segunda-feira, 28 de abril de 2014

"Dilma não percebeu a armadilha do consumo", diz Luiz Carlos Mendonça de Barros - Economia - O Dia

"Dilma não percebeu a armadilha do consumo", diz Luiz Carlos Mendonça de Barros - Economia - O Dia

Um comentário:

  1. Todas as economias do mundo pobre ou rico se complementam. Não há política, cultura ou ideologia que possa separar as conexões impostas pelos fundamentos econômicos. É uma realidade intransponível. A falta de conexão é uma forte restrição à evolução ou ao desenvolvimento econômico. Por esta razão, só é possível entender plenamente a economia através do método sintético e não pelo método analítico. O processo sintético revela as características, dimensões, necessidades e potencialidades de toda a economia. A prática de se propor soluções através de procedimentos dedutivos é praxe no Brasil e, por isto, os erros de política econômica se sucediam antes do governo Lula, que propôs uma política econômica com base em uma avaliação indutiva da economia brasileira. Incluiu no processo de avaliação o todo econômico como, por exemplo, os elementos sociais e as economias do Norte, Nordeste, sul e Centro-oeste. Dito isto, é possível demonstrar que a retração nos investimento privados não aconteceu em razão da política econômica do governo e sim por falta de mercado internacional, tanto que os investimentos internos continuaram, embora os investimentos privados na economia interna tenham diminuído quando comparado com o que estava planejado. Isto não ocorreu por dificuldade da administração econômica. Esta redução ocorreu pelas dificuldades financeiras que as empresas multinacionais estavam passando em seus países, que afetaram os seus investimentos aqui no Brasil. Logo, culpar profissionais de economia com a frase: “Esse pessoal vai ser enterrado junto com o desgaste do modelo.”, é um equívoco resultante de uma premissa falsa. Dizer que a expectativa: “É negativa por causa da estrutura de custos. O PIS/Cofins representa de 5% a 6% do custo da produção. Com a fórmula que propus, a indústria ganha margem no mercado interno e externo, aumenta a rentabilidade do negócio e, por consequência, o investimento. Para mim, é melhor uma ideia dessas do que mexer no sistema de metas do BC.”, também reflete o resultado de uma premissa falsa, quando avalia que a queda nos ganhos da iniciativa privada são consequências dos altos custo, quando na verdade ocorre por uma redução do mercado externo, que além de diminuir as exportações aumenta a quantidade de produtos no mercado interno, contribuindo para uma maior concorrência e substituição de produtos consumidos em razão dos baixos preços de mercadorias de melhor valor. Pensar que “A inflação brasileira tem, de novo, características inerciais fortes.”, é outro equivoco oriundo de uma falácia sobre esta inflação inercial. A realidade da nossa inflação é consequência do excesso de dinheiro no mercado em consequência da melhoria de renda e da incorporação de novos consumidores, classificados como a nova classe média brasileira, e dos altos custos decorrentes principalmente da falta de novas tecnologias e de problemática infraestrutura. Outro equivoco é pensar que: “Os preços defasados também precisam ser corrigidos. Represados, pressionam a inflação.”, os preços defasados de produtos relevantes para a economia têm por objetivo induzir o crescimento econômico através do controle da alta de custo do produtor como, por exemplo, o preço da gasolina para não onerar os gastos do produtor com transporte. Preços represados não tem como pressionar a inflação até mesmo pela lei da inércia. A necessidade de corrigir os preços é para induzir o crescimento do investimento e não porque está defasado, haja vista que o crescimento do investimento por si só não produz crescimento economico como faz o consumo. Em teoria, isto é, com tudo mais constante o crescimento do investimento promoveria o crescimento econômico, porém na economia aplicada o investimento de uma empresa gera efeitos colaterais como redução do valor de suas ações na bolsa, contribuindo para a queda do investimento em bolsa, que deveria colaborar para o crescimento econômico, mas não o faz em consequência dos gastos da empresa para investir. Os riscos e incertezas, etc. é preciso mudar os óculos.

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