segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Espanha, França, Alemanha e Reino Unido dão ultimato a Maduro antes de reconhecer Guaidó

Espanha, França, Alemanha e Reino Unido dão ultimato a Maduro antes de reconhecer Guaidó: Países europeus dizem que se Caracas não convocar nova eleição presidencial em até 8 dias apoiarão Juan Guaidó como presidente interino responsável por conduzir transição democrática

Um comentário:

  1. Geopolítica do petróleo.
    O petróleo barato foi essencial para a reconstrução da Europa ocidental e do Japão. Também foi fundamental para a consolidação da hegemonia dos Estados Unidos sobre o bloco capitalista e do estilo de vida consumista dos americanos, conhecido como american way of life, que foi utilizado como instrumento de propaganda contra a ameaça de expansão do comunismo. O mercado petrolífero era então dominado por um cartel de empresas transnacionais, conhecido como as “sete irmãs”. Cinco empresas eram sediadas nos Estados Unidos: a Standard Oil de New Jersey (Exxon), a Standard Oil de New York (Mobil), a Standard Oil da Califórnia (Chevron), a Texaco e a Gulf. Outra empresa era sediada no Reino Unido: a British Petroleum, atual BP. E a última era sediada nos Países Baixos e no Reino Unido: a Royal Dutch Shell. Havia ainda uma oitava empresa muito importante: a Companhia Francesa de Petróleo, hoje conhecida como Total. Em 1960, surge um cartel de países produtores para fazer frente ao cartel das transnacionais: a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). A indústria petrolífera da União Soviética havia se recuperado depois de ter sido destruída na Segunda Guerra Mundial. E, agora, a União Soviética estava exportando petróleo para países fora do bloco socialista, como a Itália. A reação das transnacionais foi reduzir o preço do petróleo para tirar a União Soviética do mercado dominado pelas transnacionais. A redução dos preços implicava na redução da renda petrolífera dos países produtores, pois era obtida por meio de impostos sobre os lucros líquidos e pelo pagamento de royalties. (...). Em 2001, George W. Bush, filho do ex-presidente George Bush, assumiu a presidência dos Estados Unidos. George W. Bush, assim como o seu pai, já possuía negócios na área de petróleo antes de chegar à presidência. Logo no início do seu governo, George W. Bush constitui um grupo interministerial para formular uma nova política energética [23], publicada em maio de 2001. O grupo foi liderado pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, ex-presidente da Halliburton, uma das maiores empresas de prestação de serviços para a indústria de petróleo. E este grupo ainda contou com a assessoria das grandes companhias transnacionais de petróleo. A nova política energética priorizava a maximização da produção interna e a garantia do acesso ao petróleo no exterior em detrimento de alternativas como o desenvolvimento de fontes renováveis e medidas para aumentar a eficiência energética. A Venezuela, um dos principais fornecedores de petróleo para os Estados Unidos, que, presidida por Hugo Chávez desde 1999, voltou a cumprir as cotas estabelecidas pela OPEP e considerou fazer o mesmo que o Iraque, pois o dólar vinha perdendo valor frente ao euro. Por isso, Hugo Chávez [24] tornou-se outro inimigo do governo de George W. Bush, sendo inclusive vítima de um fracassado golpe de Estado apoiado pelos Estados Unidos em abril de 2002. O governo de Hugo Chávez enfrentaria a sua pior crise quando enfrentou uma greve da empresa estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) de dezembro de 2002 a fevereiro de 2003, que praticamente paralisou a produção de petróleo na Venezuela, ou seja, cerca de 3 milhões bpd a menos no mundo e que culminou com a demissão de cerca de quinze mil empregados da PDVSA.
    Além disso, Hugo Chávez, contrariando interesses de determinados grupos econômicos sediados nos Estados Unidos, agia desde o governo de Bill Clinton para frustrar a constituição da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). Em contrapartida, o governo de Hugo Chávez efetivou um projeto alternativo de integração, a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), que, além da Venezuela, reúne Cuba e outros seis países da América Latina e Caribe. No contexto da ALBA-TCP, a Venezuela subsidia petróleo para vários países da ALBA e recebe principalmente gêneros alimentícios em troca. - Wikipédia, a enciclopédia livre.

    ResponderExcluir