Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
A OCDE É uma das instituições preferidas de Rubens Ricupero. O senhor do plano real que confessou ao jornalista Carlos Monforte (que também é cunhado de Ricupero - a irmã do jornalista é mulher do ex-ministro): "Eu não tenho escrúpulos. Eu acho que é isso mesmo: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde". Renunciou ao cargo em 6 de setembro de 1994, assim que se soube do vazamento, via satélite, de uma conversa sua com o jornalista da Rede Globo Carlos Monforte revelando alguns detalhes sobre o Plano Real, quando se preparava para entrar ao vivo no Jornal da Globo, em 1º de setembro. (...). O ministro Ricupero foi o sacerdote do Plano Real. Mais até do que o FHC (Presidente Itamar Franco). Rubens Ricupero é um jurista - formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo - e diplomata brasileiro com destacada atividade de economista. Diplomata de carreira de 1961 a 2004 exerceu, dentre outras, as funções de assessor internacional do presidente eleito Tancredo Neves (1984-1985), (...), representante permanente do Brasil junto aos órgãos da ONU sediados em Genebra (1987-1991) e embaixador de Brasil nos Estados Unidos (1991-1993) - Wikipédia, a enciclopédia livre. Rubens Ricupero - Pouco antes da Revolução Francesa, as finanças do reino tinham chegado a ponto tão calamitoso que Luís 16 se resignou a confiá-las a Calonne, tipo do qual não se esperava muito, mas que parecia o menos ruim dos candidatos. Após alguns anos de largueza e esgotada a possibilidade de levantar empréstimos, o ministro tomou coragem e resolveu impor aos nobres o desagradável dever de pagar impostos. (...). Indignados com a audácia, os aristocratas fizeram publicar panfleto no qual uma caricatura representava Calonne como macaco fantasiado de cozinheiro-chefe do restaurante da corte. À sua frente, os nobres, figurados como patos, perus e galinhas, com os quais o mestre-cuca trava o seguinte diálogo: "Meus caros administrados, convoquei-os para perguntar com que molho desejam ser comidos". Resposta: "Mas nós não queremos ser comidos de forma alguma"! Ministro: "Vocês estão saindo da questão". O final é previsível. Os notáveis rejeitaram o imposto territorial, o rei cedeu e demitiu Calonne. Dois anos depois estourava a Revolução, da qual a convocação da Assembléia dos Notáveis é considerada o primeiro ato. Narrei essa fábula não para insinuar qualquer semelhança com a resistência brasileira à reforma agrária ou à cobrança do imposto territorial e a consequente radicalização e violência. Desta vez quero aplicá-la à situação que acabo de testemunhar em Paris na reunião ministerial da OCDE. Essa organização, que reúne os países ricos e industrializados, iniciou, há dois anos, a negociação de uma espécie de código mundial de investimentos. A fim de dar-lhe caráter mais amplo, convidou certo número de nações em desenvolvimento, dentre as quais a nossa, a acompanhar a negociação como observadores sem possibilidade, a não ser marginal, de influenciar-lhe o conteúdo, mas com pleno direito a pagar a conta. – Folha de São Paulo – 1998. RUBENS RICUPERO, profundo articulista e conhecedor da malandragem dos órgãos internacionais: "A vida é uma escola em que é preciso aprender / a ciência de viver pra não sofrer.(...). Foi há muito tempo, início de 1963, mais ou menos na época da "guerra da lagosta" com a França. Quem se lembra? Estamos em plena "guerra da vaca louca" com o Canadá e não sei se já aprendemos a ciência de viver. Pra não sofrer, é preciso aprender não só a viver, mas outras ciências complicadas, como a de negociar regras adequadas para o comércio. Esse lastimável conflito talvez sirva para abrir os olhos do público brasileiro, inclusive da imprensa, para o que é realmente crucial nas negociações da Alca ou da OMC. Não é mais tanto a tarifa, como se crê...
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