segunda-feira, 22 de junho de 2015

Defesa contra o fiasco - O Mercado Como Ele É... - Luiz Sérgio Guimarães - Brasil Econômico

Defesa contra o fiasco - O Mercado Como Ele É... - Luiz Sérgio Guimarães - Brasil Econômico

Um comentário:

  1. Qual milagre ou remédio pode fazer um leigo entender economia? Sem entender como pode avaliação a política econômica? Este, por exemplo, diz que os mercados de câmbio e juros futuros ficaram estarrecidos com os dados econômicos divulgados na sexta-feira. Estarrecidos eles ficaram e vão ficar ainda mais com os resultados futuros. Não são os mercados de câmbio e de juros que definem uma política econômica. É a política econômica que determina o que acontece nos mercados de câmbio e de juros. O leigo continua contestando as medidas econômicas porque “O IPCA-15 subiu 0,99% em junho, quando o mercado previa 0,85%. No acumulado de 12 meses, o indicador — irmão gêmeo precoce do índice oficial de inflação – avançou de 8,24% para 8,80%” sem noção de que a política econômica está sendo dirigida para conter a inflação e não o índice de preços, mesmo que este índice simbolize a inflação oficial. Explicar inflação para economista é difícil, imaginem para leigo. Então, basta dizer que índice de preço e inflação são coisas distintas para uma política econômica. Agora chegamos ao auge da lógica do leigo: Mesmo com as provas em mãos ele nega, ou seja, não consegue ver os fatos, nem entender o que está dizendo. Quando diz: “Concomitantemente à aceleração do ritmo de alta dos preços, verifica-se intensa compressão da atividade. Na sexta-feira, o BC divulgou o seu índice de atividade. O IBC-Br de abril registrou queda de 0,84%, mais que o dobro da retração de 0,40% projetada pelos economistas. Pior: a contração de março, de 1,07%, foi revista para -1,51%. De janeiro a abril, o índice acumula baixa de 2,23% sobre idêntico período de 2014”, não percebe que o objetivo das medidas econômicas está sendo alcançado, embora expresse que: “verifica-se intensa compressão da atividade”, constatando que ainda há alta de preços, porém sem alcançar que ouve uma melhora no controle da inflação, quando se avalia a tendência dos juros e do câmbio. É exatamente isto que as medidas do ajuste fiscal estão buscando. Logo, se está no rumo certo, apesar de todo o terrorismo decorrente da falta de conhecimento dos leigos. É mais fácil um leigo entender que se corta um tecido do corpo com gangrena para salvar o paciente do que ações econômicas que tenham objetivos semelhantes. Pensar é mais difícil do que ver. É o que eu digo sobre a falta de capacidade cognitiva do brasileiro, possivelmente decorrente da hereditariedade, falta de uma alimentação adequada para o cérebro (porque não se pode negar que o brasileiro tem cérebro), carência de amor pelo conhecimento, etc. Segue o seu raciocínio lógico: “O paciente está piorando, antes de melhorar, é a mensagem do governo”. A percepção pelos indicadores é que o paciente está sendo estabilizado. O mercado financeiro é uma entidade estranha à economia real, não pode acreditar naquilo que não lhe atende. É natural. Para ele o remédio hospitalar é o FMI, como acontece na Grécia. Para que discussão com este estranho no ninho. Política econômica não trabalha com juros e câmbio no curto prazo, isto fica para o mercado. Não tem sentido econômico. É na pergunta que se constata a genialidade do leigo, veja só: “Qual taxa básica seria necessária para o BC atingir a sua fixação de 4,5%? Talvez 17%, talvez mais”. Não é a taxa básica de juros que regula a inflação. Os juros é apenas um dos elementos de ajuda e não é o mais poderoso. São os gastos do governo que tem o poder de controlar qualquer desarranjo inflacionário, mas isto só se usa em último caso em razão do custo social. Para o FMI é medida inicial, mas não para um governo eleito democraticamente. É preciso paciência e persistência para não impor sacrifício exagerado a sociedade e as empresas, enquanto não houver necessidade. Ah! Meus leigos sábios. Finalmente a lógica do leigo dá o seu veredicto: “A resposta governamental ao agravamento da crise econômica é insistir nos mesmos remédios que até agora, embora saturados de efeitos colaterais perniciosos, se mostraram inócuos”, pensando que crise econômica se resolve com ajuste fiscal. A mente do leigo anda a léguas dos fatos.

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