Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Senhores. Esta situação é lamentável porque não se trata de resgatar o discurso contra a elite. É a exposição de um conflito de classes que já deveria ter desaparecido antes de se tornar visível por toda a sociedade. As dissimulações do comportamento brasileiro está cada dia mais exposta e as suas consequências mais radicalizadas. Não vejo esta situação como boa para a vida social, cultural e política do Brasil. Não podemos esquecer que os preconceitos da nobreza e depois dos aristocratas contra a classe trabalhadora e os pobres trouxeram muitos conflitos para a humanidade. Fato que levou muitos pensadores a refletir e teorizar sobre os fatos e suas consequências: Smith, (...) mesmo concedendo que a razão participe da formulação das regras gerais da moralidade, na medida em que as obtemos pela indução de situações particulares que agradam ou desagradam às nossas faculdades morais, é bastante claro ao afirmar que as percepções primárias sobre o certo e o errado em cada situação específica nos são dado pelo sentimento imediato, e não pela razão (TMS VII.iii.2). Marx relatou que “Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os pensamentos dominantes, ou seja, a classe que tem o poder material dominante numa dada sociedade é também a potência dominante espiritual”. “Os indivíduos isolados formam uma classe pelo fato de terem de encetar uma luta comum contra outra classe; quanto ao resto, acabam por ser inimigos na concorrência. Além disso, a classe torna-se por sua vez independente dos indivíduos, de modo que estes últimos encontram as suas condições de vida previamente estabelecidas e recebem da sua classe, completamente delineada, a sua posição na vida, juntamente com o seu desenvolvimento pessoal; estão, pois, subordinados à sua classe”. Rousseau; “O primeiro que, tendo cercado um terreno, se lembrou de dizer: isto é meu, e encontrou pessoas bastante simples para acreditá-lo, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil”. Locke: “não pode haver injúria onde não há propriedade”. “O magistrado só é juiz do direito rigoroso: mas, o povo é o verdadeiro juiz dos costumes, juiz íntegro e mesmo esclarecido sobre esse ponto, do qual se abusa algumas vezes, porém que jamais se consegue corromper”. La Bruyère: “Há uma dureza natural; há outra de condição, de estado. Tira-se desta, como da primeira, o bastante para não se comover com a miséria dos outros, diria mesmo, o bastante para não lamentar as desgraças da sua família! Um bom financista não chora os amigos, nem a mulher nem os filhos”. Estas são algumas das razões pelas quais a elite não suporta um partido político composto por trabalhadores, pobres e pessoas da classe média. O lula tem consciência desta verdade que é frequentemente camuflada no Brasil sob o argumento de que aqui não há preconceito nem lutas de classe e de raças. Mas a verdade é que só o Estado é capaz de dar harmonia e gerar virtudes morais, como deixou claro Mandeville, 1988: 51: “É visível, portanto, que não foi qualquer religião pagã ou outra superstição idólatra que, pela primeira vez, instigou o homem a contrariar seus apetites e a subjugar suas mais caras inclinações, mas sim o governo habilidoso de políticos prudentes. E quanto mais intimamente buscarmos na natureza humana, mais nos convenceremos de que as virtudes morais são a prole política que a lisonja gerou no orgulho” e o Lula pois em prática, mesmo que não tenha conseguido eliminar o ódio da elite pelo partido dos Trabalhadores.
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