Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
É um texto que descreve a falta de credibilidade das agências. No Uol, o colunista Fernando Canzian fez um texto, em 30.07.2015, às 09h05min. Atualizado às 10h21min., com um título semelhante “Medo das agências de risco?” que aparentemente busca fazer a defesa e propagando sobre a consistência do Sistema Financeiro Internacional, minimizando a falta de credibilidade das agências. Ele faz uma avaliação sobre a saída de capitais do mercado financeiro brasileiro de forma falaciosa e sofismada. Inicialmente descreve a fragilidade e incompetência das agências, provavelmente para conquistas mentes e corações de quem ler a matéria para em seguida fazer a propaganda e a defesa das agências ao dizer: “Mesmo assim, perder o selo de “bom pagador” significa que os fundos que cuidam do dinheiro de aposentados ao redor do mundo não poderão mais (por contrato) investir em papéis brasileiros. Isso desvalorizará nossos ativos (ações, imóveis, moedas). Ficaremos mais pobres e mais distantes da recuperação da crise em que Dilma Rousseff nos meteu. No caso brasileiro (com recessão, inflação alta e dívida pública crescente), as agências só seguem uma manada de dinheiro grosso que já começou a atravessar a porteira de saída faz algum tempo”. Com este trocadilho confunde e conquista as mentes com pouca informação e capacidade crítica e os corações inocentes. Para fundamentar o seu pensamento falacioso apresenta um gráfico onde mostra que o Brasil perde mais entre emergentes, fazendo a apresentação da variação de aplicações de fundos desde junho de 2015, em %, mas não explicita que as três economias mais fortes dos Brics apresentam saídas de capitais dos fundos para não relacionar a saída destes investidores com a criação do Banco de Desenvolvimento dos Brics, que se constitui num concorrente para o FMI e as regras de Bretton Woods. É esta concorrência que está obrigando, por restrições, os fundos de investimento a sair destes mercados. Isto porque o Sistema Bretton Woods de gerenciamento econômico internacional estabeleceu em julho de 1944 as regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo, tendo como objetivo governar as relações monetárias entre Nações-Estado independentes. O Banco dos Brics vem quebrar esta hegemonia sem a aprovação do Consenso de Washington e do BIS - Banco Central dos Bancos Centrais, que tem a função de articular a comunicação entre os bancos centrais e outras autoridades financeiras. Caso os países desenvolvidos, que controlam o FMI, não concordem em reestruturar esta instituição da ONU para dar poderes de decisão ao Brasil, Rússia, Índia e China, a concorrência com o Banco do Brics irá se aprofundar porque qualquer país poderá se associar ao Banco dos Brics, que oferece condições mais brandas para conceder empréstimos de socorro do que o FMI. O banco dos Brics está autorizado a tomar empréstimos em países membros ou em outros locais, comprar ou vender ações (inclusive as de emissão própria), e subscrever valores mobiliários emitidos por qualquer entidade ou empreendimento, desde que compatíveis com o objetivo da instituição. Olhando o gráfico alguém pode se perguntar por que a Índia não apresenta saída de capitais dos fundos, mas se buscar informações mais detalhadas irá verificar que a Índia ainda não representa uma ameaça as regra do sistema financeiro de Bretton Woods porque a sua economia não está entre as oito maiores do mundo, enquanto que Brasil, Rússia e China estão. E para reforçar a sua análise ele cita a projeção de crescimento dos EUA em 3,1%; Europa rica 1,7% e diz que até a Espanha (quebrada) terá alta do PIB de 2,5%, mas não esclarece que são crescimentos nominais (aparentes ou falsos) porque vão crescer, apesar da crise, mas com o aumento de suas dívidas, que já são explosivas e que se não forem solucionadas no médio prazo levará o mundo a uma depressão.
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