Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Senhores. Até ler este artigo eu acreditava que a ignorância dos profissionais da mídia era a responsável por produzir tanta asneiras sobre temas econômicos. Agora, tenho dúvida de que a mídia seja tão somente ignorante. Em alguns casos que conheço a mídia utiliza-se do analfabetismo funcional para criticar as ações econômicas do governo por pura e descarada cretinice e má-fé. Vamos à prova: Quando este profissional, que provavelmente deve estar apenas reproduzindo um artigo escrito por patrocinadores da mídia, que é uma técnica muito usada no jornalismo, sei porque já fiz este tipo de transporte, diz que a presidente se valeu de dados errados sobre a dívida pública para negar a necessidade de um choque fiscal, ou seja, de um corte amplo e imediato nos gastos do governo, está prevalecendo-se da sua ignorância para transformar interesses escusos e deturbar a informação. A comparação que a presidente faz está de acordo com a prática adotada pela mídia, coisa da qual discordo porque não se pode tecnicamente comparar dados econômicos de economias diferentes. A economia é fundamentada de acordo com as regras, leis e comportamentos próprios dos consumidores e produtores de cada país, embora os princípios de economia adotados sejam os mesmos. Ciência é prova universal, aplicada fatos parecidos. Sendo assim, a comparação feita pela presidente entre a dívida brasileira e a dívida de outros países está em conformidade com a prática adotada pela mídia. Este mesmo tipo de comparação é feito diariamente pela mídia, em especial, no Jornal Nacional quando compara dados do PIB brasileiro em comparação aos dados do PIB americano. Ora! O americano não usa o PIB como referência econômica, então onde a mídia vai buscar estes dados comparativos? Isto na prática é uma relação indireta e controversa porque os EUA não utilizando o PIB como referência econômica é o Produto Nacional Bruto a sua referência econômica e, mesmo assim, a mídia brasileira utiliza-se de um PIB americano imaginável para fazer a relação. Esta comparação serve para a mídia distorcer os dados econômicos brasileiros porque são resultados oriundos de bases diferentes, que refletem verdades semelhantes ou equivalentes, mas não as mesmas verdades. Para os que são dotados de conhecimento científico e tem um desenvolvimento intelectual holístico, com base cognitiva sabe que se trata de verdades paralelas entre os dados das duas economias. Porém, para os que ignoram as Ciências Econômicas não percebem que a mídia usa os dados para fazer uma análise, ao pé da letra, e assim encontram diferenças, que cogitam como erros de política econômica do Brasil. É assim que a mídia se utiliza destas comparações exóticas para criticar os dados econômicos brasileiros e, ao mesmo tempo, utiliza-se da ignorância de seus profissionais e da maioria dos seus leitores para afirmar que a presidente usou dados errados, no intuito de fazer parecer que a presidente foi desonesta e mentirosa. Isto é ou não é má-fé e ação delituosa? A presidente usou do mesmo procedimento empregado diariamente pela mídia para comparar dados econômicos brasileiros e dados de outras economias, então por que a presidente estaria usando dados errados e a mídia empregando dados certos? Isto deixa de ser ignorância para ser indecência para com a presidente e, em consequência, para com os leitores que são ludibriados pela mídia. Esta falta de profissionalismo e lealdade para com a verdade não pode continuar em nome de uma arriscada liberdade de expressão. O Ministério Público, o Congresso e o Poder Judiciário precisam usar dos seus poderes legais para coibir esta barbárie, exigindo um mínimo de dignidade para o exercício da profissão de jornalista!
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