Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Senhores. O que estranho é a falta de boa vontade e prudência diplomática do governo israelense. Parece-me que a indicação deste senhor israelense é uma agressiva demonstração de poder econômico e militar e extrema presunção do governo de Israel. Aparentemente trata-se da reafirmação do que disse anteriormente o governo israelita sobre a importância diplomática do Brasil na política internacional. “Israel diz que Brasil é “país insignificante” e “anão” na diplomacia mundial. Só porque o Itamaraty convocou o embaixador em Tel Aviv a dar explicações sobre o massacre em Gaza. Israel é do tamanho do estado de Sergipe, o menor do Brasil. Têm 22 mil quilômetros quadrados de extensão territorial, enquanto nós temos mais de 8 milhões. O país possui uma população de aproximadamente 8 milhões de pessoas, das quais quase dois milhões são árabes. Nós somos 203 milhões de brasileiros. O Produto Interno Bruto (PIB) de Israel é de 243 bilhões de dólares. O PIB do Brasil é maior do que 2,253 trilhões de dólares (4,8 trilhões de reais em 2013). Somos a 7ª economia do mundo, à frente de Itália e Inglaterra, por exemplo. O governo israelense se esqueceu: este “país insignificante” foi o primeiro do mundo a reconhecer a criação do estado judaico, em 1948, mantendo absoluta neutralidade em relação aos conflitos no Oriente Médio. Portanto, podemos convocar o embaixador para saber por que morreram 678 palestinos em ataques recentes e apenas 32 soldados israelenses, conforme O Globo de ontem (23 jul de 2014). O Itamaraty não discute o direito de Israel se defender de ataques terroristas, mas quer saber as razões pelas quais está bombardeando escolas e hospitais” - Carlos Amorim. Por que tanta agressividade quando a ação diplomática brasileira foi extremamente natural, quando se trata de deveres diplomáticos no mundial civilizado e democrático, diante de conflitos que resultam em violência e mortes. Aceitar a indicação do senhor Dayan, depois de tamanha agressão, é uma submissão vergonhosa para qualquer governo que tem o dever ético e moral e a obrigação legal em preservar a dignidade dos brasileiros e a soberania do país. Um país que se orgulha de ter na sua história diplomática o Ruy Barbosa de Oliveira, que se destacou como jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador. “Como delegado do Brasil na II Conferência da Paz, em Haia (1907), notabilizou-se pela defesa do princípio da igualdade dos estados. Sua atuação nessa conferência lhe rendeu o apelido de "O Águia de Haia". Teve papel decisivo na entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial. Já no final de sua vida, foi indicado para ser juiz da Corte Internacional de Haia, um cargo de enorme prestígio, que recusou” – Wikipédia, não pode se submeter a esta brutalidade.
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