauchen einen Marshall-Plan für Europa“ - WELT

Ursula von der Leyen: „Wir brauchen einen Marshall-Plan für Europa“ - WELT: Die Präsidentin der Europäischen Kommission, Ursula von der Leyen, hält einen gut finanziertem EU-Haushalt für das beste Instrument, den wirtschaftlichen Folgen der Corona-Krise zu begegnen.

(6) Memória Científica: Wilson Cano - YouTube

(6) Memória Científica: Wilson Cano - YouTube: Aproveite vídeos e música que você ama, envie conteúdo original e compartilhe-o com amigos, parentes e o mundo no YouTube.

sábado, 4 de abril de 2020

Câmara aprova em primeiro turno PEC do Orçamento de Guerra | Agência Brasil

Câmara aprova em primeiro turno PEC do Orçamento de Guerra | Agência Brasil: A PEC do Orçamento de Guerra cria um regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para o enfrentamento pandemia do novo coronavírus no país.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Monica De Bolle: “Hoje, dane-se o Estado mínimo, é preciso gastar e errar pelo lado do excesso”

Monica De Bolle: “Hoje, dane-se o Estado mínimo, é preciso gastar e errar pelo lado do excesso”: Monica De Bolle: “Hoje, dane-se o Estado mínimo, é preciso gastar e errar pelo lado do excesso”

L.Dowbor – Capital e ideologia, de Thomas Piketty: uma visão de conjunto dos nossos desafios – 4p. – abril 2020 | Ladislau Dowbor

L.Dowbor – Capital e ideologia, de Thomas Piketty: uma visão de conjunto dos nossos desafios – 4p. – abril 2020 | Ladislau Dowbor: Artigo originalmente publicado em Carta Maior Resenha de Thomas Piketty – Capital et Idéologie – Seuil, Paris, 2019, 1200 p. – ISBN 978.2.02.133804.1 Confira a

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Rússia oferece ajuda humanitária aos EUA para combater o coronavírus - 31/03/2020 - UOL Notícias

Rússia oferece ajuda humanitária aos EUA para combater o coronavírus - 31/03/2020 - UOL Notícias: A Rússia está enviando ajuda médica para os Estados Unidos, país que se tornou o mais atingido pela p

Isolado, Bolsonaro leva seu maior panelaço durante novo pronunciamento (vídeo) - Brasil 247

Isolado, Bolsonaro leva seu maior panelaço durante novo pronunciamento (vídeo) - Brasil 247: No dia em que o medo ficou escancarado em sua face, recuando das declarações criminosas que vinha fazendo em outros pronunciamentos, Jair Bolsonaro recebeu o maior panelaço desses últimos 15 dias ininterruptos de protestos

Finalmente, o bom senso contra os piromaníacos - GGN

Finalmente, o bom senso contra os piromaníacos - GGN: O Jornal De Todos os Brasis - O Jornalista Luís Nassif lidera equipe Do Jornal GGN. Com opiniões e conteúdo de qualidade o portal sempre traz as últimas noticias do cenário político nacional