quinta-feira, 4 de junho de 2015

Governo Dilma poupa apenas R$ 4 de cada R$ 100 arrecadados até abril - 04/06/2015 - Mercado - Folha de S.Paulo

Governo Dilma poupa apenas R$ 4 de cada R$ 100 arrecadados até abril - 04/06/2015 - Mercado - Folha de S.Paulo

Um comentário:

  1. A conclusão sobre a análise econômica realizada por jornalista, profissional ignorante em economia e, muitas vezes, analfabeto funcional, remete para o raciocínio de que o objetivo do texto jornalístico é desinformar a sociedade e produzir notícia sensacionalista para vender o seu negócio e fazer propaganda em defesa dos interesses de grupos econômicos, anunciantes e clientes das empresas de mídia. A estupidez do raciocínio desenvolvido, neste caso, é tão absurda que atrapalha qualquer avaliação lógica sobre o que é dito. Vejamos: “A diferença, agora, é que a margem para a redução de gastos é muito menor. Mesmo programas oficialmente classificado como não obrigatórios, como o Minha Casa, Minha Vida, implicam pagamentos já contratados no passado, que não podem ser adiados indefinidamente”. Para não perder muito tempo nem vou falar do desconhecimento sobre diferentes conceitos, como por exemplo: pagamentos já contratados, despesas já realizadas ou gastos efetuados e vou direto ao núcleo do “pensamento”: A redução dos gastos para promover um ajuste fiscal de qualidade tem de ser realizado de acordo com as boas práticas orçamentárias. Em outras palavras, se o ajuste nos gastos do governo tem como objetivo desaquecer a atividade econômica para baixar a taxa de inflação e permitir que posteriormente o crescimento econômico se faça sem inflação ou com taxa de inflação baixa requer um corte seletivo. Isto significa que o corte no orçamento, necessário para desaquecer a economia, tem de ser realizado sobre as despesas de investimento público porque são estas despesas que induzem o nível de atividade econômica. Não são despesas com gastos sociais que influenciam ou alteram de fato o nível da atividade econômica. Logo, a análise expressa no texto jornalístico é no mínimo ridícula porque traduz a vontade do analista sem que haja conteúdo técnico para sustentar a sua análise. Mesmo desfazendo a confusão do jornalista ao juntar os gastos sociais com o de investimento e se avalie apenas os gastos com investimentos no programa Minha Casa, Minha Vida, ainda assim verifica-se um equívoco de análise tendo em vista que estas despesas são muito pequenas para o orçamento e são alocadas para o atendimento social. A ignorância e, muito menos, o analfabetismo funcional ou de raiz jamais contribuirão para o desenvolvimento econômico do Brasil. Qualquer análise requer senso crítica e para que tenha consistência precisa de conhecimento técnico e cientifico. Caso contrário, a crítica transforma-se em infantil desejo. “Em geral a crítica não é ciência: é um ofício em que se precisa mais de saúde que de espírito, mais trabalho que capacidade mais hábito que gênio. Se vier de um homem que tem menos discernimento que leitura, e se exerce sobre certos capítulos, corrompe os leitores e o escritor” - La Bruyère.

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