segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Entrevista de Serra ao Valor desmonta balão de ensaio | GGN

Entrevista de Serra ao Valor desmonta balão de ensaio | GGN

Um comentário:

  1. Concordo que o Serra nada entende de economia porque até hoje não ouvi um só pronunciamento do Serra que fizesse sentido ou tivesse consistência quando analisado a luz do pensamento econômico e, muito menos, em conformidade com as teorias ou princípios econômicos. Se algum dia estudou economia certamente esqueceu. Há uma contradição ao dizer que ele é um analista de bom senso porque centra fogo em pontos como: 1. As metas fiscais irrealistas – meta em economia não pode ser realista porque economia depende das decisões de entes jurídicos e pessoais de difícil mensuração, pois nem eles sabem quais serão as suas decisões futuras. O que o economista pode fazer é traçar diretrizes e calcular possibilidades. Somente os adivinhões podem construir metas econômicas com precisão, mas isto está longe das possibilidades de um economista sério, qualificado e habilitado, portanto esta é uma análise completamente errada. 2. Elevação dos juros sem haver os pressupostos da atividade econômica aquecida, inflação de demanda ou crise do balanço de pagamentos – este é outro erro técnico porque os juros altos para conter inflação não significam juros para controlar a inflação, pois juros não sevem para o controle da inflação. Alimentar juros está dentro das obrigações do Banco Central para cumprir com suas obrigações legais, como: conter a inflação por excesso de moeda em circulação, quando a inflação é de papel-moeda ou decorrente de política monetária e assegurar o valor da moeda nacional; haja vista que juros altos atraem Dólar, segurando a alta por ter uma maior oferta. A inflação ocorre por excesso de demanda (inclusive porque o aumento da demanda requer aumento da renda, gerando excesso de moeda), escassez de produtos e serviços ou excesso de moeda, tudo mais é justificativa ou explicação. Exemplo: inflação de custo: é gerada pela elevação dos custos de produção, especialmente das taxas de juros, de câmbio, de salários ou dos preços das importações. É mais uma justificativa ou explicação para a alta do preço final porque ouve aumento de outros preços em decorrência do excesso de moeda, escassez de bens e serviços intermediários ou excesso de demanda da matéria-prima. Logo o Banco Central é obrigado a fazer sua parte e o restante do governo a sua. 3. O impacto dos juros na elevação da dívida bruta – este impacto já está calculado com exatidão em razão de se saber o montante da dívida e a taxa de juros, portanto não há uma peripécia. 4. As operações de swap cambial, com um custo fiscal altíssimo – este é um seguro para o poder econômico, portanto obrigatório diante do poder das empresas e é realizado com um risco calculado, passível de ser administrado. 5. O descompasso entre o Banco Central, Fazenda e Executivo – este é um descompasso inseparável da economia, pois as demandas ao executivo sempre ultrapassará as suas possibilidades de atendê-los, logo o executivo buscará sucessivamente o Banco Central e a fazendo no intuito de viabilizar as demandas da sociedade e da economia. Portanto, Onde está o analista de bom senso? É crítica sem consistência. “Em geral a crítica não é ciência: é um ofício em que se precisa mais de saúde que de espírito, mais trabalho que capacidade mais hábito que gênio. Se vier de um homem que tem menos discernimento que leitura, e se exerce sobre certos capítulos, corrompe os leitores e o escritor” - La Bruyère.

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