segunda-feira, 20 de abril de 2015

Contra a corrupção! | Contexto Livre

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Um comentário:

  1. Os novos meios de produção e os processos de produção capitalista constituíram as bases dos negócios atuais e da sociedade moderna e da política, estabelecendo a atualização e modernização dos princípios éticos, morais e políticos. Adam Smith foi um dos primeiros a pensar na teoria dos sentimentos morais. “Bradar contra a corrupção é a forma mais rápida de se eleger no país. Desconfio de qualquer pessoa que se diga contra a corrupção. A razão é uma só: ninguém é abertamente a favor da corrupção, logo não faz sentido protestar contra ela.” –Gregorio Duvivier. “A unidade entre ética e política, tão central à filosofia da Antiguidade, foi desmontada num processo que começou com Maquiavel[15] e concretizou-se, na Modernidade, na Razão Prática de Kant. A ênfase da política mudou, priorizando o poder do estado, as ditas ações “Maquiavélicas”, tomando o lugar da busca do bem comum. O pensamento Ético, a Moral, se distanciou de suas raízes na busca de um ideal supremo e externo na procura de estabelecer o dever moral interno baseado unicamente na razão. Aristóteles via na Ética, o ambiente dentro do qual o homem vive e o conjunto de suas ações, como sendo estreitamente ligada à Política, ou seja, à discussão e à vivência na pólis. Essa ligação foi rompida na Modernidade pela mudança de foco e direção no pensamento filosófico. Se por um lado tudo na Antiguidade levava o homem em busca do sumo bem, a felicidade no contexto do cenário político da vida na polis, o pensamento da época moderno rumou em direção oposta. Para definir essa mesma busca pela realização humana, a felicidade, o enfoque muda para, de um lado, a necessidade da existência de um estado forte com governantes poderosos e, do outro lado, para a formulação de uma ética individual que permite que o homem reja sua própria vida livre da dependência das influências externas. Assim, se promoveu nessas duas épocas determinantes do pensamento filosófico, uma “mudança do endereço” radical no que diz respeito ao estabelecimento da Moral. O processo que foi, no pensamento Platônico e Aristotélico, a responsabilidade da comunidade como um todo, com suas raízes na política ou vida em comum da pólis, tornou-se a responsabilidade individual, racional e, por vezes, egoísta, de cada indivíduo. O modo de viver da Modernidade, base da sociedade na qual vivemos, tem suas raízes no conceito que cada homem deve formular sua própria Moral (código de conduta) e alcançar a felicidade vivendo de acordo com as normas estabelecidas. Na vida da Pólis idealizada na Antiguidade, em caso de conflito de interesses, o interesse do bem comum prevaleceria sobre o bem do indivíduo; na Modernidade, o bem do indivíduo tem a supremacia. O pensamento racional da modernidade, vista por alguns como sendo o mais realista, marca uma vitória para o individualismo e a derrota do conceito de que a felicidade da comunidade é o bem comum e, portanto, a felicidade de todos!” - Joan Burton (Licenciada em Filosofia).

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