sexta-feira, 15 de maio de 2015

Comércio, indústria e importação - Sintonia Fina - Julio Gomes de Almeida - Brasil Econômico

Comércio, indústria e importação - Sintonia Fina - Julio Gomes de Almeida - Brasil Econômico

Um comentário:

  1. A falta de saber é avó da estupidez, incapaz de contrariar o pensamento do ignorante. Estes dados não determinam déficit de competitividade na economia. Eles demonstram a eficiência dos fundamentos econômicos. Em outras palavras provam que a aplicação prática dos princípios econômicos funciona de acordo com as teorias das Ciências Econômicas, ou seja, as medidas adotadas para desaquecer a economia e trazer o ajuste fiscal estão funcionando perfeitamente. As medidas para reduzir o consumo e a produção industrial de modo a desaquecer a economia para ajudar no controle da inflação funcionam conforme o esperado. Só não entendo porque estes desprovidos de conhecimento pregam o controle da inflação e o fim da política de desenvolvimento por meio do incentivo ao consumo e, consequentemente, o aumento da produção e depois apresentam preocupação quando as medidas solicitadas são adotadas apresentam resultado, reduzindo o consumo e a produção. Isto só pode ser estupidez, porque ultrapassa qualquer nível razoável da contradição do pensamento humano. Os despreparados não conseguem perceber que a indústria brasileira perde em competitividade porque o Estado brasileiro não possui poder dado pelo seu povo, Congresso e indústria para contrapor as regras do comércio internacional, de propriedade industrial, de formação de preços em bolsas e de desenvolvimento tecnológico e, como contrapartida, deseja uma reserva de mercado, subvenção, subsídio e transferência de seus custos à sociedade para impor os seus preços internos oligopolizados e cartelizados. A indústria brasileira foi criada e desenvolvida por meio de subsídios, reserva de mercado e outras proteções do Estado, como por exemplo: aumento do Dólar, aumento dos impostos de importação, etc, e não consegue se libertar desta dependência estrutural. A indústria brasileira precisa deixar a dependência do Estado a partir da criação de grupos de assessoria de relações e negócios internacionais para ter um considerado padrão de competitividade em negociações internacionais sem a presença do Estado. Só depois disto terá as condições mínimas de solicitar apoio do governo. Há pouco li que um empresário brasileiro convocou os empreendedores do Brasil, em palestra promovida pela FIESP, para investirem em Cuba, com o argumento de que se não fossem agora depois os americanos irão chegar e não haverá mais espaços para eles. Avaliando este argumento me pergunto se foi uma reunião de empresários com um representante de Cuba ou um encontro de estudante secundarista para discussão de negócios internacionais. Faltou assessoria qualificada para produzir o embasamento do conteúdo e do encontro. Deste jeito, só mesmo levados pela mão do governo brasileiro para Cuba. Porém, os competidores não aceitam este jogo, bancado pelo Estado. Assim nunca haverá competividade que supra as necessidades da indústria brasileira. Tributo não faz parte do elenco de fatores característicos de competitividade. Isto é coisa de empresário brasileiro que fala para analfabetos funcionais. Tributação fortalece o Estado, o PIB e a economia nacional. Esta é a função da tributação em economia. Podem criticar a operacionalização dos tributos, mas associar a competividade é uma asneira sem igual no mundo.

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