Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
O corte drástico no orçamento e aumento das alíquotas de impostos já existentes são medidas preferencialmente adotadas pelo FMI para equilibrar economias de países pobres, como forma de driblar as restrições e falta de colaboração do empresariado de pouco conhecimento sobre técnicas de política econômica. Embora resulte em custo muito maior para a sociedade e crie um risco de recessão desnecessário é a única forma de evitar o conflito com o empresariado. É uma forma amena de mediar este conflito, inclusive porque de forma indireta as empresas acabarão por pagar o valor necessário ao ajuste fiscal. A diferença entre adotar uma política tributária diretamente às empresas e acolher um forte corte no orçamento em conjunto com o aumento das alíquotas dos impostos já existentes está no tempo de efetivação das medidas, ou seja, há uma demora maior para que as empresas acabem pagando a sua parte no ajuste fiscal. Porém, o pagamento será em um montante maior, compensando o atraso. Claro que sendo possível restabelecer a política tributária para as empresas, segundo o que existia antes das desonerações, será melhor porque os efeitos da tributação direta quando contraproducente poderão ser negociados caso a caso com os órgãos de arrecadação, na medida em que existir dificuldades para a empresa cumprir como encargo tributário como, por exemplo: Negociações de parcelamento da dívida e tempo para recorrer a empréstimos no intuito de viabilizar as obrigações. No caso de um elevado corte no orçamento, juntamente com o aumento das alíquotas de impostos existentes, pode ocorrer uma recessão que levará fatalmente as empresas menos estruturadas financeiramente à falência, sem chance de negociação porque a recessão atinge as empresas, o governo e a sociedade simultaneamente, impossibilitando qualquer negociação. Para evitar este risco é preciso que o governo esclareça o empresariado, mostrando que o custo para fazer o ajuste fiscal será pago por todos de qualquer forma, porque não existe milagre em economia. Deve, também, ressaltar que o governo colaborou com as empresas no momento mais crítico da crise financeira internacional, com medidas anticíclicas, fazendo as desonerações para permitir a redução de custos e criando condições para manter e aumentar o consumo. Somente se não houver compreensão e colaboração do empresariado e dos congressistas, deve-se fazer o ajusto pelo método mais convencional, caro e arriscado, utilizando-se de medidas de alto custo social, político e econômico. A história, inclusive recente, demonstra que não existe alternativa para o equilíbrio econômico. Logo, o governo não poderá de tomar as medidas necessárias ao ajuste final se quiser manter a economia, a política e a sociedade no rumo do desenvolvimento. E o governo deve aproveitar para preparar as empresas, o Congresso e a sociedade para no futuro participar de outro processo de ajuste fiscal, porque é assim que o sistema econômico funciona. Ele acompanha as contradições da vida em sociedade em ciclos que variam em média 10 anos.
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