Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
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Senhores! É natural que o profissional de jornalismo faça esta pergunta para entender o que se passa em relação à condução da política econômica do governo. Mas qualquer economista qualificado sabe que diante dos fatos esta dúvida não tem nenhuma lógica científica. Mudar a metodologia para a condução da Política Econômica quando um ciclo econômico se encerra é uma exigência técnica e científica. Isto não tem nenhuma relação com a adoção de agenda política ou de qualquer político. A economia política aplicada ou a política econômica atual não foi definida por meio de agenda política e sim por determinantes técnicas e científicas. A dose ou grau, frequência, amplitude, duração, método a seguir e escolha das variáveis econômicas adotadas podem diferir de acordo com a agenda política, mas não é o caso. A agenda desenvolvimentista tem preferência pelos princípios econômicos que estão vinculados ao pensamento de Keynes e a agenda neoliberal segue a linha de pensamento de Smith e Milton Friedman. De forma prática podemos dizer que o desenvolvimentismo está próximo ao método adotado pelo governo de Bill Clinton e o neoliberalismo segue a doutrina do governo de Margaret Thatcher. São linhas de pensamento voltadas para a economia de mercado, com a ressalva de que o desenvolvimentismo adota princípios sociais, com base na dialética do capitalismo, ou seja, adota uma política econômica cuja agenda é socialdemocrata. O crescimento econômico fundamentado no estímulo ao aumento do consumo da sociedade encerrou um ciclo econômico, que exige uma nova estratégia para manter a política de crescimento econômico, sem afetar o nível de consumo e de emprego conquistado. Esta nova estratégia adota como princípio o impulso ao investimento. Esta decisão requer uma metodologia diferente porque o apoio ao consumo exige uma maior influência do Estado na economia, enquanto que o apoio ao investimento requer menor participação direta do governo na economia, embora a contribuição do setor público continue sendo alta. É fácil entender, quando se apresenta um exemplo: O crescimento com base no consumo demanda maiores salários, que sem a mão do governo não acontece na economia como um todo. O crescimento alicerçado no investimento não exige muito da autoridade do governo, embora o setor público tenha de reduzir impostos para importação de máquinas e equipamentos, fornecer mais subvenções, propiciar juros menores para investimento, investir recursos públicos em infraestrutura, etc. Por estas razões é que a condução da Política Econômica está sendo alterada, no entanto isto não implica na mudança de agenda. Em outras palavras a Política econômica não será conduzida segundo os princípios neoliberais. Caso os princípios neoliberais, portanto contrários aos interesses da sociedade e do consumidor sejam adotados, é obrigação de todos os profissionais de economia, qualificados e responsáveis, denunciar os equívocos assumidos pelo governo por ultimato da ética profissional.
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