quarta-feira, 15 de julho de 2015

As cotas sociais e o senso comum | GGN

As cotas sociais e o senso comum | GGN

Um comentário:

  1. Os industriais descobriram que entre um servo ignorante, portanto dócil, e uma máquina é preferível investir na compra de uma máquina porque dar maior produtividade. Faltam aos proprietários do sistema de comunicação de massa descobrir esta realidade para que os sevos kameliano possam descansar e permitir a evolução natural da sociedade, sem que hajam obstáculos ao conhecimento. Não se pode fazer do simplório um dogma. “Segundo Edward Sapir: o mundo da experiência tem que ser extremamente simplificado e generalizado antes de poder ser traduzido em símbolos. Só dessa forma se torna possível a comunicação, pois a experiência pessoal habita exclusivamente a própria consciência do indivíduo e não é transmissível, estritamente falando”. A comunicação não pode ser instrumento da desinformação e da ignorância, como parece ambicionar os kamelianos e seus iguais. Propor a meritocracia pelos privilégios é degradante para o pensador e para o pensamento. A aparente falta de capacidade cognitiva do autor deveria ter sido motivo para negar o seu acesso ao ensino de nível superior. Na Inglaterra teria sido encaminhado para um curso de menor exigência intelectual e cognitiva, mesmo garantindo-lhe o acesso ao ensino. Não se pode querer ensinar papagaio a pensar porque aparentemente tem habilidade para falar. “Tolstoy descobriu que não se pode ensinar a linguagem literária às crianças através de explicações artificiais, por memorização compulsiva e repetição como se ensina uma língua estrangeira”. “Quando houve ou lê uma palavra desconhecida, numa frase quanto ao resto compreensível, e depois a lê noutra frase, começa a fazer uma vaga ideia do novo conceito; mais tarde ou mais cedo sentirá... necessidade de usar a palavra – e uma vez que a use, passa a assenhorear-se da palavra e do conceito. Mas estou convencido de que é impossível transmitir deliberadamente novos conceitos ao aluno... tão impossível e fútil como ensinar uma criança a andar apenas pelas leis do equilíbrio...”. Foi uma verdadeira aberração deixá-lo fazer curso de nível superior porque hoje na elite, os seus privilégios contribui apenas para aumentar a incapacidade do desenvolvimento mental do brasileiro no que diz respeito ao estudo dos aglomerados complexos. Pode-se concluir que o texto é uma mera substituição do discurso do ódio pelo discurso do preconceito e do privilégio em defesa dos que nasceram na fina flor da Aristocracia.

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