terça-feira, 5 de maio de 2015

A ilusão da volta do crescimento após uma recessão curta | GGN

A ilusão da volta do crescimento após uma recessão curta | GGN

Um comentário:

  1. Um texto assim fica difícil até de comentar, quanto mais de analisar. Observa-se uma sequência de suposições com base em premissas e lógica do senso comum ou informal, enquanto que as questões são de natureza técnica e científica. “A lógica informal é o estudo da argumentação em qualquer linguagem desenvolvida naturalmente pelo ser humano, de forma não premeditada. O estudo de falácias é um ramo particularmente importante da lógica informal” - Wikipédia. É claro que se o Levy, o governo ou qualquer ilustre sábio fizer uma análise com estes elementos dispersos e inconsistentes não terá uma conclusão coerente ou válida e, muito menos, positiva. Mas, ciência e técnica não se aplicam desta forma, torcida e sem premissa de conteúdo racional. Reunir um monte de termos técnicos ou científicos não resulta em uma lógica válida. “As ciências se desenvolvem por meio do método cientifico que é composto por cinco fases: 1) observação de um fato..., fase em que são detectados os problemas; 2) formulação de hipóteses (possíveis respostas); 3) argumentação, com a busca de conhecimentos nas diversas áreas e autoridades, 4) estabelecimento de uma tese, ou seja, comprovação de uma hipótese, e 5) teoria, conjunto de teses que explica um fato.” - Alexandre Cialdini. “A lógica examina de forma genérica as formas que a argumentação pode tomar, quais dessas formas são válidas e quais são falaciosas. Em filosofia, o estudo da lógica aplica-se na maioria dos seus principais ramos: metafísica, ontologia, epistemologia e ética. Na matemática, estudam-se as formas válidas de inferência de uma linguagem formal. Na ciência da computação, a lógica é uma ferramenta indispensável. Por fim, a lógica também é estudada na teoria da argumentação.” - Wikipédia, a enciclopédia livre. Para um ingênuo texto jornalístico, porém com conteúdo válido, seria preciso determinar pelo menos uma sequência lógica, ou seja, argumentos com base técnica e científica, como por exemplo: A solução para a nossa conjuntura econômica requer, segundo a teoria econômica aplicada, que o fim do ciclo econômico, iniciado em 2008, seja seguido de ações do governo para fazer voltar o equilíbrio da economia (esta proposta é a que está sendo conduzida pelo Levy), tomando como base o equilíbrio fiscal (assim determina a ciência). Restabelecido o equilíbrio econômico tomam-se as medidas de política econômica para iniciar um novo ciclo de crescimento (isto está comprovado pelas teorias econômicas aplicadas). A aplicação correta de princípios científicos não permite erro. Este monte de suposições e intensões descritos no texto não faz nenhum sentido para as ciências econômicas e para a história econômica, quando as teorias são aplicadas por técnicos qualificados. É preciso separar o desejo, o voluntarismo, o pensamento do senso comum da aplicação profissional e técnica das ciências. Fica apenas a constatação do esforço jornalístico para levar ao público um pouco de conhecimento sobre ciência e a sua aplicabilidade, porém de forma totalmente errada e absurda, como é corriqueiro na mídia brasileira. Faz-se necessário uma consultoria qualificada para melhorar o conteúdo jornalístico no Brasil e, em muitos casos, a responsabilidade profissional para não fazer do jornalismo uma fonte exclusiva de publicidade para o mercado, como alguns programas de TV sobre o mercado financeiro e assuntos econômicos, que demonstram uma ânsia em difundir o assunto para aumentar as vendas por meio de argumentos fraudulentos ou falaciosos.

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