Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
“Concurso público é uma máquina de injustiça social” - Carreiras - iG
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O Brasil foi formado e mantém todas as suas estruturas de exclusão desde o período da escravidão. Isto pode ser constatado até mesmo quando na entrevista se afirma: “Mesmo com a taxa, os concursos recebem um grande número de candidatos...”. É um argumento transmitido ao logo do tempo, que faz parte de um universo de justificativas e argumentos para o status quo da exclusão. Nem tem como mudar uma sociedade construída sobre uma estrutura escravista, em que um ser humano assume ou tem direitos sobre outro, sem que haja uma revolução política, possibilitando a quebra da hereditariedade e desfazendo a hierarquia do direito e do privilégio, que sobrevive graças a argumentos de toda ordem, com ou sem lógica. Enquanto os partidos políticos brasileiros não mudarem as suas estruturas de indicação dos candidatos não haverá possibilidade de se fazer esta mudança proposta. Mesmo os partidos mais populares só comportam candidatos que se viabilizem financeiramente, ou seja, obtenham financiamentos de grupos econômicos para bancar a candidatura, porque o recurso fornecido pelo partido é muito pequeno, quando comparado às necessidades financeiras de uma eleição. Diante desta realidade, os candidatos quanto mais pobre ou carente de recursos financeiros para a campanha mais serão condicionados a um maior comprometimento com as estruturas de exclusão. Portanto, não há condições na conjuntura existente de modificar esta tradição, por maior que seja a vontade e a necessidade de modificar esta estrutura com fundamentos políticos e religiosos entrelaçados e tradicionais, próprios da identidade da Aristocracia brasileira. A esperança está na proibição de financiamento de campanha pelas empresas e, também, na criação de mecanismo eleitoral que impeça a candidatura e eleição de parentes de primeiro e segundo graus, evitando a transmissão hereditária para o Parlamento, Executiva e Judiciária no mesmo município, estado e de forma geral para cargos na União sem que esta medida seja tratada como injustiça e sim como democratização dos espaços públicos. Afinal somos uma democracia de livre mercado, onde há espaço para os filhos, netos, afilhados, etc. que tenham a tão propalada capacidade, evitando assim que argumentos e justificativas para manter o status quo sejam capazes de transformar um instrumento de inclusão para funções e cargos públicos em injustiça por acabar com a hereditariedade e o nepotismo no setor público brasileiro.
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