Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
sexta-feira, 11 de julho de 2014
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Pedro Rossi repete um grave equivoco. Ele reproduz o destempero de muitos “especialistas” ao tratar do tópico inflação. Os “especialistas” brasileiros em análise econômica confundem e repetem a mesma confusão sobre a diferença de inflação e índice de preços. Eles consideram que os índices IGP; IPA; IGP-DI; GP-M; IGP-10; IPC-RJ; IPC-Fipe; IPC-IEPE; ICV-DIEESE; INPC; IPCA; INCC; CUB são o mesmo que inflação e não são. Os índices de preços refletem uma tendência, disposição, intenção de inflação e expressam os aumentos de preços no atacado, por atacado, ao consumidor e o custo de vida de famílias com renda média de R$ 2.800. Resumindo não expressam o aumento contínuo no nível geral de preços da economia como um todo, que é a inflação. O pensamento está distorcido e incorreto sobre inflação pode ser examinado como exemplo, seguido por muitos “especialistas” brasileiros, no trabalho de Luis Roberto Antonik e Daniel Rogério de Carvalho Veiga sobre “Taxas de inflação e índices de preços, uma abordagem prática” da Unifae Centro Universitário, quando afirma em seu texto que: “Os índices de inflação são utilizados para avaliar a variação de preços num determinado setor da economia”. Diante da frase podemos constatar a ausência de conhecimento sobre conceito e prática intrínseca ao princípio científico e técnico sobre inflação. Inflação em economia é um conceito estritamente monetário. O mais engraçado e irônico está no fato de que todos os “especialistas” repetem o conceito de inflação corretamente, mas não conseguem compreendê-lo, inclusive estes supracitados. Observem que eles escrevem em seu trabalho que: “Explicando melhor, inflação é o aumento contínuo no nível geral de preços, ocasionando uma perda do poder aquisitivo da moeda, assim os índices de inflação “medem” o quanto variam esses preços, para baixo ou para cima. Os índices de preços, vários como são dentro da economia, pretendem verificar a variação monetária ou taxa inflacionária sempre em um período de tempo”. Percebam a contradição: eles dizem no mesmo texto que os INDICES DE INFLAÇÃO são utilizados para avaliar preços num DETERMINADO SETOR DA ECONOMIA, conceito de inflação errado, ele deveria dizer ÍNDICES DE PREÇOS e excluir: DETERMINADO SETOR, mas por não compreender o conceito ou confundir os princípios eles falam de INDICES DE INFLAÇÃO; logo depois, eles dizem que inflação é o aumento contínuo no NÍVEL GERAL DE PREÇOS, GERAL..., conceito de inflação correto. Este erro é comum estre os “especialistas”, provocando assim constantes erros de análise e interpretação. Estudar com profundidade os conceitos científicos é indispensável para análise e interpretação corretas. Fazendo isto é possível entender que inflação é um conceito estritamente monetário, por qualquer direção ou sentido que se analise ou avalie, portanto a única ação econômica de combate à inflação está no controle da taxa de juros. É elementar, mas poucos entendem. No entanto, Pedro Rossi tem razão quando propõe buscar alternativas e oxigenar esse debate político. Não é possível combater a inflação por implantar medidas impopulares, por desejo pessoal ou decreto. O principal é entender o que é inflação, combate a inflação e controle da inflação. Sabendo diferenciar estes conceitos pelo menos no tocante a inflação as medidas serão coerentes. Já vimos o que é inflação, como se combate a inflação e para controlar a inflação é fundamental ter uma política econômica apropriada, seguindo os fundamentos econômicos e um monitoramento permanente. Medidas impopulares ou reduzir a inflação para níveis intoleráveis pela conjuntura econômica é provocar recessão e mais inflação. Voluntarismo e boas intenções não são métodos de solução para problemas. Sem entender com profundidade os problemas não tem como encontrar o processo correto para a solução. As medidas sugeridas pelo autor são no mínimo engraçadas, para quem não deseja ser grosseiro e considerá-las incorretas, tanto técnica quanto cientifica. Resumindo é preciso começar a mudar pelos profissionais que dão sustentação, avaliam e analisam a política.
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