Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
A baderna de uma velha república e de uma república velha chegou ao limite da permissividade. Escrevem-se dezenas de páginas e panfletos para acusar um ex-presidente sem uma única palavra que possa afirmar algum deslize ou crime. Isto não é só o aparelhamento de um golpe de Estado é a subversão a serviço do meio de comunicação de massa sem freio e sem limite. É a institucionalização da desordem e da subversão, sob o olhar complacente, tolerante e compactuado do Ministério Público e do Poder Judiciário que nenhuma providencia toma para impor a ordem como determina a Constituição Federal. Como disse Rousseau: “O Príncipe de Maquiavel é o livro dos republicanos” porque “O Príncipe de Maquiavel expressou pela primeira vez a noção de Estado como forma de organização da sociedade do modo como a conhecemos hoje. É, por isso, dentre outros motivos, que este autor é considerado o pai da moderna ciência política. Na época, a obra foi concebida como um manual cuja finalidade era ensinar a um novo príncipe como conservar o poder e o controle em seu Estado, é preciso não só agir com grande sutileza - e mesmo com astúcia e crueldade - mas também possuir suas próprias milícias” - Loana K. M. da Silva Pereira. Neste a caso a milícia é exercida pela mídia golpista ou o conhecido Partido da Imprensa Golpista. O Ministério Público Federal e o Poder Judiciário parece não saber que “Quando o Estado é constituído, a residência prova o consentimento; habitar o território é submeter-se à soberania” – Rousseau, permitindo que agências de panfletagem internacional com aparente nacionalidade brasileira promova o colonialismo ideológico, como disse o Papa Francisco, em solo brasileiro sem serem sequer incomodadas. Informar não significa fazer propaganda subversiva e terrorista para derrubar um governo democraticamente eleito. Gian Danton explica que informação é: “Informação é uma redução da incerteza, oferecida quando se obtém resposta a uma pergunta” - (apud Epstein, teoria da informação, 35). “Entretanto, só há informação quando ocorre variedade de possibilidades. Quanto maior a quantidade de respostas possíveis, maior a quantidade de informação”. “Se a eleição tiver um único concorrente, digamos A, a mensagem “A venceu não teria qualquer informação”. “Imaginemos que a mensagem seja ‘A, B e C empataram’”. Essa notícia teria muito mais informação do que ‘A venceu’, pois é muito improvável que três candidatos tenham exatamente o mesmo número de votos”. “Quanto mais improvável um acontecimento, mais informação ele tem”. “Entretanto, a mensagem ‘Há um elefante solta na Avenida Paulista’ tem alta carga de informação, pois a chance de isso acontecer é mínima. A ideia de informação está sempre ligada a algo diferente, improvável, fora do normal”. Isto é informação e não o que a mídia golpista e ideológica no Brasil faz porque o que ela chama de notícia são informações incompletas que não permitem ao cidadão construir o seu ponto de vista ou pensamento. É pura propaganda subversiva em prol de um golpe de Estado, como sempre. É hora de se dar um basta a esta anarquia institucionalizada e permitida pelas instituições do Estado brasileiro. “Com efeito, quanto ao que constitui a forma da verdade, é certo que o pensamento verdadeiro se distingue do falso não apenas por uma denominação extrínseca, mas principalmente por uma intrínseca. Realmente, se algum artífice concebeu em ordem uma construção, ainda que essa construção nunca tenha existido nem venha a existir jamais, seu pensamento, entretanto, é verdadeiro e é o mesmo, quer a construção exista, quer não. E, ao contrário, se alguém disser que Pedro, por exemplo, existe, mas ignorando que exista, seu pensamento é falso a respeito de Pedro, ou, se preferes, não é verdadeiro, ainda que Pedro exista de fato” - Spinoza.
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