Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Toda esta propaganda midiática para dizer que a Grécia perdeu a sua soberania é apenas uma tentativa de esconder a realidade exposta pelo Tsipras sobre a fragilidade do Euro e do sistema financeiro internacional. Caso estas verdades não tivessem fundamento o acordo não seria fechado tanto para que se boicotasse a economia Grega como castigo, como pelo fato de que a economia grega representa apenas 2% da economia Europeia, portanto com pouca significância para obrigar as maiores economias da Europa a curvar-se diante das reclamações e ultimatos gregos. Não expulsar a Grécia depois da ameaça foi um sinal de fraqueza diante de uma economia tão pequena como a da Grécia. A mídia conivente, sócia e bem paga procura sempre transformar as derrota em vitórias. Mas, a realidade se impõe diante de qualquer propagando. Para o sistema financeiro internacional que contava com o respaldo legal, pois suas ameaças e imposições contavam com o braço legalístico do FMI para impor as regras do acordo de Bretton Woods, é uma demonstração de fraqueza e de impotência diante de uma realidade que expõe a grave crise de sistema financeiro que irá resultar na falência do sistema. É só uma questão de tempo, porque toda falência só é assumida e decretada oficialmente quando se estabelece a completa impossibilidade de pagamento das obrigações dos devedores. Por mais que expropriem a Grécia, desgastem os governos das economias em desenvolvimento, imponham aos brasileiros juros aviltantes ou a derrubada do governo pelo denuncismo, etc., o sistema financeiro internacional não tem saída para a crise que ele mesmo criou. O excedente de moeda de troca ou de Dólar no mundo é inviável para qualquer sistema econômico e não há possibilidade de se fazer um enxugamento dessa moeda sem que haja uma reestruturação do sistema, com a adoção de outra moeda para substituir o Dólar. A situação se assemelha ao que ocorria no Brasil sempre que havia excesso de moeda em circulação, obrigando os governos a cortarem os zeros da moeda e trocar o se nome. Este é o único procedimento adotado para corrigir os desvios de conduta de governos e bancos. Não existe milagre em economia e, muito menos, em finanças. As medidas de AUTERIDADE já duram cinco anos na Grécia e não resolveu o problema. O Brasil tem experiência nesta área e sabe que não resolve o problema, serve apenas como meio para a reconstrução da economia. Mas, isto só funcionaria na reconstrução se o sistema financeiro internacional fosse sadio. Considerando a debilidade do sistema financeiro internacional o resultado será uma economia grega ainda menor, depois de injetar mais Euro e Dólar falsos no sistema financeiro internacional, resultando no agravamento do excedente de moeda para o sistema, que agoniza exatamente em consequência do excesso de moeda. Tudo isto, só adia o desfecho da crise financeira internacional, que sangra e revolta-se contra tudo e contra todos, tentando sobreviver. A estrada será longa, mas tem fim. A confissão do desastre está no pronunciamento de François Hollande, afirmando que o acordo permitirá que a Europa "preserve a integridade e a solidariedade". "Também provamos que a Europa é capaz de solucionar uma crise que vem ameaçando a zona do euro há anos." Em outras palavras, senão poderia ocorrer o caos no curto prazo. O sentimento grego é de fatalismo porque é fatal para todos da Europa no médio ou longo prazo. Mesmo com todo esforço para ocultar o desastre o analista da BBC, Peston, acaba confessando por vias tortas porque a crise começou em 200-2207-2008 nos EUA, ao dizer: "A crise da Zona do Euro começou na Grécia em 2010. Ela ameaça descambar para uma crise existencial para toda a União Europeia". Ainda não é o fim, mas sem austeridade nas economias desenvolvidas, este é o começo do fim, com ou sem propaganda midiática.
ResponderExcluir