quinta-feira, 18 de junho de 2015

Fórmula de Dilma para aposentadoria é indecente, diz petista

Fórmula de Dilma para aposentadoria é indecente, diz petista

Um comentário:

  1. Mais uma vez há demonstração firme da falta de capacidade cognitiva do brasileiro. É possível fazer caridade com promessa de uma vida celestial. Mas, não existe milagre em economia. A fórmula apresentada para a política de aposentadoria pode não ter considerado a atual conjuntura econômica mundial e brasileira, mas certamente se adequa perfeitamente a conjuntura econômica ou a dialética atual. Não se pode fazer proselitismo com algo tão sério e fundamental para a vida das pessoas. Adotar progressão para que em cinco anos os homens possam se aposentar com 35 anos de contribuição e 65 de idade e as mulheres com 60 anos de idade e 30 de contribuição é coerente e apropriada, porque a economia brasileira tem problemas decorrentes da crise econômica mundial, que hoje é uma incógnita quanto a sua recuperação. Já estamos com uma crise econômica mundial há nove anos. Este fato nunca aconteceu na história econômica mundial. Portanto, é preciso responsabilidade e consciência para não jogar o trabalhador aposentado na rua da amargura pelo esgotamento precoce do sistema. É preciso ter maturidade para reconhecer que este sistema está chegando ao limite de sustentação no Brasil e no mundo, exigindo capacidade de reestruturação e engenho. Não é possível que esta situação tenha sido prevista ainda no século XIX pelas analises econômicas de Karl Heinrich Marx e até hoje tenhamos dificuldade de entender a Dialética. Os estudos de Marx delinearam os conflitos do sistema e profetizou sobre o futuro. Mesmo ponderando que os seus prognósticos sofreram modificações profundas com o passar dos anos e com as mudanças do próprio sistema produtivo mundial, podemos utilizar todo o conteúdo dialético para construir alternativas sólidas à evolução econômica e social. As antevisões feitas por Marx sobre o avanço da tecnologia e, como consequência, o fim das massas de trabalhadores podem nos servir de diretrizes para construir uma transição gradual e segura para o sistema de aposentadoria dos trabalhadores. Somente a compreensão exata sobre Dialética poderá permitir a criação e consolidação do verdadeiro Estado de bem-estar social em uma sociedade democrática, sem danos para a economia de mercado universal. São visíveis as contradições deste modelo de aposentadoria e, por isto, se faz necessário a sua reorganização, progressiva e equilibrada, como foi proposta para equacionar momentaneamente este problema, que é urgente. Mas, esta não é a solução e nem poderá para evitar o colapso do sistema de aposentadoria, que é sustentado pela contribuição de trabalhadores e empresas. A sociedade consumidora terá de participar porque economia é um todo no que diz respeito a produção, consumo e distribuição. É imprescindível que o atual sistema, apesar de ter uma adequação provisória, seja reestruturado de modo a ser sustentável e continuar contribuindo para o crescimento e desenvolvimento econômico e social. Caso não sejamos suficientemente inovadores e criativos para elaborarmos um sistema sustentável no longo prazo teremos, no mínimo, de nos espelharmos no pensamento de Marx para compreender que o futuro do sistema de aposentadoria somente sobreviverá quando o Estado for capaz de se renovar, instituindo e sustentando uma tributação que possa garantir o ócio criativo e produtivo. Desta forma permite aos homens mais tempo e dedicação para o estudo, pesquisa, participação social e lazer. Esta situação ou coisa que o valha deverá ser imposta pelo avanço da tecnologia no sistema de produção mundial. Como disse Karl Marx e Friedrich Engels: “Estas abstrações, tomadas em si, destacadas da história real não têm qualquer valor. Podem quando muito servir para classificar mais facilmente a matéria, para indicar a sucessão das suas estratificações particulares. Mas, não dão de forma alguma, como a filosofia, uma receita, um esquema, segundo o qual se possa acomodar as épocas históricas. Pelo contrário, a dificuldade começa precisamente quando se inicia o estudo e a classificação desta matéria, quer se trate de uma época passada ou do tempo presente”.

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