Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
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Senhores. Modelo errático, coligação programática, sonhático são termos da moda. É um linguajar suntuoso, próprio dos coronéis do asfalto e do mercado financeiro, mas sofrível como conceito econômico e irrelevante como significado. Estamos diante não só de um dos economistas referenciais na discussão sobre os rumos da política econômica, como constatando a sua maior característica que é expressa no fato de ser um visionário. É fácil constatar estas verdades ao reler a sua entrevista ao Paulo Totti, de Brasília, Valor Econômico em 2010: Dizia ele que “A questão ambiental vai dominar a pauta da política econômica”. Uma realidade prática que se observa na presente política econômica dos EUA e nos avanços extraordinários que o mundo vem experimentando neste campo desde a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+10 - em 2002, realizada pelas Nações Unidas em Johanesburgo, África do Sul. É de fato um acontecimento e uma realidade sem parâmetros. Coisa de visionário. A agenda do Rio enfocou a procura de meios de cooperação entre as nações para lidar com problemas ambientais globais como poluição, mudança climática, destruição da camada de ozônio, uso e gestão dos recursos marinhos e de água doce, desmatamento, desertificação e degradação do solo, resíduos perigosos, e a perda da diversidade biológica. Tudo pronto e acabado, mesmo antes das previsões mais otimistas. Quando ele afirma: “Sou keynesiano, mas não pertenço à Igreja da Ressurreição Keynesiana, adepta do joga dinheiro, joga dinheiro, que tudo vai dar certo. Keynes não achava isso, mas o pessoal às vezes se empolga...” demonstra não só a capacidade de compreender as teorias de Keynes, mas também a competência para avaliar o pensamento de Keynes. É tão realista que deixa a impressão de que eles compartilharam tais teorias a ponto de não se ter uma noção clara de onde termina o pensamento de um e começa o do outro. Ao propagar “Aliás, o líder liberal, Milton Friedman, sabia demais. Seus alunos é que apreenderam só uma coisa.” confirma a admiração pelos ensinamentos do mais radical liberal da economia mundial, ultrapassando inclusive o ídolo dos liberais, Adam Smith. O Adam Smith pelo menos se preocupou em refletir e escrever sobre a Teoria dos Sentimentos Morais: “(...) mesmo concedendo que a razão participe da formulação das regras gerais da moralidade, na medida em que as obtemos pela indução de situações particulares que agradam ou desagradam às nossas faculdades morais, é bastante claro ao afirmar que as percepções primárias sobre o certo e o errado em cada situação específica nos são dado pelo sentimento imediato, e não pela razão (TMS VII.iii.2)”. O pensamento do Nelson Barbosa descrito neste texto de Luis Nassif em 02/10/2014 revela a sua mirabolante capacidade de entender e analisar questões econômicas a partir de suposições como esta: “Entre dezembro de 2013 e julho de 2014 o real apreciou-se 8%. Sem essas intervenções, mantido o nível real de agosto de 2013, o dólar deveria estar em R$ 2,51, em lugar de R$ 2,23 em julho de 2014. Contribuiu também para a apreciação a retirada de estímulos monetários nos Estados Unidos. É um verdadeiro neoliberal heterodoxo, com sentimentos e atitudes disfarçadas. Um espanto de sabedoria Keynesiana, com perspectiva Friediana ou de Milton Friedman. Deus nos livre desses monetaristas sábios, solidários, adeptos da paz e da caridade entre os homens.
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