Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
quinta-feira, 30 de abril de 2020
Sítio Web oficial da União Europeia | União Europeia
Sítio Web oficial da União Europeia | União Europeia: European Union - Official website of the European Union
quarta-feira, 29 de abril de 2020
Braga Netto sobre Pró-Brasil: Economia dará a palavra final - Brasil 247
Braga Netto sobre Pró-Brasil: Economia dará a palavra final - Brasil 247: "Em nenhum momento se pensou em sair do trilho programado pela Economia", disse o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, negando que o plano Pró-Brasil irá alterar a política econômica liberal do governo
terça-feira, 28 de abril de 2020
Huck diz que a taxação de grandes fortunas pode prejudicar o país - Brasil 247
Huck diz que a taxação de grandes fortunas pode prejudicar o país - Brasil 247: O apresentador Luciano Huck afirmou que a taxar grandes fortunas pode atrapalhar o desenvolvimento do país. Ele argumentou que a “malha tributária” do Brasil permitiria "engenharias fiscais" para que os milionários levassem o seu dinheiro para outro lugar
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Entrevista Tânia Bacelar - Site da Crise COVID-19
Entrevista Tânia Bacelar - Site da Crise COVID-19: Entrevista Tânia Bacelar BRASIL: DESIGUALDADES SOCIAIS E PANDEMIA Graduada em Ciências Sociais e em Ciências Econômicas, especialista em Planejamento Global pela Cepal e possui doutorado em Economia pela Universidade de Paris I – Panthéon-Sorbonne (França). Aposentou-se em 2014, após 36 anos de contribuição à formação de estudantes na graduação e pós-graduação, à produção de conhecimento …
Contra o Pró-Brasil, equipe de Guedes ameaça com debandada geral - Brasil 247
Contra o Pró-Brasil, equipe de Guedes ameaça com debandada geral - Brasil 247: Depois da queda de Sergio Moro, a próxima semana pode ser marcada pela demissão de Paulo Guedes e de toda sua equipe, que se opõe à volta dos investimentos públicos
domingo, 26 de abril de 2020
Opera Mundi: Sobre saudar a mandioca e estocar vento: Dilma estava certa
Opera Mundi: Sobre saudar a mandioca e estocar vento: Dilma estava certa: Dilma, ao contrário do que se fez parecer, sabia muito bem sobre o que falava nos dois casos: o problema foi de quem não quis entendê-la
Globo censura oposição a Bolsonaro, denuncia colunista - Brasil 247
Globo censura oposição a Bolsonaro, denuncia colunista - Brasil 247: colunista do portal Uol Mauricio Stycer
sábado, 25 de abril de 2020
Coronavírus: Um em cada seis trabalhadores dos EUA solicitou seguro-desemprego desde meados de março | Economia | EL PAÍS Brasil
Coronavírus: Um em cada seis trabalhadores dos EUA solicitou seguro-desemprego desde meados de março | Economia | EL PAÍS Brasil: Deputados aprovam o novo pacote de resgate, num valor de 484 bilhões de dólares, ainda a ser sancionado por Trump
Dólar dispara, e Bolsa tem forte queda com saída de Moro do Governo
Dólar dispara, e Bolsa tem forte queda com saída de Moro do Governo: Na máxima, a moeda americana chegou a ser vendida a 5,717 reais, maior cotação já registrada, e terminou o dia valendo 5,66 reais. O euro avançou 2,47%, cotado ao fim do dia a 6,11 reais.
"Moro admitiu, no mínimo, a prevaricação", afirma Kakay - Brasil 247
"Moro admitiu, no mínimo, a prevaricação", afirma Kakay - Brasil 247: O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, lembra o episódio em que Moro teria entrado em contato com autoridades para comunicar que as figuras públicas haviam sido hackeadas e que as informações seriam destruídas. "Vejam que a tal interferência que o ex-ministro Moro agora parece abominar, parecia ser uma prática que o próprio ex-ministro já utilizava", afirma
quinta-feira, 23 de abril de 2020
Pró-Brasil ainda é só um PowerPoint, mas já fechou a porta de Guedes - José Paulo Kupfer - UOL
Pró-Brasil ainda é só um PowerPoint, mas já fechou a porta de Guedes - José Paulo Kupfer - UOL: O programa de investimentos públicos e em parceria com o setor privado, lançado nesta quarta-feira (22) pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, pelo menos por enquanto não é nem u
terça-feira, 21 de abril de 2020
Eugênio Aragão: Bolsonaro deve ser afastado por ofender matriz normativa do Estado - Brasil 247
Eugênio Aragão: Bolsonaro deve ser afastado por ofender matriz normativa do Estado - Brasil 247: Para o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, estamos neste momento "diante da maior ameaça à Constituição desde sua promulgação". "A deslealdade do presidente para com os cânones constitucionais por si só seria motivo para afastá-lo do cargo", defende
segunda-feira, 20 de abril de 2020
Coronavírus: Bolsonaro endossa ato pró-intervenção militar e provoca reação de Maia, STF e governadores | Brasil | EL PAÍS Brasil
Coronavírus: Bolsonaro endossa ato pró-intervenção militar e provoca reação de Maia, STF e governadores | Brasil | EL PAÍS Brasil: Presidente participou de protesto contra o Congresso em Brasília no dia em que mortes pelo coronavírus passaram de 2.400. Especialistas veem crime de responsabilidade e contra a saúde pública
domingo, 19 de abril de 2020
sábado, 18 de abril de 2020
Maia acusa Guedes de passar informações falsas à sociedade
Maia acusa Guedes de passar informações falsas à sociedade: O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, passa informações falsas sobre a crise dos Estados e municípios frente ao novo coronavírus.
quinta-feira, 16 de abril de 2020
Desponta novo consenso positivo sobre a China na União Europeia - Brasil 247
Desponta novo consenso positivo sobre a China na União Europeia - Brasil 247: "De uma perspectiva global, esta crise está expondo todas as falhas e fraquezas estruturais acumuladas nas últimas décadas pelo Ocidente", escreve Fabio Massimo Parenti, professor de Estudos Internacionais e autor do livro Geofinança e Geopolítica, em artigo publicado no jornal Global Times
Em artigo no Linkedin, Nelson Teich defende isolar só as pessoas infectadas e seus contatos mais próximos - Brasil 247
Em artigo no Linkedin, Nelson Teich defende isolar só as pessoas infectadas e seus contatos mais próximos - Brasil 247: "Usando um conceito que hoje permeia a saúde, ele deveria ser personalizado. Um modelo semelhante ao da Coreia do Sul. Essa estratégia demanda um conhecimento maior da extensão da doença na população e uma capacidade de rastrear pessoas infectadas e seus contatos", disse ele
Presidente do Banco Central diz que reduzir mortes por Covid-19 é pior para a economia - Brasil 247
Presidente do Banco Central diz que reduzir mortes por Covid-19 é pior para a economia - Brasil 247: Reportagem do Intercept Brasil destaca a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para investidores do mercado. De acordo com o dirigente, quanto maior for o número de novos casos e mortes por coronavírus melhor para a economia
quarta-feira, 15 de abril de 2020
Bill Gates confronta Trump e defende OMS - Brasil 247
Bill Gates confronta Trump e defende OMS - Brasil 247: Bill Gates disse nesta quarta-feira que mais do que nunca o mundo precisa da Organização Mundial de Saúde (OMS), depois que o presidente Donald Trump decidiu suspender a contribuição financeira dos Estados Unidos à agência
Proposta do governo para estados 'não faz sentido', diz Meirelles - 14/04/2020 - Mercado - Folha
Proposta do governo para estados 'não faz sentido', diz Meirelles - 14/04/2020 - Mercado - Folha: Para secretário de Doria, é impossível prever impacto da recessão sobre caixa dos governos
"Bolsominion" alemã é internada em clínica psiquiátrica por negar a pandemia - Brasil 247
"Bolsominion" alemã é internada em clínica psiquiátrica por negar a pandemia - Brasil 247: A advogada Beate Bahner foi internada na Alemanha por negar a existência do coronavírus. Ela chegou a lançar um site onde defendia que a covid-19 era “uma mera gripe”, e que as medidas de isolamento adotadas pelo governo são “flagrantemente inconstitucionais”
terça-feira, 14 de abril de 2020
Câmara aprova projeto de socorro aos estados, mas Guedes quer veto de Bolsonaro - 13/04/2020 - Mercado - Folha
Câmara aprova projeto de socorro aos estados, mas Guedes quer veto de Bolsonaro - 13/04/2020 - Mercado - Folha: Apesar de desidratada, a versão não agrada o ministro da Economia
segunda-feira, 13 de abril de 2020
Modelo de compensação a Estados por perda de imposto é irresponsabilidade e cheque em branco, diz Guedes - 13/04/2020 - UOL Economia
Modelo de compensação a Estados por perda de imposto é irresponsabilidade e cheque em branco, diz Guedes - 13/04/2020 - UOL Economia: Por Marcela Ayres BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira que a ajuda a Estados e municípios num modelo de compensação por perda de receitas com impostos seria uma irrespo
Aras confronta STF e diz que Bolsonaro pode decidir fim do isolamento social - Brasil 247
Aras confronta STF e diz que Bolsonaro pode decidir fim do isolamento social - Brasil 247: Em parecer, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que, como o mundo passa por uma "crise sem precedentes", repleta de "incertezas", ainda não é possível avaliar bem se a estratégia de limitar a circulação de pessoas tem eficácia para impedir a propagação do coronavírus. O STF vem sinalizando que não aprovará medidas que contrariem recomendações da OMS
Alexandre Garcia afirma que compra de respiradores "é excesso de gastos" - Brasil 247
Alexandre Garcia afirma que compra de respiradores "é excesso de gastos" - Brasil 247: Ex-jornalista da Rede Globo Alexandre Garcia escreveu artigo no qual afirma que a anunciada compra de 65 mil respiradores artificiais para o Brasil combater a epidemia de coronavírus é "excesso de gastos". No texto, diz ainda que os governadores estariam "se aproveitando da situação de emergência para gastar demais". A reação nas redes sociais foi imediata
domingo, 12 de abril de 2020
ALERTA PÚBLICO
PEC DO ORÇAMENTO DE GUERRA:
A ABSURDA PRIORIZAÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO NO CONTEXTO DA
PANDEMIA As organizações, fóruns, redes, plataformas da sociedade civil, conselhos de direitos e
instituições de pesquisa acadêmica vêm manifestar publicamente ao Senado Federal e à
sociedade brasileira imensa preocupação com a tramitação da Proposta de Emenda
Constitucional 10/2020, conhecida como a PEC de Orçamento de Guerra, e com outras
medidas econômicas adotadas no contexto da pandemia do COVID-19.
Mais uma vez assistimos a uma inversão perversa de prioridades ao se propor medidas
econômicas que visam aumentar a drenagem de recursos públicos para o mercado financeiro,
concentrando ainda mais a renda nas mãos de poucos, em detrimento das políticas sociais, em
meio à dramática situação vivida pela população, marcada pelo crescimento vertiginoso da
fome, da miséria e do número de mortes.
Aprovada de forma acelerada pela Câmara Federal no dia 3 de abril, a PEC do
Orçamento de Guerra propõe, dentre outras mudanças, alterações nas competências do
Banco Central. A principal razão de ser dessa Proposta de Emenda Constitucional reside na
tentativa de autorizar o Banco Central a repassar recursos para o setor financeiro, sem
qualquer contrapartida por parte das instituições que serão socorridas.
Não há dúvidas quanto à necessidade de criar e aprimorar instrumentos adequados
para evitar uma crise financeira sistêmica. Salvar bancos e demais instituições financeiras
significa garantir os depósitos das pessoas físicas, evitar uma corrida bancária e o efeito
cascata de colapso dessas instituições, o que levaria, por sua vez, à falência das empresas cujas
ações compõem tais carteiras.
Mas isso de forma alguma deve ocorrer à custa da destruição dos direitos sociais, do
aprofundamento da brutal desigualdade brasileira e em favor dos gestores das instituições
financeiras. Assim, é essencial que a PEC 10/2020 incorpore contrapartidas, como a suspensão
do pagamento de dividendos e do pagamento de bônus aos sócios, reversão de parte da taxa
de administração cobrada por essas instituições para os cofres públicos e aumento da
participação acionária do Estado nas instituições que serão mais beneficiadas.
Após a aprovação na Câmara Federal, o Banco Central percebendo a reação de
determinados setores da opinião pública sobre a falta de exigência de contrapartidas e de
mecanismos suficientes de controle das despesas públicas daí decorrentes, apresentou a
Resolução 4.797/20 que estabelece vedações à distribuição de resultados, redução de capital
social e aumento da remuneração de administradores de instituições financeiras. Tal medida é
insuficiente e constitui um ato administrativo, ou seja, algo que pode ser facilmente revertido.
A agilidade de liberação de recursos para o mercado financeiro contrasta com os
diversos entraves para a liberação de recursos suficientes ao Sistema Único de Saúde (SUS),
para os repasses aos entes subnacionais e para o urgente pagamento da renda mínima da
população mais pobre, negra e indígena. Some-se a isso o risco de uma autoritária e temerária
concentração de poderes decisórios no nível federal, já que a PEC do Orçamento de Guerra
veda direito de voto dos gestores estaduais distritais e municipais no Comitê Executivo da
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Calamidade, aumentando ainda mais o poder do Presidente da República, desprezando
competências administrativas e legislativas e violando o pacto federativo constitucional, que
se apresenta como garantia de promoção das políticas de saúde e de interesse local.
Presidente da República que diariamente comete crime de responsabilidade ao desafiar o
isolamento social e as medidas emergenciais de enfrentamento da pandemia.
A PEC ainda propõe que atos do Comitê Gestor da Crise sejam analisados diretamente
pelo Superior Tribunal de Justiça. As amplas atribuições ao Comitê Gestor de Crise certamente
trarão impactos para o exercício de direitos individuais e sociais constitucionais que não
poderão ser questionados nas instâncias comuns, seja estadual ou federal, importando em
grave violação do acesso à justiça. Não há justificativa para afastar a cláusula constitucional do
juiz natural, violando a própria noção de separação de poderes.
Políticas sociais: lentidão e baixo volume de recursos
No Brasil, o volume e a velocidade com que setores do governo federal têm mobilizado
recursos para aprovar medidas de salvaguarda ao sistema financeiro contrapõem-se com a
lentidão e a escassez de recursos destinados à saúde, à assistência social, à segurança
alimentar, à educação, à ciência e tecnologia aos programas de renda mínima e às demais
políticas sociais.
Diante da pandemia do novo coronanavírus, as medidas econômicas que estão sendo
adotadas podem ser agrupadas em sete grandes linhas: 1. garantia de renda à população -
trabalhadores formais, informais, autônomos, beneficiários de programas sociais e chefes de
família em geral; 2. auxílio às empresas – evitar a falência de empresas por interrupção de
fluxos de caixa; 3. adiamento no pagamento de impostos e tarifas públicas, em alguns casos,
até de aluguéis; 4. ampliação de recursos para áreas prioritárias, em especial, a saúde, de
forma a garantir a expansão da atenção básica, dos leitos das UTIs e do número de
ventiladores mecânicos; 5. auxílio aos entes federados - frente à queda inevitável de
arrecadação e à necessidade de manutenção dos serviços públicos; 6. garantia de
abastecimento e de conversão industrial para a produção de produtos essenciais para
enfrentamento da pandemia; e 7. auxílio ao sistema financeiro – tanto para o setor bancário
quanto para as demais instituições financeiras.
Em relação ao auxílio direcionado diretamente às famílias, há duas iniciativas:
primeira, o auxílio emergencial, já aprovado no Congresso, a trabalhadores autônomos e
informais; segunda, a proposta apresentada na Medida Provisória (MP) 936 pelo Executivo
para trabalhadores formais.
O auxílio emergencial, também denominado Renda Básica Emergencial, que teve valor
estabelecido em 600 reais, graças à mobilização da sociedade, em contraposição aos 200 reais
propostos inicialmente pelo governo, começou a ser viabilizado no dia 9 de abril. As exigências
para a comprovação de elegibilidade provocam, contudo, desespero para milhões de pessoas,
sobretudo àquelas que estão na extrema pobreza, levando ao rompimento do isolamento e à
exposição à doença.
Para os trabalhadores formais, o governo federal propôs um programa que poderá
levar à demissão em massa e provocar uma forte queda das remunerações de trabalhadores
formais que ganham acima de um salário mínimo. Inicialmente, o governo havia proposto uma
facilitação para as empresas demitirem seus funcionários na MP 927. Já a MP 936,
apresentada no dia 1 de abril, propõe que a empresa negocie caso a caso uma redução da
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jornada e redução proporcional de salários, enquanto o governo federal pagaria um valor
proporcional do seguro desemprego aos trabalhadores que tiverem a jornada reduzida.
Há uma série de problemas. Em primeiro lugar, o valor máximo do seguro desemprego
é em torno de R$ 1.800,00, menos de dois salários mínimos. Ou seja, haverá uma redução
considerável na remuneração da expressiva maioria dos trabalhadores formais. Segundo, há
estabilidade parcial apenas para os trabalhadores que negociarem a redução da jornada, sem
qualquer garantia para os demais trabalhadores.
Na realidade, a MP 936 mantém a possibilidade de demissão sem justa causa mesmo
para aqueles que renegociarem suas jornadas. Na prática, é alternativa barata para as
empresas ajustarem as suas folhas de pagamento sem qualquer garantia às trabalhadoras e
aos trabalhadores. Portanto, a MP 936 fragiliza o trabalhador, enfraquece a efetividade das
medidas de manutenção dos empregos, não garante a política de isolamento social e agrava
ainda mais o cenário de recessão econômica. É importante registrar que em vários países, os
governos estão cobrindo cerca de 80% dos salários de trabalhadoras e trabalhadores e
desenvolvendo um conjunto de políticas que os defendam do desemprego.
O crescimento da riqueza do setor bancário na pandemia
As medidas iniciais adotadas pelo Banco Central para o enfrentamento dos efeitos
econômicos da pandemia, como a disponibilidade de um volume estimado em R$ 1,2 trilhão
ao sistema financeiro, não surtiram qualquer efeito prático. Ou seja, grande parte desse
recurso não foi efetivamente utilizada pelos bancos para salvar empresas ou mesmo garantir
mais recursos para o próprio sistema financeiro. Na verdade, a maior parte desse recurso ficou
empossada nos próprios bancos e foi convertida em aumento do endividamento público, por
meio das chamadas operações compromissadas do Banco Central.
Em poucas palavras, uma das principais medidas desse pacote financeiro foi a
permissão para que os bancos reduzissem o percentual dos depósitos compulsórios, que na
prática representa a parcela que os bancos devem manter como reserva depositada no Banco
Central. Esse valor que fica retido no Banco Central não rende juros.
A lógica declarada do Banco Central ao reduzir esse percentual exigido foi que os
bancos utilizassem tal recurso para ampliar os empréstimos ao setor privado e renegociar as
dívidas das famílias e das empresas. No entanto, como não foi imposta qualquer exigência de
contrapartida para a redução dos depósitos compulsórios, os bancos não utilizaram esse
recurso para ampliar o crédito. Na verdade, demandaram títulos públicos diretamente ao
Banco Central, títulos esses que rendem juros, ampliando assim a dívida pública e aumentando
a remuneração do setor bancário.
As medidas já tomadas e as já anunciadas levarão a um aumento da dívida pública.
Esse aumento decorrerá muito mais das operações do Banco Central em favor do mercado
financeiro do que da ampliação dos benefícios sociais e dos gastos com saúde, assistência
social e de outras atividades prioritárias.
Pós-pandemia: a EC 95 e a ameaça do retorno ao ajuste fiscal
No mundo todo, no contexto da pandemia, as políticas econômicas de austeridade
vêm sendo profundamente questionadas. Políticas que articulam perversamente a defesa da
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diminuição do Estado, o investimento social como “atraso”, a necessidade de “sacrifício” da
população para a “correção do rumo”, a despolitização do processo de tomada de decisão
econômica (blindagem), escondendo os reais beneficiários de tais medidas; fomentam a
privatização como resposta à redução e à desqualificação das políticas públicas; exigem que,
em decorrência dos cortes das políticas sociais, as mulheres, sobretudo as mulheres negras e
pobres sejam ainda mais responsabilizadas pelos cuidados com as famílias, comunidades, com
a reprodução da vida.
A crise global gerada pela pandemia evidenciou a importância fundamental do Estado
e a necessidade de fortalecer sua capacidade de garantir direitos e enfrentar desigualdades.
No entanto, no Brasil, muitos economistas que, neste momento, advogam a favor da expansão
fiscal, já começaram a defender que após a pandemia, as políticas de austeridade devem
voltar a operar, uma vez que, segundo os mesmos, essas serão necessárias para fazer frente à
expansão da dívida pública. A própria metáfora de “orçamento de guerra” traz embutida a
ideia que, após “a guerra contra o COVID-19”, voltaremos aos cortes sociais e à redução do
Estado desconsiderando que os cenários que se colocam são extremamente desafiantes e
incertos.
Esse foi o maior erro das medidas adotadas para enfrentar a crise de 2008/2009. A
volta das políticas de austeridade, nos EUA e na Europa, interrompeu os processos de
recuperação econômica e levou a um forte aumento da desigualdade e da degradação
ambiental, além da redução do resultado fiscal nesses países. Desde então, o mundo vivenciou
a recuperação mais lenta de uma crise, com baixo crescimento econômico, elevadas taxas de
desemprego, aumento violento da desigualdade e expressiva piora da crise climática. Assim,
uma vez salvo o sistema financeiro, a maioria da população foi jogada à própria sorte. Isso é
exatamente o que não pode ser feito novamente agora.
No caso brasileiro, em dezembro de 2016 foi aprovada a Emenda do Teto dos Gastos
(EC95) que constitucionalizou a política de austeridade por vinte anos e foi considerada pela
ONU a medida econômica mais drástica do mundo contra os direitos sociais, comprometendo
ainda mais as condições de sobrevivência da população pobre e negra. A EC 95 é objeto das
Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) 5633, 5643, 5655, 5658, 5715 e 5743 que
solicitam ao Supremo Tribunal Federal seu fim imediato. Todas essas ADIs foram distribuídas à
Ministra Rosa Weber.
Em 18 de março, entidades e redes de sociedade civil que atuam pela revogação da EC
95, entraram no STF com uma petição de suspensão imediata da Emenda. A ministra Rosa
Weber deu um prazo até 26 de abril para que o governo e o Conselho Nacional de Saúde
apresentem informações sobre os impactos da emenda no enfrentamento da pandemia. É
fundamental que o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional atuem pelo fim da
Emenda da Morte.
Assim, sob teses aparentemente técnicas, a PEC do Orçamento de Guerra perpetua
escolhas políticas historicamente comprometidas com o acirramento da profunda
desigualdade no Brasil. De um lado, acena-se com autonomia irrestrita ao Banco Central para
se garantir mais recursos ao mercado financeiro. Ao mesmo tempo se defende a necessidade
do retorno do ajuste fiscal no pós-pandemia, comprometendo ainda mais os direitos
socioambientais no país, com a redução de custeio das despesas primárias e o corte nos
salários do funcionalismo.
Passada a pandemia, para lidar com a crise remanescente será essencial uma revisão
de todas as regras fiscais para a adoção de um novo sistema baseado em justiça fiscal que seja
compatível com o enfrentamento das desigualdades, com os direitos humanos, com a
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sustentabilidade ambiental em um contexto de complexas e aceleradas mudanças climáticas e
de possibilidade de novas pandemias.
Negar custeio suficiente ao SUS, à educação, à assistência social, à ciência e tecnologia,
à segurança alimentar e nutricional, à agricultura familiar, aos programas de renda mínima,
entre outros programas e políticas sociais e ambientais, só aumentará a depressão econômica
e, por conseguinte, agravará a crise, aprofundando ainda mais as imensas desigualdades, a
miséria e fome no país. É urgente que o país mude radicalmente o rumo dessa história. Nessa
perspectiva, o Senado Federal tem um papel fundamental na votação da PEC do Orçamento de
Guerra.
Assinam:
1. Plataforma DHESCA
2. Conselho Nacional de Saúde
3. Conselho Nacional de Direitos Humanos
4. Colegiado Nacional de Gestores Municipais da Assistência Social (CONGEMAS)
5. Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional – FBSSAN
6. Conselho Federal de Economia
7. Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
8. Articulação Social Brasileira para o Enfrentamento da Tuberculose - ART-TB
9. Associação Brasileira de Economistas pela Democracia - ABED
10. Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - ABRASCO
11. Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais - ABONG
12. Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação - FINEDUCA
13. Associação Nacional de Política e Administração de Educação - ANPAE
14. Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação - ANPED
15. Associação Nacional pelos Direitos Humanos LGBTI – ANAJUDH
16. Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente – ANCED
17. Rede Brasileira de Conselhos
18. Articulação de Mulheres Brasileiras - AMB
19. Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil
20. Campanha Direitos Valem Mais
21. Campanha Nacional pelo Direito à Educação
22. Central de Cooperativas Unisol Brasil
23. Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos
24. Comitê da América Latina e do Caribe para a Defesa dos Direitos das Mulheres -
CLADEM Brasil
25. Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação - CNTE
26. Confederação Nacional das Associações de Moradores - CONAM
27. Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas das Informações e
Instituições - FEBAB
28. Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar
29. Fórum Ecumênico Act-Brasil | FE ACT BRASIL
30. Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil
31. Liga Brasileira de Lésbicas – LBL
32. Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
33. Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil- MIEIB
34. Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH
35. Fórum da Amazônia Oriental – FAOR
36. Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político
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37. Rede Jubileu Sul
38. Rede Feminista de Juristas
39. Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias
40. União Brasileira de Mulheres
41. Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica da Unicamp
42. Ação Educativa
43. Amigos da Terra Brasil
44. Associação Cultural Esportiva Social Amigos -ACESA
45. Biblioteca Popular do Coque
46. Casa da Cultura da Baixada Fluminense
47. Conselho Estadual de Direitos Humanos do Rio Grande do Sul CEDH-RS
48. Casa da Mulher Trabalhadora – CAMTRA
49. Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (FLD-COMIN-CAPA)
50. Centro de Cultura Luiz Freire
51. Centro de Direitos Humanos e Educação Popular do Campo Limpo
52. Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Padre Josimo
53. Centro de Promoção da Saúde – CEDAPS
54. CENPEC
55. Centro Nordestino de Medicina Popular
56. CFêmea
57. Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos – CADHU
58. Coletivo Paulo Freire
59. Coletivo Paulo Freire de São Paulo
60. Conselho de Missão entre Povos Indígenas
61. Crioula
62. Entrenós
63. Fórum em Defesa da Educação Infantil de Olinda – PE - FEIMO
64. Fórum Inter-religioso e Ecumênico do Rio Grande do Sul
65. Fórum ONG Aids RS
66. Fundação Luterana de Diaconia
67. Geledés – Instituto da Mulher Negra
68. GESTOS– Soropositividade, Comunicação e Gênero
69. Grupo de Economia do Setor Público (UFRJ)
70. Grupo de Estudos Pesquisas do Orçamento Público e Seguridade Social da UERJ
71. Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para Agenda 2030 – GTSC A2020
72. Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – IBASE
73. Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos – IDDH
74. Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano – IDSB
75. Instituto de Direito Sanitário Aplicado – IDISA
76. Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC
77. Instituto Democracia e Sustentabilidade - IDS
78. Intervozes
79. Iser Assessoria
80. Rede JusDH
81. Justiça Global
82. Movimento Nossa BH
83. Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Fundo Público, Orçamento, Hegemonia e Política
Social (UnB)
84. Parceria Brasileira Contra a Tuberculose - segmento sociedade civil
85. Plataforma Cada Criança
86. Rede Beabah! Bibliotecas Comunitárias do Rio Grande do Sul
87. Rede Escola Pública e Universidade - REPU
7
88. Rede Panapanã de Mulheres do Noroeste Paulista
89. Sindicato de Professores do Município de Olinda – Pe (SINPMOL)
90. Sociedade Maranhense de Direitos Humanos
91. SOS Corpo
92. Terra de Direitos
93. Bibliotecas Comunitárias do CEPOMA
94. Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo
95. Uneafro
96. União de Mulheres de São Paulo
97. Centro Dom José Brandão de Castro
98. Fórum Regional das Organizações e Movimentos Sociais Populares do Campo e da
Cidade do Sudoeste do Paraná
99. Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas - MNCP
100. Movimento Negro Unificado - MNU
Guedes defende queimar metade das reservas internacionais: Brasil não precisa de tudo isso - Brasil 247
Guedes defende queimar metade das reservas internacionais: Brasil não precisa de tudo isso - Brasil 247: ‘O Brasil não precisa de todo este volume em divisas internacionais, talvez a metade disso. Assim, passada a crise, nada impede que possamos utilizar parte deste montante para pagar a conta da crise e até reduzir nosso endividamento’, defendeu Guedes em uma videoconferência com senadores
sábado, 11 de abril de 2020
Século XXI será da China, assim como o século XX foi dos EUA, diz economista Paulo Nogueira Batista Jr. - Brasil 247
Século XXI será da China, assim como o século XX foi dos EUA, diz economista Paulo Nogueira Batista Jr. - Brasil 247: Ex-diretor executivo do FMI e ex-vice-presidente do Banco dos Brics, Paulo Nogueira Batista Jr. afirmou que o "eixo do poder mundial" está se deslocando, desde o início do século, do "Atlântico Norte para a Ásia"
sexta-feira, 10 de abril de 2020
Coronavírus: Eduardo posta vídeo de Bolsonaro comendo em padaria e abraçando apoiadores
Coronavírus: Eduardo posta vídeo de Bolsonaro comendo em padaria e abraçando apoiadores: O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) postou um vídeo hoje em suas redes sociais no qual seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, aparece comendo sonho em uma padaria e cumprime
quarta-feira, 8 de abril de 2020
Trump diz que OMS foi "lenta e ineficaz" no combate à pandemia e ameaça cortar financiamento dos EUA - Brasil 247
Trump diz que OMS foi "lenta e ineficaz" no combate à pandemia e ameaça cortar financiamento dos EUA - Brasil 247: Ao dar briefing diário sobre a situação do coronavírus nos EUA, Donald Trump criticou a OMS, afirmando que a organização era "centrada na China", além de "muito lenta e ineficaz" em sua resposta à pandemia de coronavírus
terça-feira, 7 de abril de 2020
domingo, 5 de abril de 2020
Ursula von der Leyen: „Wir brauchen einen Marshall-Plan für Europa“ - WELT
Ursula von der Leyen: „Wir brauchen einen Marshall-Plan für Europa“ - WELT: Die Präsidentin der Europäischen Kommission, Ursula von der Leyen, hält einen gut finanziertem EU-Haushalt für das beste Instrument, den wirtschaftlichen Folgen der Corona-Krise zu begegnen.
(6) Memória Científica: Wilson Cano - YouTube
(6) Memória Científica: Wilson Cano - YouTube: Aproveite vídeos e música que você ama, envie conteúdo original e compartilhe-o com amigos, parentes e o mundo no YouTube.
sábado, 4 de abril de 2020
Câmara aprova em primeiro turno PEC do Orçamento de Guerra | Agência Brasil
Câmara aprova em primeiro turno PEC do Orçamento de Guerra | Agência Brasil: A PEC do Orçamento de Guerra cria um regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para o enfrentamento pandemia do novo coronavírus no país.
quinta-feira, 2 de abril de 2020
Monica De Bolle: “Hoje, dane-se o Estado mínimo, é preciso gastar e errar pelo lado do excesso”
Monica De Bolle: “Hoje, dane-se o Estado mínimo, é preciso gastar e errar pelo lado do excesso”: Monica De Bolle: “Hoje, dane-se o Estado mínimo, é preciso gastar e errar pelo lado do excesso”
L.Dowbor – Capital e ideologia, de Thomas Piketty: uma visão de conjunto dos nossos desafios – 4p. – abril 2020 | Ladislau Dowbor
L.Dowbor – Capital e ideologia, de Thomas Piketty: uma visão de conjunto dos nossos desafios – 4p. – abril 2020 | Ladislau Dowbor: Artigo originalmente publicado em Carta Maior Resenha de Thomas Piketty – Capital et Idéologie – Seuil, Paris, 2019, 1200 p. – ISBN 978.2.02.133804.1 Confira a
quarta-feira, 1 de abril de 2020
Rússia oferece ajuda humanitária aos EUA para combater o coronavírus - 31/03/2020 - UOL Notícias
Rússia oferece ajuda humanitária aos EUA para combater o coronavírus - 31/03/2020 - UOL Notícias: A Rússia está enviando ajuda médica para os Estados Unidos, país que se tornou o mais atingido pela p
Isolado, Bolsonaro leva seu maior panelaço durante novo pronunciamento (vídeo) - Brasil 247
Isolado, Bolsonaro leva seu maior panelaço durante novo pronunciamento (vídeo) - Brasil 247: No dia em que o medo ficou escancarado em sua face, recuando das declarações criminosas que vinha fazendo em outros pronunciamentos, Jair Bolsonaro recebeu o maior panelaço desses últimos 15 dias ininterruptos de protestos
Finalmente, o bom senso contra os piromaníacos - GGN
Finalmente, o bom senso contra os piromaníacos - GGN: O Jornal De Todos os Brasis - O Jornalista Luís Nassif lidera equipe Do Jornal GGN. Com opiniões e conteúdo de qualidade o portal sempre traz as últimas noticias do cenário político nacional
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