Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
terça-feira, 26 de maio de 2015
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A gestão econômica não é um exercício de adivinhação ou de ciências ocultas. No entanto, é natural que muitos dos analistas brasileiros estejam questionando o pós-ajuste fiscal, porque desconhecem ou são analfabetos funcionais quando se trata de questões relativas a política econômica. Para quem detém o conhecimento sobre política econômica não existe dúvida ou falta de informação sobre o pós-ajuste fiscal. Qualquer estudante de economia que já chegou ao período de estudo sobre política econômica sabe que as condições pós-ajustes fiscais já estão dadas porque economia é um conjunto onde uma ação interfere direta ou indiretamente em outra. Logo, as ações de uma política econômica são interligadas e, por esta razão, o procedimento econômico de ajuste das contas públicas está e sempre estará vinculado a uma política econômica. Para saber qual é o pós-ajuste fiscal não precisa perguntar ao ministro da fazendo ou ao ministro do planejamento e nem ao presidente do Banco Central, basta conhecer a política econômica e seus princípios. A ignorância tem razões que suplantam a filosofia e a ciência. Os princípios de política econômica não se confundem com ações de ajustes ou estímulos. Sem conhecimento sobre uma técnica ou ciência e, principalmente, das teorias e linguagem apropriada não se pode compreender o assunto ou tema em questão. É como rezar em latim para uma multidão que desconhece a língua indo-europeia do ramo itálico, originalmente falada no Lácio, a região do entorno da cidade de Roma e querer que ela entenda o que está sendo dito. É justo que se queira entender o que se faz na gestão econômica, mas sem a base intelectual necessária é impossível transmitir este conhecimento. Só um milagre para que a equipe econômica se faça entender por ignorantes analfabetos funcionais. A luta política acaba por reproduzir para a política econômica o que ocorreu na construção da torre de Babel: Javé, o Deus hebraico, então, desce "para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam" e vendo o que faziam, decidiu confundir-lhes as línguas para impedir que prossigam com sua empreitada, dizendo "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que não entendam a linguagem um do outro". Dessa forma é preciso estudar a linguagem das ciências para superar a confusão sobrevinda da politicagem. Também, não se pode confundir ação de gestão econômica com pacote econômico porque este desestrutura a política econômica e não tem como ser bem sucedido, tanto que não há registro histórico de pacote econômico com resultado positivo. Por esta razão, deveria ser considerado crime hediondo contra a sociedade e o Estado. E não se pode ignorar o fato de que uma recessão decorrente de má gestão da economia é diferente de uma ação planejada para desaquecer a economia, buscando o equilíbrio econômico para fundamentar o crescimento sem inflação. Para fazer este equilíbrio é preciso um ajuste nas contas públicas que é o indutor natural e insubstituível do crescimento econômico. Por esta razão, é imprescindível a queda da produção até que a inflação esteja compatível com um novo ciclo econômico de crescimento definido pelo governo, que pode ser de 4,5% ou de 8,5%, só não pode ser igual ou inferior a 0% nem instável, depende apenas do compromisso político com a distribuição de renda e a sustentabilidade do crescimento. Dizer que a iniciativa privada promove crescimento econômico não tem sustentação teórica e, portanto, não se confirma na prática, é apenas um pensamento neoclássico ou político-econômico. Contribuir para o crescimento econômico não é promover o crescimento, isto só os recursos públicos são capazes de realizar porque não estão submetidos a exigência do lucro ou de acionistas. O desemprego é uma exigência para a estabilidade econômica após o pleno emprego. Isto não implica em explosão de desemprego, é condição necessária imperiosa da economia. Sem conhecimento e sem estudo não dá para discutir ciência. Além das planilhas, há economistas.
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