quarta-feira, 8 de julho de 2015

Temor de colapso do mercado chinês leva dólar ao maior valor em 3 meses - 08/07/2015 - Mercado - Folha de S.Paulo

Temor de colapso do mercado chinês leva dólar ao maior valor em 3 meses - 08/07/2015 - Mercado - Folha de S.Paulo

Um comentário:

  1. Esta é a típica avaliação tendenciosa do mercado financeiro. Para começar a economia Chinesa não é a segunda economia do mundo. Este critério para classificar a China como segunda economia leva em consideração a representação monetária da produção de um país, isto é, neste caso específico a produção dos EUA e da China no tocante a quantidade e ao valor do Dólar. É evidente que neste caso os EUA estão em primeiro lugar, haja vista que, existe uma quantidade excedente de moeda norte-americana, em seus 'bancos-sombra', que varia entre US$ 15 e US$ 25 trilhões, segundo o FMI, ou seja, moeda sem regulação e, portanto, sem garantias formais e reais. Considerando este excedente de Dólar virtual na economia norte-americana torna-se elementar que a produção dos EUA, medida em Dólar, ultrapasse a produção da China medida em Dólar, afinal quem fabrica e põe em circulação o Dólar são os EUA. Este critério é adotado pelo FMI. No entanto, quando se considera o critério de avaliação para identificar o país com maior economia, adotado pelo Banco Mundial, que considera o poder de consumo das pessoas e famílias, a China ocupa o primeiro lugar entre as economias mundiais. Neste caso, a quantidade de Dólar e o seu valor não interfere. É um critério mais coerente, lógico e consistente. Sendo assim, a economia chinesa é a primeira economia do mundo na atual conjuntura. Considerando esta realidade não faz sentido que o Dólar tenha tido uma forte alteração por conta de uma queda no mercado financeiro ou acionário chinês sob controle para evitar uma bolha, a crise é financeira, inspirada pela conjuntura americana, e não pela economia real chinesa, que é o forte do sistema chinês. É ou não é uma avaliação tendenciosa para enganar os adeptos do mercado financeiro no Brasil. Se esta avaliação considerasse as manipulações das negociações do sistema financeiro com a Grécia faria algum sentido. O comércio do Brasil com a China não precisa ser fundado exclusivamente na moeda do comércio internacional, ou seja, o Dólar. Portanto, esta relação de mudança do Dólar com base no comércio bilateral entre China e Brasil foi forçada. Nesta conjuntura de crise financeira internacional as ações chinesas não têm sofrido estrondosa queda e sim um ajuste à realidade, coisa bem diferente e recomendada inclusive pelo FMI. Logo, as ações têm garantido o seu valor real e desvalorizado o seu valor nominal de pouca relevância para o cenário econômico mundial. Implica que as ações perderam US$ 3 trilhões em valor nominal e virtual, por ser financeiro, sem representação econômica para os negócios reais. O próprio texto demonstra os cuidados das autoridades monetárias chinesas para evitar a formação de uma bolha na sua economia, ou seja, uma imagem irreal do valor das ações, que deteriorariam a sua economia real como aconteceu com os Subprimes nos EUA, consequência da crise local e mundial iniciada em 2007/2008. Tais medidas mantem o valor real do ativo e assim a moeda atrelada a ele, neste caso o Dólar, deveria ficar estabilizada, caso esta fosse esta a razão para variar. Outra falácia é atribuir ao comércio de minério entre o Brasil e a China a variação do Dólar porque o câmbio é regulado pelo balanço de pagamentos e não por uma única relação de comércio. São uns espertalhões, que usam e abusam da confiança dos aplicadores em bolsa de valores. A farsa chega ao seu auge quando afirma que a variação do Dólar levou em consideração a reunião de política monetária do Banco Central americano. Uma moeda, instrumento de viabilidade das trocas internacionais não pode ser aferida pela simples suposição de quando os juros começarão a subir nos Estados Unidos. Se isto fosse verdade não haveria possibilidade de estabilidade monetária no mundo. Outra base de sustentação para a variação do Dólar resulta da votação sobre o ajuste fiscal brasileiro da medida provisória 672/ 2015, que pela lógica deveria neutralizar as ações do mercado financeiro, por falta de dados sólidos. E segue a sucessão de charadas sem direção ou sentido, fundamentada em deduções.

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