sábado, 12 de julho de 2014

A malandragem ideológica para defender a CBF | GGN

A malandragem ideológica para defender a CBF | GGN

Um comentário:

  1. Não consigo ter uma avaliação tão profunda e intelectualmente invejável que possa me convencer de que um sistema político (suas instituições, ações e consequências), que necessita de uma reforma estrutural completa e radical, possa contribuir para o sucesso do futebol brasileiro. Não conheço fato histórico que demonstre o acerto de uma dedicação de analfabeto na educação de outro resulte em cidadania virtuosa e conhecimento científico profundo. Acredito que o bom senso impõe que se faça as correções necessárias e imprescindíveis no sistema político brasileiro para que o Estado brasileiro e seus governos possam atuar com eficiência e eficácia em instituições sociais, políticas, culturais e econômicas de forma positiva e democrática. Com a desordem política e a falta de um mínimo de credibilidade da sociedade as instituições política destroem qualquer entidade da sociedade. Uma política que se fundamenta no poder econômico, com compra de voto e de partidos, não pode instituir prática diferente para as instituições sociais. Só aqueles que desconhecem a realidade política brasileira ou os crédulos da integridade humana podem acreditar que a participação do Poder Público corrompido ou potencialmente corrompido possa ser a solução para qualquer desvio. Cientificamente há comprovação de que a ética e a política são incompatíveis, apesar das boas intenções dos políticos e da crença dos intelectuais brasileiros de que possa haver ética na política. Não podemos deteriorar ainda mais a política e o futebol brasileiro unindo dois elementos impulsivos para a moral e a ética de um povo. Como diria Jean-Jacques Rousseau: “Ao contrário, eu quisera que, para suspender os projetos interesseiros e mal concebidos e as inovações perigosas que acabaram perdendo os atenienses, cada qual não tivesse o poder de propor novas leis segundo a sua fantasia; que esse direito coubesse apenas aos magistrados; que estes usassem dele com tanta circunspeção, o povo, por sua vez, fosse tão reservado em dar o seu consentimento a essas leis, e a sua promulgação só pudesse ser feita com tanta solenidade que, antes da constituição ser abalada, todos tivessem tempo para se convencer de que é sobretudo a grande antiguidade das leis que as torna santas e veneráveis, pois que o povo logo despreza as que vê mudar os dias e, pelo hábito de negligenciar os antigos usos, sob o pretexto de fazer melhores, são introduzidos muitas vezes grandes males para corrigir menores”. “Os homens são perversos, seriam ainda piores, se tivessem tido a desgraça de nascerem sábios”. “Os antigos políticos falavam, sem cessar, de costumes e de virtude: os nossos só falam de comércio e de dinheiro”. “Que os nossos políticos se dignem suspender seus cálculos para refletir sobre esses exemplos, e que aprendam, por uma vez, que se tem tudo com o dinheiro, exceto costumes e cidadãos”. “Vejo, por toda parte, imensos estabelecimentos onde se educa a juventude por preços exorbitantes, para lhe ensinar todas as coisas, exceto os seus deveres. Vossos filhos ignoram a sua própria língua, mas falarão outras que não se usam em parte alguma; saberão fazer versos que mal poderão compreender; sem saber separar o erro da verdade. Possuirão a arte de os tornar irreconhecíveis aos outros por meio de argumentos especiosos; mas, as palavras magnanimidade, equidade, temperança, humanidade, coragem, eles não saberão o que são; o doce nome de pátria jamais lhes impressionará os ouvidos; e, se ouvirem falar de Deus, será menos por apreendê-lo do que por temê-lo”. MARX, p. 42, foi muito explícito quando expôs: O poder toma o lugar das mercadorias como objeto de interesse nas relações de troca, passando a ser visto como uma mercadoria, ou seja, uma coisa normalmente oferecida para troca, dada a sua utilidade – a qualidade que faz da mercadoria um valor de uso (...) que só se realiza com a utilização ou consumo. As ideologias são formas de poder de grupos e de indivíduos.

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