Considerando-se as desordens (...) que a imprensa já causou (...), julgando-se o (...) progresso que o mal faz dia a dia, pode-se prever (...) que (...) não tardarão a (...) banir essa arte (...) dos seus Estados (...) - Rousseau. Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público (...) como ela mesma - Joseph Pulitzer. Chomsky diz que "A propaganda representa para a democracia, aquilo que o cassetete significa para um estado totalitário.”
O ponto alto dessa cerimônia foi o discurso de encerramento do presidente do Congresso brasileiro. Ele fez uma verdadeira e empolgante defesa para que os parlamentares brasileiros legalizem a submissão do Estado e do governo brasileiros aos interessasses do Sistema Financeiro Internacional ou ao Consenso de Washington. Possivelmente ele, pela idade e falta de tempo, ignora que as idéias Bretton Woods estão ultrapassadas e já não conseguem desde 2007 resolver os problemas econômicos sequer das nações dominantes ou economicamente desenvolvidas ou a conhecida crise financeira internacional. Ainda cometeu o exagero de afirmar que o Brasil é o único país de economia forte que não tem um Banco Central independente. Não é verdade, porque todos os Bancos Centrais do mundo são submetidos aos seus respectivos governos, mesmo que todos tenham autonomia para cumprir as determinações ou acordos internacionais mediados pelo FMI na área financeira. Isto porque o Banco Central é uma Instituição financeira governamental que funciona como o “banco dos bancos” e do próprio governo. Destina-se a assegurar a estabilidade da moeda e o controle do crédito num país. Tem o monopólio da emissão de papel-moeda, exerce a fiscalização e o controle dos demais bancos e controla a importação e exportação de dinheiro e metais preciosos. Na Inglaterra, as funções de banco central são exercidas pelo Bank of England; na França, pelo Banque de France; nos Estados Unidos, pelo Federal Reserve System; no Brasil, pelo Banco Central do Brasil. E todos os Bancos Centrais têm a cooperação explicita e direta do FMI e do BIS. O BIS (Bank for International Settlements) é uma iInstituição financeira criada em 1930 e sediada em Basiléia (Suíça). Tem como objetivo promover a cooperação entre os bancos centrais e facilitar as operações financeiras internacionais. Funciona, sobretudo, como coordenador de movimentações financeiras internacionais de curto prazo. Muitas das funções que lhe cabia exercer passaram para o Fundo Monetário Internacional (FMI), embora o BIS tenha mantido, no âmbito europeu, o papel de banco dos bancos centrais. É dirigido por representantes dos bancos centrais da Grã-Bretanha, Alemanha, França, Itália, Suíça, Holanda, Bélgica e Suécia. Como podem perceber é impossível que um Banco Central seja independente e possa ser uma instituição financeira governamental, funciona como o “banco dos bancos” e do próprio governo. Seria uma contradição, que contrariaria a lógica de um banco do próprio governo. Ninguém serve a dois senhores. A competência técnica e a eficiência das ações de um Banco Central são as fontes de sua autonomia. Tudo mais é submissão ao sistema internacional e anulação da soberania do Estado para decidir sobre os rumos da sua economia. É o entreguismo está de fato morto para o Senador. Ele ignora ainda que o fato de alguns países, como a China terem combinado inflação baixa com crescimento econômico acelerado, sem ter seguido a cartilha do Consenso de Washington, alguns autores, economistas qualificados e habilitados, vêm criticando as austeridades das políticas definidas pelo Consenso de Washington, e tentando encontrar alternativas de modo a combinar um vigoroso combate à inflação com o progresso econômico e social dos países em desenvolvimento. Isto porque no imprescindível para o Estado e a sociedade, desenvolvida ou em desenvolvimento, o Consenso de Washington não obteve sucesso. Esta última tendência vem sendo denominada Pós-Consenso de Washington. Pelo visto o Congresso inicia em grande estilo! Iremos retroceder?
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