Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
O problema de fato não é a Grécia. O problema é a falta de ajuste do sistema financeiro internacional porque ele apresenta parcela significativa de valores virtuais, irreais ou ilusórios, sem garantias reais, ou seja, US$ 60 trilhões, que são manipulados pelos bancos paralelos ou bancos-sombra, que terão de ser enxugados do sistema em passo acelerado, pois chega a quase 83% dos valores reais em circulação no mundo. O total de Dólares, com garantias reais, em circulação, é de US$ 72,1 trilhões do Produto Interno Bruto mundial (2013). Portanto, o volume de Dólares irreais em circulação no mundo é altíssimo. Verdadeiramente, o problema “é uma crise económica global que ainda hoje se faz sentir após a crise financeira internacional precipitada pela falência do tradicional banco de investimento estadunidense Lehman Brothers, fundado em 1850. Em efeito dominó, outras grandes instituições financeiras quebraram, no processo também conhecido como "crise dos subprimes". As mais importantes instituições financeiras do mundo, Citigroup e Merrill Lynch, nos Estados Unidos; Northern Rock, no Reino Unido; Swiss Re e UBS, na Suíça; Société Générale, na França declararam ter tido perdas colossais em seus balanços, o que agravou ainda mais o clima de desconfiança, que se generalizou. No Brasil, as empresas Sadia, Aracruz Celulose e Votorantim anunciaram perdas bilionárias. Para evitar colapso do sistema, o governo norte-americano reestatizou as agências de crédito imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac, privatizadas em 1968, que agora ficarão sob o controle do governo americano por tempo indeterminado. Em outubro de 2008, a Alemanha, a França, a Áustria, os Países Baixos e a Itália anunciaram pacotes que somaram 1,17 trilhões de euros (US$ 1,58 trilhão, isto é, R$ 2,76 trilhões) em ajuda a seu sistema financeiro. Segundo George Soros, a crise atual foi precipitada por uma "bolha" no mercado de residências e, em certos aspectos, é muito similar às crises que ocorreram desde a Segunda Guerra Mundial, em intervalos de quatro a 10 anos. Tudo começou em 2001, com o furo da "bolha da Internet". Para proteger os investidores, Alan Greenspan, presidente do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos, decidiu orientar os investimentos para o setor imobiliário.” – Wikipédia. Hoje, as economias em desenvolvimento como a chinesa, que tem média de crescimento de 7%, são o fiel da balança do equilíbrio e o centro propulsor da economia mundial. Os países desenvolvidos têm de fazer os ajustes dos seus sistemas financeiros e de suas economias para que o sistema econômico mundial possa ter de volta o equilíbrio. Está absolutamente claro que o problema não é a Grécia. O maior risco da economia mundial se deteriorar está nos investidores globais e seus cúmplices, por tentarem negar a crise financeira com a divulgação de opiniões do tipo: “O problema para o mundo – e para o Brasil – é a China, não a Grécia.” ou “Para alguns investidores globais, o medo de que a turbulência no mercado (financeiro) chinês desestabilize a economia real é agora um risco maior do que a crise na Grécia”, como se fosse possível resolver a crise mundial, ocultando que a crise financeira iniciou-se nos EUA e prossegue propagando seus efeitos para a Europa e o resto do mundo. É imprescindível aceitar e conhecer a crise para atuar, corrigindo os seus males, onde ela se iniciou, para poder conter a propagação do desequilíbrio econômico. Os EUA e a Europa não contribuirão para restabelecer o equilíbrio monetário e econômico mundial enquanto não reconhecer a responsabilidade direta pela crise e corrigir os seus erros, enxugando o excesso de Dólar e ajustando a economia. Nenhuma nação em desenvolvimento ou subdesenvolvida se submeterá a sacrifícios draconianos para corrigir os erros das economias desenvolvidas que conduziram o mundo a esta crise a partir do suprime, que criaram os créditos bancários de alto risco nos EUA, mesmo que continuem fazendo propaganda midiática para encobrir a crise.
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