Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
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A proposta do Renan é na verdade um conjunto de reivindicações da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP. O fato destas propostas não serem originárias do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados não diminui a sua importância, apenas alerta para uma análise mais apurada de suas consequências para a economia brasileira e a sua nação. Isto se faz necessário porque os nossos empresários não possuem uma formação consistente e profícua, construída em escolas de negócios ou escolas de economia. São empresários ou empreendedores formados na prática do dia-a-dia, uma espécie de camelô elitizado economicamente. A prática é o caminho mais tortuoso que se conhece para prover o conhecimento e a estabilização econômica e social. Segundo Piaget: “o homem primitivo só aprende com a experiência em casos bem especiais e restritos de ação prática. Cita, como exemplos disso, casos raros em caça, agricultura e manufatura”. É o que deixa claro, também, a exposição de Segundo Edward Sapir: “o mundo da experiência tem que ser extremamente simplificado e generalizado antes de poder ser traduzido em símbolos”... A simplicidade e a restrição natural ao aprendizado requer uma atenção maior em razão das consequências dos processos práticos, ainda mais quando sabemos por meio da história que “A manufatura conduziu simultaneamente a uma modificação das relações entre trabalhador e empregador. Nas corporações, as relações patriarcais entre os oficiais e o mestre subsistiam; na manufatura, foram substituídas por relações monetárias entre o trabalhador e o capitalista, as quais, nos campos e nas pequenas cidades, ainda mantinham traços de patriarcalismo, mas que os perderam quase totalmente nas cidades, sobretudo nas manufatureiras de certa importância” - Karl Marx e Friedrich Engels. Há certa ingenuidade ou má interpretação dos fatos quando se afirma que o governo está paralisado em razão do isolamento da presidente e que há boas iniciativas nos diversos ministérios paralisadas pela inércia de Dilma. Uma melhor compreensão dos fatos econômicos e políticos demonstrariam a falsidade ou erro dessa conclusão. A verdade é que a presidente Dilma vem anunciando Investimento em Energia Elétrica (PIEE) e está em vias de anunciar investimentos em Logística (PIL), nos ‘Planos Safra’ para grandes produtores e a agricultura familiar e no Minha Casa Minha Vida, cuja terceira etapa deve ser lançada ainda este mês. O que está paralisado são os investimentos que dependem primeiramente da conclusão do ajuste fiscal, que ainda não foi finalizado pelo Congresso Nacional por estar sobre grandes pressões do empresariado para que não seja concluído como requer o ajuste fiscal. Em suma, é o empresariado brasileiro que se nega a pagar os impostos necessários para o equilíbrio fiscal e o funcionamento do Estado e do governo sob a alegação de que já não suportam mais pagar impostos. Para simplificar a compreensão desta justificativa esquisita basta que se faça uma comparação com a situação do Trabalhador brasileiro: Será que o trabalhador está em condições melhores do que as empresas para suportar as restrições que foram feitas pelo ajuste fiscal? É claro que não! Mas, o congresso já aprovou as propostas do ajuste fiscal referente aos trabalhadores, então porque não votar e aprovar as propostas que dizem respeito as exigências fiscais para as empresas. É óbvio que existem pressões e conluio para não se concluir o ajuste fiscal enquanto as empresas não forem excluídas deste esforço para o ajuste, quando elas foram as mais beneficiadas com as medidas anticíclicas, que resultou em renúncia fiscal, desequilibrando o orçamento público. Donde se pode concluir que o espaço político e econômico no Brasil que está paralisado é por conta de decisão do empresariado brasileiro em associação com o Congresso Nacional.
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