quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Armínio rebate Dilma sobre salário mínimo: "Está mal informada" | Valor Econômico

Armínio rebate Dilma sobre salário mínimo: "Está mal informada" | Valor Econômico

Um comentário:

  1. Os neoliberais são especialistas em falácias e sofismas. Embora os neoliberais estejam sempre se referindo ao empirismo, são nos aparentes argumentos racionais que firmam os seus sofismas e as suas falácias. Sempre esquecem os seus erros. Esta contestação às afirmações da Dilma utiliza-se de linhas tortas para reafirmar o pensamento neoliberal sem que o eleitor possa perceber a verdade. Ao afirmar: "Defendo que qualquer política econômica, digna do nome, tem que ter por objetivo aumentar o salário e a renda das pessoas, especialmente os mais pobres, que se beneficiam de aumentos reais no salário mínimo" confirma a sua aversão à política do salário mínimo, porque embora faça uma referência à teoria econômica keynesiana não corresponde a verdade sobre a sua crença e prática histórica do liberalismo. O liberalismo tem como exemplo maior as políticas impostas pelo FMI aos seus devedores, especialmente, quando são países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. A política liberal que serve de base às práticas do FMI e do Armínio Fraga prega de forma inflexível a recessão como método de política econômica para restabelecer o equilíbrio macroeconômico. Em entrevista ao Valor PRO o Armínio defendeu um "novo regime" de política econômica que vai além do retorno ao tripé representado pela meta de inflação, superávits primários das contas públicas e taxa de câmbio flutuante. O modelo se traduz em três eixos: o reequilíbrio macroeconômico, o aumento dos investimentos e o crescimento da produtividade. Aqui está exposta a sua falácia, porque para fazer o reequilíbrio macroeconômico a política liberal ou neoliberal e o FMI pregam o controle da inflação pela recessão. Esta é a teoria de Milton Friedman, filho espiritual de Adam Smith, considerado pelos liberais e neoliberais o pai da economia moderna. Para Smith a economia funciona melhor quando opera à base das forças do interesse pessoal. O Friedman defendeu este pensamento, que é seguido pelo Armínio Fraga e outros liberais e neoliberais, ao criticar as análises de Copeland e Martin, que ele considerou ideologicamente tendenciosa, pois no tratamento que deram ao assunto sobre os efeitos da transformação tecnológica estava implícita a doutrina de que as pessoas devem ter rendas proporcionais ao que produzem, deixando claro que as predileções éticas deveriam ser rigorosamente dissociadas da pesquisa científica. Ainda segundo Friedman nas economias liberais de livre mercado o método para combater a inflação: Numa época de pleno emprego relativo, se o governo usar recursos adicionais, alguém terá de usar menos. Essa transferência de recursos será realizada sem um aumento de preços se o aumento na procura governamental de recursos adicionais for acompanhado por um decréscimo da procura não governamental. Consequentemente, a “brecha inflacionária” é o volume de gastos do governo contra o qual não há uma correspondente liberação de recursos reais de mão-de-obra ou materiais por algum outro membro da comunidade. Se houver essa “brecha”, o governo pode conseguir os recursos reais, mas somente elevando os preços, e com isso “obrigando” os outros a liberarem os recursos. Por esta razão, Friedman propõe que para evitar a inflação à procura não governamental teria de ser reduzida pela tributação, em volume igual ao aumento da procura governamental. Em outras palavras, seja pelo aumento de tributação da sociedade ou pela redução dos gastos do governo a recessão é a forma neoliberal de combater a inflação e restabelecer o reequilíbrio macroeconômico. Não havendo crescimento econômico não há como reivindicar aumento de salário. Finalmente, reafirmou seu pensamento com um belo sofisma. Para eles aumento de salário desequilibra a macroeconomia, portanto nada de aumento. É um fundamento inabalável da teoria do equilíbrio econômico nos manuais do FMI e, consequentemente, um dogma para os liberais e neoliberais. Foi por isto que o governo FHC passou oito anos sem dar aumento. Podem negar, mas farão porque é a doutrina neoliberal.

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