Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
segunda-feira, 25 de maio de 2015
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O ruído econômico é coisa da mídia. Quando um presidente reconhece o valor e a importância de seus ministros não tira poder de um ou outro. O ministro do planejamento é tão importante quanto o ministro da fazenda, o presidente do Banco Central é tão importante quanto os ministros da fazenda e do planejamento. As suas funções suas complementares e cada um é escolhido de acordo com o perfil necessário de complementariedade. Os analfabetos funcionais próprios de pessoas da mídia é que provoca deturpações e ruídos onde há integração porque "Eu não preciso ser você nas coisas que você faz melhor do que eu, porque você é a parte que me falta, assim como sei que, da mesma forma, sou a parte que lhe falta". O problema maior do Brasil está na comunicação de massa sensacionalista e terrorista, que busca apenas promover a venda de insinuações e suposições em vez de informação. É um processo que remete ao pensamento de Rousseau quando disse: “Considerando-se as desordens horríveis que a imprensa já causou na Europa, julgando-se o futuro pelo progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever facilmente que os soberanos não tardarão a ter tantos cuidados para banir essa arte terrível dos seus Estados quantos tomaram para introduzi-las”. E complementado por Gian Danton: “Quando se trata de seres humanos, podemos fazer previsões autodestrutivas e auto-realizadoras”. “Um jornal que estampe uma previsão de inflação fará com que os consumidores corram para estocar produtos antes do anunciado aumento de preços. O aumento da demanda fará com que os vendedores aumentem o preço das mercadorias. Talvez a inflação não tivesse ocorrido se o jornal não a tivesse anunciado”. O conhecimento científico é muito vasto para ser de domínio único. Martin Heidegg expõe esta realidade quando diz: “Nas ciências se realiza – no plano das ideias – uma aproximação daquilo que é essencial em todas as coisas”. “Justamente, sob o ponto de vista das ciências, nenhum domínio possui hegemonia sobre o outro, nem a natureza sobre a história, nem esta sobre aquela. Conhecimentos matemáticos não são mais rigorosos que os filosófico-históricos. A matemática possui apenas o caráter de ‘exatidão” e este não coincide com o rigor”. O erro estaria em privilegiar um ministro em detrimento dos outros. Assim estaria impondo o pensamento único ao governo e o valor da política e da democracia seria substituído pela tecnocracia absolutista de pensamento supremo e unilateral. Só celebridade de índole ditatorial pode propor isto. Propostas podem vir de qualquer ordem ou lugar, mas só quem tem os dados em seu conjunto pode decidir pela ação determinante. Isto não é jornalismo, é gestão pública, não pode ser tratado com desdém ou falta de responsabilidade. Jornalismo quando sério não pode fazer intepretações e sim divulgar fatos e jamais supor que um ministro tenha agido como criança, fazendo pirraça! Isto é irresponsabilidade do jornalismo sensacionalista. O ajuste fiscal é uma questão técnica definida por números e condições de mediação política, não é uma decisão de mera vontade pessoal. Isto só pode ser dedução de analfabeto funcional. Um ministro é um profissional com sensibilidade política, convocado para gerir decisões públicas, jamais ficaria ou ficará contrariado por obstáculos políticos para os quais ele foi convocado a superar. Isto seria amadorismo. A presidente Dilma cabe apenas cumprir o seu juramento à Constituição e governar com todas as forças que a legitimidade do seu mandato lhe confere. Não pode perder tempo lendo pasquim e muito menos seguindo conselho de jornalista. Problemas de qualquer natureza só são resolvidos por profissionais que conhecem ciências e tecnologias.
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