Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
domingo, 7 de setembro de 2014
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Esta crítica à monocultura temática, incorporada tradicionalmente por muitos intelectuais e profissionais brasileiros está correta. A aplicação prática dos princípios ou fundamentos econômicos mostra que as áreas da economia são inteiramente interligadas, isto é, qualquer alteração em uma área ou mesmo um ramo da economia afetará toda a economia. Isto não significa, no entanto que, o aumento do preço da bola de gude, do pião, do bambolê ou do jogo virtual Arabian Nights 2, possa influenciar a inflação ou o equilíbrio do sistema econômico. Aqui o assunto trata de tópicos econômicos e não de fantasia de charlatões e da comunicação de massa. Quando se analisa política macroeconômica tem-se de avaliar o conjunto de forma holística para propor ações que são imprescindível, fazendo a interligação dos temas, quando se deseja uma economia para satisfazer os interesses e desejos da coletividade, caso contrário às ações são direcionadas para beneficiar os protegidos. Qualquer política econômica moderna exige o alinhamento contíguo e paralelo do nível de emprego, mediante uma política fiscal e monetária que garante o alto nível de emprego; do crescimento econômico, com distribuição equitativa da renda nacional; de ações para evitar o crescimento progressivo e permanente dos preços, sem que este seja um objetivo em si mesmo; da estabilização do balanço de pagamentos; coibir a exploração monopolista e oligopolista e promover a distribuição mais justa da renda nacional, através da tributação e da oferta de bens e serviços subsidiados. Para isto, o governo precisa ter força suficiente, isto é, maioria parlamentar para que o executivo e o legislativo possam trabalhar juntos e na mesma direção, mediando conflitos resultantes de uma política econômica voltada para o equilíbrio de diferentes objetivos dos grupos econômicos e sociais. Para consolidar uma política econômica que vise os interesses da coletividade há necessidade de um Banco Central que faça a concordância, sobretudo, entre as taxas de juro; o controle dos movimentos do capital internacional e sobre as condições de compra e venda a prestação; o domínio e autoridade sobre o crédito concedido por bancos e outra instituições financeiras e sobre as emissões de capital, tendo como objetivo a estabilidade do valor da moeda (inflação) e, dessa forma, evitando um balanço de pagamento prejudicial ao sistema econômico nacional, sempre orientado pela manutenção do pleno emprego. Por outro lado, esta estrutura é ameaçada constantemente pelos diferentes interesses de grupos econômicos e sociais, que buscam no enfraquecimento dos governos ou do desvio de atenção da sociedade para as condições necessárias ao bem-estar coletivo, com a comunicação de maça, que costuma fazer ataques sistemáticos as políticas econômicas que tenham como objetivo a coletividade ou com a divulgação de atos de corrupção, como se esta praga fosse algo de um ou de outro governo, quando é uma prática generalizada, tanto em políticas e negócios públicos quanto privados. São práticas nocivas que só tem como solução a punição de culpados e jamais a sua eliminação, pois está na alma de cada cidadão, embora todos se digam avesso à mesma. É tão comum que estudei na faculdade com um colega, cuja família era proprietária de hospital, a quem fiz a seguinte pergunta: Por que ele estava fazendo economia em vez de medicina. A resposta foi a de que havia sido uma opção e decisão do seu pai, que necessitava de um profissional para dirigir o setor de compras do hospital, pois nunca havia conseguido um que não fosse corrupto, fazendo compras desnecessárias para aumentar as comissões e ganhar “um por fora”. A discussão política sobre corrupção tem como única finalidade evitar a discussão sobre política econômica coletiva, mesmo sabendo que o eleitor não muda o seu voto em razão desta discussão. O eleitor costume se defender deste ataque com um ditado que diz; “rouba mais faz”.
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