Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
Esta reportagem parece que tenta esconder o óbvio: Que existe crime em praticamente todas as contas abertas em filial do HSBC na Suíça. Este tipo de Crime é o mais penalizado no Mundo Desenvolvido, que vai dos EUA aos países europeus. Até o Papa já se prenunciou condenando este tipo de crime. É praticamente impossível não serem criminosas as contas abertas por brasileiros na filial do HSBC na Suíça. Isto porque, não haveria motivo pela lógica da segurança e da estratégia financeira para fazer depósitos em uma filial do Banco Inglês na Suíça, país que historicamente guarda recursos de origem criminosa, quando poderia fazer o depósito diretamente em agencia do Banco HSBC na Inglaterra, centro financeiro mundial. A maior jogada de manipulação desta reportagem vem logo no começo quando fala de milhões não declarados, no intuito de confundir o eleitor e passar uma imagem de honestidade nos depósitos realizados e não declarados. Mas, isto é crime em qualquer situação. É, portanto, um crime bárbaro, condenado até pelo Vaticano. O cinismo é tão grande que não se envergonha e fica explícito ao escrever: “Há quem declare sua fortuna ao fisco” e em seguida faz uma breve pausa (;) para dar o tom de aparente honestidade: “há quem ganhe HONESTAMENTE MILHÕES, mas NÃO DECLARE tudo o que tem fora do país (a sua maioria)” – esta ação é crime, é crime de sonegação fiscal sobre um dinheiro ganho com o sacrifício de trabalhadores brasileiros e através da exploração de recursos da sociedade brasileira, pela ocultação dos valores não declarados – “e há quem ganhe de FORMA ILÍCITA (isto para reforçar a ideia falaciosa de que os valores não declarados é prática honesta e lícita, quando é um ato criminoso e execrável contra o Estado e a sua sociedade, é a recusa consciente de cumprir a lei), como os suspeitos de envolvimento na operação Lava jato (aqui fala de suspeitos, quando o que existe são indiciados e investigados, para suavizar e ao mesmo tempo firmar a ideia de que só neste caso existe crime, quando o crime está em todos os casos citados neste parágrafo.), algo mais difícil de contabilizar (como contabilizar valores não declarados e sonegados fosse fácil, enquanto fica subtendida a ideia falsa de que os valores não declarados seriam contabilizados facilmente).” Fica claro o cinismo, mas é tanto que tenho dúvidas de que seja só cinismo ou se há crime de conivência por tentativa de dar caráter legal à ocultação da fraude. Ainda tem a desfaçatez de insinuar que não é possível identificar os criminosos brasileiros por falta de um acordo entre Brasil e Suíça para troca automática de informação sobre contas bancárias, como se o dinheiro dos brasileiros fossem depositados sem sair do Brasil, isto é, não saíssem com aparato dos bancos brasileiros ou pelos aeroportos e rodovias. Esses recursos deixam rastros nas operações comerciais ou financeiras realizadas no território brasileiro e, portanto, são passíveis de serem identificadas. Não há possibilidade de grandes volumes de dinheiro ser ganhos no Brasil e transferidos para o exterior sem deixar pista para serem identificados. Não são operações realizadas por quitandas no alto de favela no morro distante da civilização. O texto fecha a “matéria jornalística” com sofisma atribuído ao professor Lambelet: “a força da Suíça é oferecer aos milionários estrangeiros o que um Panamá não consegue: país e moeda estáveis, organização e eficácia. O que está em jogo não é pouco. Os 283 bancos operando hoje na Suíça têm US$ 6,1 trilhões de ativos em gestão, dos quais 51% do estrangeiro – o que faz do país líder mundial no setor, segundo a ASB. Detêm, nada menos, que 26% da fatia mundial em gestão de ativos.”, como se os ativos depositados nos bancos Suíços não fossem em Dólares americanos e refletissem investimentos feitos na economia Suíça e não um esconderijo bancário para dinheiro roubado ou desviado ilegalmente dos seus países de origem.
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