terça-feira, 11 de agosto de 2015

Advogados de Odebrecht dizem em defesa que juiz já prejulgou caso - 11/08/2015 - Poder - Folha de S.Paulo

Advogados de Odebrecht dizem em defesa que juiz já prejulgou caso - 11/08/2015 - Poder - Folha de S.Paulo

Um comentário:

  1. A operação Lava Jato como ação de justiça deve ser jogada no lixo e como defensora da ética e da moral é um exemplo de parcialidade. Os envolvidos na operação Lava Jato dá uma demonstração clara do desrespeito e desprezo para com o Estado Democrático de Direito. O que fazem na Lava Jato equivale ao Tribunal de Justiça desportiva de uma federação penalizar um time por praticar a regra do jogo. Tudo, absolutamente tudo, que foi apresentado até agora na Lava Jato sempre foi prática politica do conhecimento dos tribunais eleitorais, que justificavam a falta de ação, dizendo que nada podiam fazer sem que houvesse provocação. O que significava a omissão por falta de denúncia do Ministério Público que resolveu agir, mas com investigações seletivas e direcionadas a alguns partidos, coincidentemente os que venceram a eleição. É como se a Federação Desportiva agisse para retirar o título do campeão para entregar ao derrotado sob a alegação de que as “regras do jogo” foram burladas, quando os clubes jogaram com as mesmas regras. Exemplo mais recente: A federação brasileira de futebol queria retira o campeonato brasileiro de 1987 do Sport Recife para dar ao Flamengo, sob justificativa de que as regras do campeonato foram burladas, quando as regras estavam valendo para ambos. A CBF acabou dando o mesmo campeonato para os dois clubes. Talvez seja o cinismo brasileiro que induzam este comportamento e as ações decorrentes, mas não podem ser levados a sério. Não existe nas regras uma determinação para que pênalti não marcado pelo árbitro seja considerado após o término da partida para reverter o resultado do jogo. Isto não existe porque na prática do futebol ou da política pau que dá em chico também dá em Francisco. As regras foram boas ou ruins para todos. Caso houvesse sinceridade de propósito para corrigir as regras todos deveriam ser punidos por fraudá-las ou perdoados para iniciar outro campeonato, sob a supervisão rígida dos tribunais. O que estamos vendo é a usurpação de direitos sob a alegação de irregularidades, que todos cometeram. E porque só um lado está sendo punido? Provavelmente porque o tribunal está sendo parcial. Não se pode aceitar a mudança das regras do jogo depois do campeonato terminar, com o intuito de mudar o resultado. A aristocracia desta vez não leva o resultado sem pagar um preço elevado e o fim do Campeonato. A regra é clara, quem vence leva e ao perdedor só resta lamentar e protestar. O mais interessante deste circo é que enquanto a Lava Jato pune o vencedor ou zebra a federação ou o Congresso Nacional reafirma as regras do jogo, aprovando o financiamento empresarial de campanha. Ninguém é bobo para se deixar levar por esta cena ridícula. Como disse Rousseau: “Brilharam aqui na terra milhares de nações que jamais teriam podido suportar boas leis; e mesmo essas que elas teriam admitido não duraram senão um curto espaço de tempo para isso. Os povos, assim como os homens, somente são dóceis na juventude; ao envelhecerem, tornam-se incorrigíveis; uma vez estabelecidos os costumes e enraizados os preconceitos, constitui empreendimento perigoso e inútil pretender reforma-los; o povo sequer concorda que se lhe toque nos males a fim de destruir, à semelhança desses estúpidos e medrosos doentes... Não quer isso dizer que, do mesmo modo certas enfermidades transtornaram a mente dos homens e nelas apagam a lembrança do passado, não se achem às vezes, na duração dos Estados, épocas violentas em que as revoluções fazem no povo o mesmo que determinadas crises fazem nos indivíduos, em que o horror do passado substitui o esquecimento, e o Estado, incendiado..., renasce por assim dizer das cinzas e readquire a vigor da juventude, saindo dos braços da morte”. É este viva... que sairá das gargantas dos sobreviventes!

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