domingo, 9 de setembro de 2018

Armando Boito: com apoio da classe média, Lava Jato atendeu aos EUA | Brasil 247

Armando Boito: com apoio da classe média, Lava Jato atendeu aos EUA | Brasil 247: O cientista político, professor e escritor Armando Boito Junior expôs em entrevista à TV 247 fragmentos da sua recém-lançada obra "Reforma e Crise Política no Brasil, os Conflitos de Classe nos governos do PT"; no livro, ele analisa os governos petistas em suas múltiplas dimensões e o desmembramento da crise política; "Com o apoio da classe média, Lava Jato atendeu aos EUA", denuncia; assista

Um comentário:

  1. É PRECISO ENTENDER O BRASIL! A geopolítica dominante apenas se utiliza de uma característica brasileira. O Brasil e os brasileiros precisam se reconhecer como são de verdade! Politicamente certo ou errado, este reconhecimento é fundamental para se identificar e caracterizar a nação, o governo e o Estado. O idioma por si só não pode identificar uma Nação. Dizer que no Brasil não tem racismo ou racistas é o mesmo que afirmar não ter no Brasil adeptos da ditadura e da autocracia. Certo ou errado são valores individuais, antes de serem sociais. “Vários filósofos escreveram ensaios sobre o que é certo e errado sob a perspectiva da ética. Apesar de várias tentativas, os pensadores nunca conseguiram definir com sucesso as diferenças entre o certo e o errado, uma vez que essa análise é subjetiva e depende da avaliação pessoal de cada cidadão.” - Click Estudante. A verdade está na História política do Brasil que revela uma sucessão de períodos ditatoriais e isso revela a preferência política da maioria da sociedade brasileira e deve ser encarada como uma realidade para que possa ser estudada e identificada claramente. O que se pode extrair da história política brasileira é que temos uma grande parte da classe média e uma elite golpista e ditatorial, independente de que essa característica seja positiva ou negativa, certa ou errada, para o reconhecimento dos fatos. A história política do Brasil revela uma sucessão de Golpes de Estado, que sempre se inicia e termina da mesma forma: primeiro a classe média e a elite promove os meios para que se estabeleça o Golpe de Estado, contando com as forças militares que são comandadas, quase sempre, por pessoas de origem da classe média ou da elite. Depois que os militares assumem a ditadura a classe média e a elite começam um processo político de retirado dos militares do Poder ou contrarrevolução e assumem o governo com aparente democratização do Brasil. Em seguida, por falta de votos na eleição o governo que vem após a ditadura, e sempre é de origem neoliberal ou classificado de direta política, perde o Poder. A partir daí a classe média e a elite adeptas da ditadura começam, mais uma vez, o processo de desestruturação política para juntamente com o comando dos militares derrubarem o governo eleito democraticamente e, por isso, classificado de populista. E o que dificulta essa identificação da classe média e da elite com a ditadura como forma de governo? É simples, quando os fatos históricos são analisados. Percebe-se claramente que a classe média e a elite são adeptas da ditadura, mas não da ditadura militar! Por isso, a classe média e a elite se dizem contrárias a ditadura. É por hábito cultural que se estabelece o erro de compreensão das características ditatoriais da classe média e da elite, pois as frases ditas por eles não são concluídas para incluir a palavra militar na negação ao fato. Caso dissessem somos contra a “Ditadura Militar” ficaria claro que a classe média e a elite são adeptos de regime ditatoriais e contra as ditaduras militares. Enquanto essa característica não for reconhecida como tal e estudada não será possível compreender a falta de democracia no Brasil, tanto no passado quanto no presente e, também, no futuro, enquanto essa característica perdurar. Somente os pobres, uma pequena parcela da classe média e os intelectuais são verdadeiramente democratas no Brasil.

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