segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ajuste será mais gradual que em países como Grécia e Portugal, diz ministro - Política - iG

Ajuste será mais gradual que em países como Grécia e Portugal, diz ministro - Política - iG

Um comentário:

  1. Finalmente o governo pôs publicamente as razões que originaram a atual conjuntura econômica brasileira e mundial, que alguns querem definir como crise econômica, quando na realidade pode-se constatar no máximo algumas dificuldades econômicas em virtude da política anticíclica adotada para lidar ou passar pela crise financeira internacional, iniciada em 2007/2008. Só fala de crise econômica quem desconhece o conceito de crise ou não conhece outro termo para designar as suas críticas ou aflições sobre a política econômica brasileira. “Na economia capitalista, embora também possam ocorrer perturbações derivadas da escassez, as crises econômicas características do sistema são as de superprodução. Essas crises constituem uma fase regular do ciclo econômico, caracterizada pelo excesso geral da produção sobre a demanda, primeiro no setor de bens de capital e, em seguida, no setor de bens de consumo. Em consequência, há queda brusca na produção, falência de empresas, desemprego em massa, redução de salários, lucros e preços etc. A mais séria crise econômica mundial foi a de 1929-1933, chamada Grande Depressão” - Paulo Sandroni. A crise iniciada em 2007/2008 “é uma crise econômica global que ainda hoje se faz sentir após a crise financeira internacional precipitada pela falência do tradicional banco de investimento estadunidense Lehman Brothers, fundado em 1850. Em efeito dominó, outras grandes instituições financeiras quebraram, no processo também conhecido como - crise dos subprimes” - Wikipédia. “O mundo enfrenta atualmente a pior recessão, desde a década de 1930. Embora a crise não tenha sido desencadeada pelos países em desenvolvimento, estes estão a ser seriamente atingidos devido, entre outras coisas, a uma diminuição das trocas comerciais, a condições mais estritas de financiamento em todo o mundo e à redução das remessas de fundos. A pobreza e a fome estão a aumentar e é possível que se assista uma inversão dos avanços em direção aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) conseguidos com tanto esforço. As crianças, as mulheres, os trabalhadores pobres, os migrantes e as pessoas já desfavorecidas são os mais vulneráveis. Há um maior risco de aceleração da degradação ambiental e as tensões sociais acentuam-se. Os anos que precederam a crise caracterizaram-se por um forte crescimento mundial e uma inflação relativamente estável e baixa, na maioria dos países. O crescimento foi impulsionado por aumentos significativos da produtividade em muitos países, os quais, conjugados com a maior integração dos países em desenvolvimento na economia global e uma forte expansão do comércio, permitiram que os preços se mantivessem relativamente estáveis durante vários anos. O financiamento externo dos países em desenvolvimento deixou de estar disponível. As entradas líquidas de capital privados nas economias em desenvolvimento diminuíram mais de 50% durante 2008, (...). Espera-se outra queda importante de 50%, em 2009. Os custos do financiamento externo das economias emergentes e dos países em desenvolvimento dispararam. O prêmio de risco sobre os empréstimos a estes países passou, em média, de 250 para 800 pontos base, no espaço de algumas semanas, durante o terceiro trimestre de 2008. Embora os spreads tenham baixado para 500 pontos base em Abril de 2009, mantêm-se muito elevados em relação às condições normais do mercado. - ANATOMIA DA CRISE. Conferência das Nações Unidas sobre a Crise Financeira. Com base no Relatório do Secretário-geral sobre a Crise Econômica e Financeira e o seu Impacto no Desenvolvimento. Como se pode perceber a crise é outra, bem diferente dos problemas econômicos no Brasil, embora eles tenham a sua origem na crise de 2007/2008. Mas o Brasil está provando que soube superar a crise econômica mundial e fará o seu ajuste de forma rápida e sólida para que possa voltar a crescer.

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