quarta-feira, 22 de julho de 2015

Zaidan escreve sobre a política econômica do governo Dilma - Blog de Jamildo

Zaidan escreve sobre a política econômica do governo Dilma - Blog de Jamildo

Um comentário:

  1. Um texto escrito sobre medicina, engenharia, direito ou outro qualquer em que o nobre professor Michel Zaidan Filho não possua formação intelectual para uma análise ou avaliação seria tão profundo quanto. Ele possui graduação em Filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é professor associado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em outras palavras, não conhece Ciências Econômicas, portanto não pode fazer uma avaliação qualificada e é legalmente antiético por não ter o diploma e o registo de economista no Conselho dos Economistas. Pode alegar que na democracia o direito a liberdade de expressão permite esta aventura. Pode ser, mas é no mínimo antiético para não dizer de total ignorância. Saliento que estas verdades não são ofensas, faço uso do direito que tenho de expressar a minha reprovação a uma ação de desrespeito para com os economistas e, principalmente, com o leitor deste blog. Inicialmente, o tripé - juros altos, superávit primário alto e metas de inflação, além do câmbio flutuante - está errado. Assim seria um quadripé. O tripé é: câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário. Juro é, mais uma, variável econômica. Este tripé não foi adotado pelo governo do FHC, por esta razão ele quebrou a economia brasileira três vezes. Este modelo foi imposto pelo FMI e pelo Tesouro americano para avalizar o empréstimo de socorro ao Brasil quando a economia faliu em 08.08.2002, estabelecer uma redução de garantias de reservas a serem apresentadas pelo Brasil e porque nós já ultrapassávamos a cota de empréstimo com o FMI em 400%. Portanto, era o fim do governo do FHC e não havia tempo para adotar este tripé. Fato que obrigou Lula a escrever, em 22.06.2002, a "Carta ao povo brasileiro” se comprometendo com o cumprimento do acordo de empréstimo com o FMI. Portanto não houve continuidade e o garrote do FMI só prevaleceu até o pagamento da dívida em 2005. Daí por diante o governo adotou a política econômica que entendeu ser melhor para o Brasil e em 2009, um ano após a divulgação da crise financeira internacional, o Brasil emprestou, pela primeira vez na história, dinheiro ao Fundo: US$ 10 bilhões para ajudar países emergentes em meio à crise internacional. O Consenso de Washington que ele descreve é uma interpretação simplória. O Consenso de Washington foi um “Conjunto de trabalhos e resultado de reuniões de economistas do FMI, do Bird e do Tesouro dos Estados Unidos realizadas em Washington D.C. no início dos anos 90. Dessas reuniões surgiram recomendações dos países desenvolvidos para que os demais, especialmente aqueles em desenvolvimento, adotassem políticas de abertura de seus mercados e o “Estado Mínimo”, isto é, um Estado com um mínimo de atribuições (privatizando as atividades produtivas) e, portanto, com um mínimo de despesas como forma de solucionar os problemas relacionados com a crise fiscal: inflação INTENSA, déficits em conta corrente no balanço de pagamentos, crescimento econômico insuficiente e distorções na distribuição da renda funcional e regional. Embora os países que seguiram tal receituário tenham sido bem-sucedidos no combate à inflação, no plano social as consequências foram desalentadoras: um misto de desemprego, recessão e baixos salários, conjugado com um crescimento econômico insuficiente, revela a outra face dessa moeda. Na medida em que alguns países, como a China, por exemplo, têm combinado inflação baixa com crescimento econômico acelerado, SEM TER SEGUIDO A CARTILHA DO CONSENSO DE WASHINGTON, alguns autores vêm criticando, ultimamente, a rigidez dessas políticas e tentando encontrar alternativas de tal forma a combinar um vigoroso combate à inflação com o progresso econômico e social dos países em desenvolvimento” (Sandroni). Este método chinês foi adotado pelo governo Lula depois que pagou ao FMI.

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