segunda-feira, 6 de julho de 2015

Para entender a crise da Grécia | GGN

Para entender a crise da Grécia | GGN

Um comentário:

  1. O legado de Adam Smith não é Ciência Econômica, é pensamento econômico. O pensamento econômico de Adam Smith não passou por metodologias científicas para o desenvolvimento de pesquisa. Foram ideias fundamentadas em observações de uma atividade econômica onde as práticas e a realidade era diferente do que temos em Ciências Econômicas. Adam Smith viveu de 1723 a 1790. “O início e a duração da Revolução Industrial variam de acordo com diferentes historiadores. Eric Hobsbawm considera que a revolução "explodiu" na Grã-Bretanha na década de 1780 e não foi totalmente percebida até a década de 1830 ou de 1840, enquanto T. S. Ashton considera que ela ocorreu aproximadamente entre 1760 e 1830” – Wikipédia, portanto é fácil perceber que a realidade da economia científica do capitalismo industrial não foi objeto de conhecimento científico de Adam Smith. Segundo Theotônio Dos Santos: “A economia política clássica integrou, ainda que sem maior aprofundamento, o tema da mudança tecnológica no seu esquema teórico. Apesar do caráter ainda incipiente da indústria, os autores clássicos já percebiam o papel fundamental das inovações tecnológicas, ao lado da divisão do trabalho, para o aumento da produtividade e da riqueza das nações”. Foi um pensamento econômico fundamentado em uma realidade contemplativa. Na época do Adam Smith existia o trabalho improdutivo porque havia uma massa de trabalhadores sem renda ou salário para que pudesse integrar o sistema econômico, pelo menos, como consumidor. Por esta razão, o melhor é esquecer este pensamento que serve apenas para subsidiar o pensamento econômico-político dos neoclássicos e fazer a propaganda do monetarismo. Faz parte da ilusão. Faz parte da luta pelo domínio econômico. É fonte do imaginário político e econômico do neoliberalismo. Este texto peca pelo equívoco técnico, histórico e científico. A evolução do pensamento econômico não estabilizou no clássico, no socialismo de Marx e no protecionismo de Friedrich List. Esta visão esconde a verdadeira batalha entre as teorias das Ciências Econômicas e o pensamento político-econômico do neoliberalismo. Esta é a questão central do sistema econômico atual. As teorias econômicas propriamente ditas começam a surgir com Malthus, que passa a defender o pensamento de Adam Smith utilizando-se de métodos científicos. Depois vem a teoria de Say, Ricardo, Marx, os neoclássicos Stuart Mill, Jevon, Walras, Keynes, os modelos matemáticos de Kalecki, Hansen, Samuelson, Harrod, Domar-Fellner, Nicolau kaldor e a deformação das Ciências Econômicas pelos neoliberais. Ao fazer a confusão entre o pensamento econômico e teoria econômica com a ideologia política inviabiliza qualquer conclusão sobre ciências Econômicas. Esta prática de distorção e confusão é muito utilizada pelos políticos e militantes políticas, especialmente quando falam sobre o socialismo. A teoria econômica do socialismo é uma crítica às contradições do capitalismo, enquanto que a ideologia socialista é política e não econômica. Em outras palavras identificar a contradição do sistema pela mais-valia não implica em propor a ditadura do proletariado para alcançar o fim da mais-valia. O poder político ou estatal para a conquista e domínio econômico de nações e de estados não é Ciências Econômicas. Portanto, o domínio econômico e financeiro que surge depois da 1ª e 2ª Guerras mundiais não reflete nenhuma teoria econômica. Bretton Woods não reflete teorias econômicas é instrumento de poder e domínio econômico dos vencedores da 2ªGuerra Mundial, como resultado de um acordo internacional. A crise da Grécia não se deu pela aplicação de recursos vultosos pelo Banco Central Europeu na economia Grega ou na Grécia, visando exclusivamente salvar o sistema financeiro nacional. A crise da Grécia é consequência da crise financeira internacional iniciada em 2007-2008. E as causas são as mesmas que afetam toda a economia europeia. Caso fosse uma crise isolada seria simples socorrerem a Grécia.

    ResponderExcluir