Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Para o Nordeste, a volta dos fantasmas do passado não se restringe ao governo Fernando Henrique, apesar de ser o mais significativo por ter tido o vice-presidente Marco Maciel como representante nordestino e símbolo do compromisso assumido pelo candidato Fernando Henrique com a região Nordeste e, mesmo assim, nada do acordado foi cumprido depois da eleição. Até mesmo os investimentos no Porto de Suape e a instalação de uma refinaria ficaram na promessa, embora fossem os grandes sonhos dos empresários e do povo pernambucanos, estado de origem do vice-presidente do Fernando Henrique. A volta desses fantasmas para o nordestino rememora cinco séculos, quando os partidos aliados ao PSDB na época do Fenando Henrique, e velhos representantes das políticas desde quando o Brasil ainda era uma colônia, nada fizeram para promover o desenvolvimento do Nordeste e tirar a sua população da miséria e da seca. Durante cinco séculos, desde a colônia até o governo Fernando Henrique, a história política e econômica do Brasil relata que os governos que se sucediam nada faziam pelo nordeste e quando podiam retiravam recursos provenientes da cana de açúcar para subsidiar a industrialização de São Paulo. Para entender esta verdade histórica basta ler Celso Furtado “Formação Econômica do Brasil” ou qualquer livro de história do Brasil. A descoberta do ouro em Minas Gerais e a industrialização de São Paulo retiraram do nordeste a hegemonia econômica. “Durante praticamente todo o século XVIII, a mineração constituiu a principal atividade econômica da Colônia, fazendo com que o Sudeste assumisse o comando da economia colonial brasileira. Com a passagem do eixo econômico do Nordeste para o Sudeste transferiu-se, em 1763, a capital do Brasil para o Rio de Janeiro, que então passou a ser o mais importante centro urbano da Colônia. Nas primeiras décadas do século XIX, quando a atividade mineradora começava a declinar, e o açúcar e o algodão perdiam competitividade no mercado internacional, um novo produto agrícola veio fortalecer ainda mais o crescimento e a estruturação dessa região: o café, até hoje um dos mais importantes produtos de exportação do país. Plantado inicialmente no Norte, no estado do Pará (1727), o café encontrou nas terras do Sudeste um excelente local de cultivo. Paralelamente ao desenvolvimento da cultura cafeeira desenvolveu-se também a criação de gado, destinada ao abastecimento da população. o gado ocupou vastas áreas do Sudeste, destacando-se o oeste de São Paulo, o Triângulo Mineiro, o norte e o sul de Minas Gerais, o vale do rio Paraíba (em São Paulo e no Rio de Janeiro), como também a área do atual estado de Mato Grosso do Sul, e as campinas do Sul do Brasil.” - GrupoEscolar. Com esta mudança do eixo econômico o nordeste foi marginalizado, especialmente depois da criação da política do café com leite. A “Política do café com leite foi uma política que visava a predominância do poder nacional por parte das oligarquias paulista e mineira, executada na República Oligárquica entre 1894 e 1930, por presidentes civis fortemente influenciados pelo setor agrário dos estados de São Paulo - com grande produção de café - e Minas Gerais - maior polo eleitoral do país da época e produtor de leite.” - Wikipédia, a enciclopédia livre. Isto resume o que foi o Nordeste para o Governo Do Fernando Henrique e os governos que o antecederam. Por que agora eles agiriam de forma diferente, com o Nordeste, se nunca incorporaram a região como parte importante da economia brasileira? A volta desta forma de fazer política é um fantasma horripilante para o Nordeste que voltou a ser importante para o desenvolvimento econômico do Brasil só depois do governo do PSDB.
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