quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Folha de S.Paulo - Opinião - Igualdade de quê? - 13/02/2014

Folha de S.Paulo - Opinião - Igualdade de quê? - 13/02/2014

Um comentário:

  1. Ledo engano! Diógenes ensinava que a natureza humana pode ser maior que o homem, quando livre. Negava a vida social e a corrupção decorrente. Ele preferia a companhia dos cães a dos homens. Mostrava que o homem pode ser autossuficiente e independente, pregando o desapego aos bens materiais e externos. Diógenes buscava a verdade pela negação. Como expôs Martin Heidegg: “A negação é, entretanto, con¬forme a doutrina dominante e intata da “lógica”, um ato específico do entendimento. Como podemos nós, pois, pretender rejeitar o entendimento na pergunta pelo nada e até na questão da possibilidade de sua formu¬lação?”. “Pois o nada é a negação da totalidade do ente, o absolutamente não ente”. “Existe a negação e o “não” apenas porque “existe” o nada? Isto não está decidido; nem mesmo chegou a ser formulado expressamente como questão. Nós afirmamos: o nada é mais originário que o “não” e a negação”. “Se esta tese é justa, então a possibilidade da negação, como atividade do entendimento, e, com isso, o próprio entendimento, depende de al¬gum modo, do nada. Como poderá então o entendimento querer decidir sobre este? Não se baseia afinal o aparente contrassenso de pergunta e resposta, no que diz respeito ao nada, na cega obstinação de um enten¬dimento que se pretende sem fronteiras?”. Diógenes com suas ações expôs a realidade humana. A verdade exposta é a precariedade da vida em sociedade. Porém, a civilização nos trouxe a esta realidade. E, isto impõe ao governo superar as teorias para buscar a solução para s problemas sociais. Pela ação para possibilitar aos cidadãos o acesso ao consumo não exclui o fornecimento dos serviços públicos. A questão se prende a realidade existencial dos cidadãos, que lhe impõe a necessidade urgente e prioritária do acesso ao pão antes de conceder o acesso à educação e outros serviços públicos. “(...) adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios "padrão Fifa" (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas-parceiras supera o valor total do Bolsa Família.”, demonstra que de fato não há falta de recursos é apenas uma política racional e lógica orientada pelas ciências humanas para que o Estado, governo e suas instituições possam criar as condições econômicas e políticas para estruturar a sociedade e permitir o seu desenvolvimento. Mas, isso não é assunto para leigo, ignorantes ou analfabetos funcionais. É ciência, que embora incompleta segunda demonstrasse o pensamento de Martin Heidegg trata-se do maior avanço cognitivo que a história revela para a solução dos problemas humanos e da humanidade.

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