quinta-feira, 2 de julho de 2015

Geração que viveu pleno emprego derruba a aprovação de Dilma

Geração que viveu pleno emprego derruba a aprovação de Dilma

Um comentário:

  1. Isto é verdade, mas não é motivo para se desejar o mal desta geração. Ela será muito importante para o futuro político e econômico do Brasil. O importante é que foi possível se governar com políticas que desmistificaram a propaganda neoliberal. Hoje parece fácil negar as falácias e sofismas dos neoliberais, mas quando começaram as mudanças em 2003 a situação era outra. Dizia-se inclusive que o monetarismo era o núcleo de uma política econômica bem sucedida. Depois da crise financeira de 2007/ 2008 nem é preciso argumentos para provar as inverdades do neoliberalismo e todos, inclusive os cachorros, já reconhecem no neoliberalismo uma ideologia político-econômica. No entanto, afirmar esta verdade científica era uma ofensa para os sábios neoliberais. Eles queriam impor ao mundo que o neoliberalismo era fundamentado em teorias científicas de princípios econômicos, especialmente os doutores em economia, que tinham a missão de disseminar esta mentira. O fato desta geração que desconhece o desemprego e as regras do FMI, para socorrer um país em crise econômica, ser contra o governo deve ser comemorado como uma conquista e não como uma derrota. Considerando, que mesmo sendo desmascarado o neoliberalismo irá sobreviver como ideologia político-econômica, seja com este nome ou com outro, pois vem mudando de denominação há muitas décadas. Inicialmente era denominado de pensamento econômico liberal; depois, terceira via e, agora, fixando-se como neoliberais, tem-se muito a lutar para que as sociedades se livrem deste mal. Por esta razão, é salutar que se tenha essa juventude que ignora o passado medíocre da economia liberal e neoliberal aplicada no Brasil, pois servirá de exemplo vivo quando as coisas mudarem e o neoliberalismo voltar ao governo. Não existe governo eterno seja ele democrático ou totalitário e uma hora haverá a alternância do Poder, logo não há nada mais significativo do que uma massa de pessoas vivas para relatar a verdade, ou seja, exporem a sua experiência vivenciada entre a aplicação de teorias econômicas e a adoção de ideias políticas em atividades econômicas. Sem esta experiência prática ou apenas com o testemunho de quem viveu os períodos de terror da economia neoliberal a verdade não se estabelece. Não devemos, com isto, desejar que esta geração passe pelos sacrifícios de seus antepassados antes de se concretizarem como cidadãos. Deve-se estender ao máximo esta experiência para ficar bem consolidada em seus espíritos de modo que possam defender com convicção o que é certo e o que é errado em política econômica. Até o momento esta diferença ainda não é clara historicamente, mas irá ser consolidada com o tempo como aconteceu com os países europeus que adotaram o Estado do Bem-Estar Social. Deve-se apostar na força da história e das ciências para construir uma sociedade melhor. É preciso dar tempo ao tempo. Esta geração irá aprender que os ciclos econômicos é uma realidade e é imutável, mas que não pode ser inferior a cinco anos, pois neste caso não é ciclo, é crise ou erro de política econômica. O universo econômico é mais simples do que o universo cosmológico. Logo, compreender o fenômeno da expansão acelerada ou desacelerada em economia é relativamente simples e de fácil constatação. Esta recessão é mais fácil de entender, compreender e provar do que a recessão das galáxias. Este fenômeno econômico é comprovado cientificamente e sem possibilidade de contestação, demonstrando que se trata de um fenômeno natural e que não há como ser evitado, mas que pode ser superado para iniciar um novo ciclo de crescimento econômico. Isto é Ciência Econômica. As variantes desta verdade se chamam inverdades neoliberais, seja por induzir ao pensamento de que uma economia possa se expandir por todo tempo ou por fazer acreditar na ilusão de que recessão posterior a um, dois ou três anos de crescimento não é decorrente de erro de política econômica ou crise econômica, quando a situação requer a ajuda do FMI.

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