Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Existe uma manipulação de informações sobre a conjuntura econômica mundial, que tem levado à desinformação de empresas e consumidores e ao prejuízo de muitos aplicadores em bolsa de valores. Os charlatões e os enganadores têm se aproveitado da pouca informação dos seus clientes, fazendo-os crer que a situação econômica de empresas e países dos centros desenvolvidos é boa em relação à crise de 2007/2008, porque assim evitam que se disfarçam de suas aplicações. Mais isto é desonesto e prejudica tanto os aplicadores desinformados quanto as economias de todo o mundo. Todos os índices de crescimento das economias desenvolvidas são ilusórios em razão da fragilidade dos fundamentos econômicos destas economias. Quando os “analistas” ou enganadores informam que o mundo está assustado com a economia chinesa estão buscando enganar a sua clientela, porque apresentando o problema desta maneira fica a impressão de que a crise é das economias dos BRICs. A verdade, no entanto, é que a queda bolsa de valores da China é consequência da crise financeira das economias desenvolvidas. Funciona assim: As economias desenvolvidas não fizeram os ajustes necessários em suas economias, restringindo as suas importações e o comércio internacional. Sendo assim, a China não consegue vender para os países desenvolvidos em crise e é obrigada a desacelerar a sua economia, produzindo um efeito cascata por ela também deixa de comprar matéria prima, pois a sua economia passa a produzir menos. Enquanto os países desenvolvidos não fizerem o ajuste fiscal necessário para que as suas economias possam voltar a importar, ou seja, para que tais economias possam comprar produtos das demais não haverá superação da crise financeira de 2007/2008. A situação das economias desenvolvidas é muito grave. Para ter uma ideia da profundidade desta crise observem os indicadores econômicos do Tradingeconomics.com: Estados Unidos: dívida 102,98%; orçamento -2,80%; taxa de desemprego 5,30%. Zona do Euro: Dívida 91,90%; orçamento -2,40%; taxa de desemprego 11,10%. Japão: dívida 230%; orçamento -7,70%; taxa de desemprego 3,40%. China: dívida 41,06%; orçamento -2,10%; taxa de desemprego 4,04%. Brasil: dívida 58,91%; orçamento -0,60%; taxa de desemprego 7,50%. Índia: dívida 65,50%; orçamento -4,50%; taxa de desemprego 4,90%. Rússia: dívida 17,92%; orçamento -0,50%; taxa de desemprego 5,30%. África do Sul: dívida 39%; orçamento -3,80%; taxa de desemprego 25%. A crise nas economias desenvolvidas deveria ter sido combatida desde 2007/2008. Os países desenvolvidos se negaram a fazer os ajustes necessários, mesmo com a chanceler da Alemanha sugerindo que se fizesse os ajustes fiscais nas economias mais atingidas, principalmente na Europa. Ainda assim, só quem fez o ajuste necessário foi a Alemanha, por isto é a menos endividada e com possibilidade de sair da crise com menos perdas e sacrifícios. Enquanto as economias dos BRICs tiveram condições de sustentar o crescimento da economia mundial, a crise não mostrou as suas garras, porém com o esgotamento deste alento a situação exige que os países desenvolvidos façam os ajustes para vencer a crise financeira. Agora estes ajustes exigem mais sacrifícios dos seus povos. As economias do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul consumiram quase toda gordura que possuíam por oito anos para sustentar o crescimento da economia mundial. Se continuassem a consumir os seus ganhos sem a reciprocidade das economias desenvolvidas iram se endividar tanto quanto elas, e a situação se tornaria crítica também para as economias dos BRICs. As economias desenvolvidas deveriam ter aproveitados os 8 anos de crise para fazerem os ajustes necessários. Como não fizeram, terão de realizar num prazo mais curto e com mais profundidade, isto é, com mais sacrifício se querem sair da crise.
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