Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
O conflito causado pela não aceitação da derrota eleitoral pelo Aécio Neves e as oposições se estende por tanto tempo que o clima beligerante de eleição continua, como se não houvesse um governo eleito e pronto para governar. Este comportamento é impensável para uma democracia que tem instituições fortes e um Poder Judiciário respeitado. No momento em que a justiça eleitoral proclamou o vencedor teria de ter força e respeito suficiente para impedir que a campanha eleitoral e a propaganda para derrubar o governo e realizar outra eleição continuassem. A nulidade do poder da justiça eleitoral não permite que o resultado da eleição seja aceito pelos perdedores, mesmo depois de proclamado o vencedor pela justiça eleitoral. Diante deste estado anárquico a propaganda e o boato imperam, tentando, por exemplo, fazer a sociedade acreditar que o déficit do orçamento público é decorrente de altos gastos ou do aumento de gastos, ou ainda, do excesso de despesas do governo. Porém, para quem conhece a história deste déficit sabe que não é verdade. O déficit decorre das políticas anticíclicas adotadas pelo governo para proteger a indústria e o comércio, mas que a propaganda oposicionista, agora, depois das eleições e no intuito de derrubar o governo, alega que: a redução das alíquotas de impostos, o aumento de subsídios, as isenções fiscais e as renúncias fiscais, adotados pelo governo foram ações deliberadas para enganar o eleitor e vencer a eleição para presidente. Além de manipular as informações, a oposição faz propaganda para impedimento da presidente ou anulação das eleições desrespeitando o voto do cidadão brasileiro e a decisão da justiça eleitoral, sem que nenhuma providência para restabelecer a ordem institucional e jurídica seja tomada. É um país anárquico e sem autoridade para o exercício democrático. Quando “A BBC Brasil aborda três questões-chave para entender os altos gastos e os problemas de seu gerenciamento pelo governo – e especialistas sobre possíveis saídas para a crise nas finanças do país”, estão na verdade fazendo propaganda política através da manipulação jornalística, em favor da instabilidade institucional e pela queda do governo, na medida em que o déficit não foi e não é decorrente de altos gastos, e sim, em razão da diminuição da arrecadação pelo fato do governo ter realizado a renúncia fiscal, a redução de alíquotas tributárias e aumento de subsídios em 2013 e 2014, ou seja, políticas anticíclicas para conter os efeitos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira, até que a receita caiu demasiadamente, impedindo a continuidade da política anticíclica, exigindo medidas para o ajuste fiscal. É, portanto, inadmissível que se mantenha esta propaganda eleitoral permanente para anular uma eleição legitimamente ganha e que inicialmente a oposição insistia em afirmar que o governo era ilegítimo porque os votos do eleitor nordestino não legitimava o governo uma vez que estes eleitores seriam desinformados (dito isto pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para justificar a anulação da eleição ou a queda do governo). Trata-se, portanto, de uma arruaça com intuito de provocar a baderna e o caos institucional pelo uso abusivo da liberdade de imprensa, porque a justiça eleitoral se tornou refém das oposições e incapaz de manter a ordem política e institucional. Como cidadão, acompanho esta baderna com tristeza e desencanto com a democracia brasileira.
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