Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Qualquer ministro do STF tem a obrigação ética e moral de saber separar a sua indicação política do seu julgamento. Supor que uma decisão para regular uma atividade seja manipulação é fazer julgamento do mérito sem conhecimento apropriado da questão e, portanto, um julgamento subjetivo e político. Não adianta negar o óbvio. Defendo e sempre defendi que o acesso ao estudo e a universidade seja um direito de todos. Porém, tornar o acesso possível pelo critério de nota e de vaga ou apenas de vaga é discriminatório e injusto, como acontecia de forma a discriminar e afastar da educação os menos favorecidos. Por outro lado, permitir o acesso sem critério ou sem exigência é tornar o estudo ineficaz e desta forma destruir a educação como forma de inclusão e direito social. A aristocracia e a elite brasileira não se conformam em ver o povo brasileiro estudando e busca sob vários aspectos inviabilizar a educação no Brasil. Condenar o Ministério da Educação por exigir uma nota mínima para acesso ao estudo por meio de financiamento não é exclusivo nem discriminatório é condizente com o processo de estímulo para a conquista do conhecimento. O homem sem estímulo não evolui e não produz. O estimulo precisa ser fornecido ou vir do interior do indivíduo, mas é imprescindível para a evolução do homem e para a obtenção do conhecimento. Seria uma manipulação e uma política excludente se o acesso fosse limitado por falta de vaga e mediado pela nota para esconder a discriminação e a falta de oportunidade. Mas, não se pode esperar que a aristocracia aceite facilmente o acesso dos brasileiros ao estudo e ao conhecimento, pois esta foi a maior luta que a nobreza já desenvolveu contra o acesso do povo às oportunidades. Seja por meio da justiça ou através dos meios de comunicação o debate para confundir e dificultar os processos de condução da política educacional para os brasileiros serão torpedeados com o argumento da aristocracia de que estão defendendo o direito do povo e neste caso dos estudantes. É engraçado ver e ouvir, agora, no Congresso os representantes da aristocracia discursando em defesa dos direitos do trabalhador. A demagogia é própria da democracia para que o status quo da aristocracia não seja alterado mesmo quando há mudanças políticas, sociais ou culturais.
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