terça-feira, 8 de setembro de 2015

CPI do HSBC: "Poder econômico pressiona senador a não investigar" - Política - iG

CPI do HSBC: "Poder econômico pressiona senador a não investigar" - Política - iG

Um comentário:

  1. Apesar de o brasileiro saber votar falta a prática democrática, necessária para o voto ideológico. Perguntei a uma amiga de classe média porque ela votava contra os seus próprios interesses e tive como resposta: “É ISSO MESMO”. Perguntei a uma pessoa da Aristocracia, que vota no PSOL, porque ele votava contra os seus interesses e ele respondeu: “SIMPATIZO COM AS IDEIAS DO PSOL”. Pude constatar que no Brasil o povo e a elite sabem por que vota, mas boa parte da classe média vota com base naquilo que ler, escuta e assiste das propagandas midiáticas, sem nenhuma consciência política. São induzidos a votarem por uma propaganda que apresenta candidatos perfeitos. É pela análise dos encantos que a maioria da nossa classe média vota. Buscam o candidato com melhores características e credibilidade, formadas pela propaganda. São conscientemente enganados para votarem sem responsabilidade com a realidade. Criou-se na memória do brasileiro que a ideologia é um mal porque age para destruir o bem, ou seja, a verdade. O Brasileiro desconhece que o conceito de ideologia diz: “sociologia é a parte das ciências humanas que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições” - Wikipédia. Difundiram-se os conceitos restritos, aparentemente para cercear o debate político. Assim fez-se uso de conceitos restritos, voltados para personificar ou individualizar o significado como fez Hegel, definindo ideologia como uma separação da consciência em relação a si própria ou Marx, que a utilizou para denunciar a opressão da classe dominante. “Marx utilizou essa concepção hegeliana para oferecer dois usos diferentes do conceito de ideologia: um que expressa a ideologia como causadora da alienação do homem, através da separação da consciência; e outra que contempla a ideologia como uma superestrutura composta por diversas representações que compõem a consciência. Para Karl Marx, a ideologia mascara a realidade. Os pensadores adeptos dessa escola consideram a ideologia como uma ideia, discurso ou ação que mascara um objeto, mostrando apenas sua aparência e escondendo suas demais qualidades. Para os contextos usados por Hegel e Max os seus conceitos sobre ideologia são verdadeiros, mas esta é uma discussão sobre poder político e econômico na sociedade. Porém no contexto sociológico ou no sentido amplo ideologia busca expressar a influência do meio (associações, grupos e instituições) em que o homem vive sobre o seu comportamento. Este é o conceito que falta na sociedade brasileira para definir a razão do voto e da política partidária, enquanto representante de grupos sociais em constante conflito de interesses na democracia representativa. Onde a luta de classes, que não é apenas um conflito, envolve a economia, a política e a sociedade como um todo, é mediada pelo ou no parlamento. Esta falta de debate e difusão do conceito amplo de ideologia permitiu que a democracia brasileira fosse deturpada e constituída para legitimar os conceitos restritos de dominação da sociedade através de ideias, discursos ou ações que mascaram o objeto. Assim, construíram uma democracia representativa onde os representantes do cidadão brasileiro ou do povo são financiados e eleitos pelas empresas e, portanto, sem nenhuma responsabilidade ou compromisso com o eleitor, que apenas legitima o que foi decidido pelos líderes partidários e os financiadores de campanha política. Se não mudarmos toda esta estrutura e disseminarmos os conceitos de ideologia para que o debate democrático possa ocorrer e dar consciência e conhecimento sobre a razão do voto e da eleição jamais conseguiremos uma estrutura política, econômica e social apropriada e produtiva para fortalecer a nossa democracia e suas instituições.

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