Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
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Estas propostas partindo de Luis Nassif deixa claro que a mídia caiu no conto do vigário, ou seja, foi iludida pelos marqueteiros e publicitários do Neoliberalismo. Vamos discutir tecnicamente para evitar a fantasia e a politicagem. Em 2002 havia uma crise econômica interna, que levou Armínio Fraga (ex-presidente do BC na época) a dizer “(...) No Brasil, a crise de 2002 foi maior, bem mais complicada, porque nós éramos o epicentro”. Hoje a situação é completamente diferente. Há crescimento econômico, que nega na prática e tecnicamente qualquer crise. A diminuição do crescimento é uma decorrência na prática da crise financeira porque a economia capitalista está estruturada como uma torre de Babel, onde o sistema financeiro é o único intermediário das atividades econômicas. Logo, na medida em que o sistema monetário perdeu credibilidade os investidores se retraíram e só investem se tiverem garantias de sucesso. Mas isto, na prática, não é investimento, por exemplo, a famosa Parceria público-privada: Segundo a Lei 11.079/2004, as PPPs são aplicáveis a modalidades de contratos de concessão de serviços públicos que não tenham AUTOSSUSTENTAÇÃO, seja porque o fluxo de caixa é insuficiente e deve ser complementado por recursos de um parceiro público (concessão patrocinada), seja porque é um serviço prestado ao Estado e não tem outra fonte de receita que não aquela representada pelo pagamento do ente público (concessão administrativa). Uma rodovia ou uma linha de metrô podem ser um exemplo da primeira e um presídio pode ser exemplo da segunda. Na prática, para quem conhece os contratos e a fiscalização do setor público fica patente que o Estado assume os prejuízos e a iniciativa privado os lucros, ou seja, são gastos públicos para garantir o lucro privado. Investimento requer riscos e neste caso não há risco. É uma forma de legalizar e justificar a apropriação de recursos públicos pela iniciativa privada. Mas, deixemos as amenidades para manter o foco. O que de fato está ocorrendo e é uma prática do capitalismo nas democracias, quando há eleição os agentes econômicos e a sociedade em geral passam a exigir benefícios e privilégios para apoiarem os candidatos. E um dos artifícios bastante usado é o da crítica econômica porque o povo em geral não conhece o economês e, muito menos, as práticas fraudulentas ou de má-fé, intrínsecas aos agentes econômicos. O que Lula fez em 2002 para acalmar o mercado foi negociar, perdendo os anéis e preservando os dedos. Isto a Dilma terá de fazer, não só com os banqueiros e investidores, mas com outros setores da economia. No entanto, não pode exagerar nas concessões para um setor a ponto de prejudicar os demais, nem pode esquecer que existe uma sociedade exigindo emprego e renda. Os candidatos com pouca possibilidade de ganhar ou entreguista pode ceder a tudo e a todos, mas a Dilma não pode fazer este jogo, afinal ela terá de construir um governo e administrar. Mesmo os Bancos que são normalmente os mais gananciosos, predatórios e de gestão temerária sabem dos limites de um governo eleito democraticamente. É claro que se eles puderem eleger alguém que mereça a confiança do sistema bancário e tenha a coragem para submeter incondicionalmente a economia ao sistema financeiro melhor, porque Banco não tem pátria nem nação para pensar em responsabilidade social e política. Porém, tem consciência que os demais agentes econômicos, portanto a maioria, não permitirá que isto aconteça. Esta é a razão, de Bancos sempre condescenderem às ditaduras. Historicamente todos os ditadores tiveram linha direta com os Bancos, inclusive Hitler, para transferir ou repatriar recursos do Estado. É só conferir a história e verificar os valores bloqueados nos Bancos suíços e americanos quando ocorreram quedas das ditaduras. Não existe confiança a ser reconquistada, existe negociação a ser realizada. Esta é prática na democracia em função de argumentos fraudulentos em sua maioria e às vezes reais. Não se deixem enganar por trapaças!
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