Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
É verdade. Apesar de a grande mídia brasileira ter se transformado em meios de comunicação voltados exclusivamente para o sensacionalismo, eliminando a possibilidade de um jornalismo de conteúdo, o eleitor brasileiro soube extrair do atoleiro, criado por ela e pelos candidatos derrotados, os elementos necessários para avaliar as candidaturas. Os derrotados não podiam discutir programas de governo porque estavam claramente comprometidos com o neoliberalismo. A grande farsa era construir a imagem de conflito para fugir de questões difíceis para explicar ao eleitor. Como dizer ao eleitor que para reduzir a taxa de inflação a 3% seria necessário dobrar as taxas de juros. Como explicar que os juros acima de 20% reduziria o consumo e que, portanto, haveria redução da produção, do comércio e do emprego. Como falar para o eleitor que os investimentos dos quais eles se referiam eram voltados para o aumento do capital e o aumento da produtividade com consequências negativas para o nível de emprego. Como esclarecer para o eleitor que a redução das atividades dos bancos públicos iria favorecer aumento ainda maior do que os juros necessários para baixar a taxa de inflação a 3%. Como transmitir ao eleitor que as mudanças nos processos, procedimentos e contratos na concessão sobre a exploração do petróleo inviabilizaria a transferência de 10% do PIB, durante 10 anos, para a educação, apesar da lei que assegura a aplicação de 75% dos royalties de petróleo e 50% do excedente em óleo do pré-sal na educação. Como repassar para o eleitor que os recursos destinados ao orçamento da seguridade social: saúde, previdência e assistência social, seriam contingenciadas em conformidade com as políticas neoliberais do Estado mínimo. E assim por diante. Não foi apenas uma estratégia de marketing, foi um movimento para desviar a atenção do eleitor para o secundário. O secundário foi o truque para conquista voto e por baixo do pano fazer os acordos com fundamentos neoliberais. Por tudo isto, concordo com a sua avaliação.
ResponderExcluir