quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A Lava Jato insiste no protagonismo político | GGN

A Lava Jato insiste no protagonismo político | GGN

Um comentário:

  1. Para quem é profissional de qualquer área do conhecimento científico sabe das artimanhas dos profissionais para conquistar um lugar no mercado de trabalho e no Poder político público ou privado. Esta estratégia é decorrente de aprendizado realizado no ambiente universitário, antes de se tornarem profissionais, porque a ética não é matéria que reprova, sustentando uma concorrência entre os educadores que são selvagens e destoantes para a construção de um mercado de trabalho colaborativo e participativo, sem manchas éticas e morais no currículo e no comportamento dos futuros profissionais, em razão da luta fratricida por um lugar no Poder. Esta realidade fica clara quando Humberto Eco em seu romance “Numero Zero” afirma com base em suas experiências que: “Na universidade (na época, mas acho que ainda hoje) não são os filhos que odeiam os pais, mas os pais que odeiam os filhos”, para expressar essa concorrência fratricida e destruidora de uma sociedade futura. Hoje se ouve muito que o judiciário e o Ministério Público são os ambientes escolhidos por marginais para que possam prosperar sem grandes riscos, por se encontrarem acima da lei. Isso ficou evidente com as declarações da corregedora-geral de Justiça Eliana Calmon Alves, que foi diretora-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados ministro Sálvio de Figueiredo, quando disse alto e em bom tom: "A corrupção no Judiciário é muito deletéria, muito perversa". Ela, também, denunciou os "bandidos de toga" enquanto Corregedora do CNJ e foi a 1ª mulher Ministra do STJ. O caso do procurador e ex-senador, eleito em 2002, Demóstenes Lázaro Xavier Torres, que foi Procurador-Geral do Ministério Público de Goiás, antes de ocupar o cargo de Secretário de Segurança Pública, entre 1999 a 2002, no governo de Marconi Perillo, foi marcante. Não é por acaso que as investigações e punições se multiplicam nesses órgãos. Por tudo isto, podemos supor que esses profissionais da Lava Jato estão cumprindo o seu dever, mas com o “cuidado” de robustecer seus inquéritos e acusações, mesmo a custa de suposições, para se apresentarem ao Poder vindouro de forma a conquistar um lugar de destaque no futuro. Logo, tudo é válido se não existe limites e a atuação é legalmente livre de qualquer suspeita ou restrição, para que a autonomia e independência desses profissionais possam ser exercitadas. Como o Ministério público é o órgão responsável pela aplicação da lei esta situação se torna gravíssima. Isto do ponto de vista do exercício profissional em um Estado Democrático de Direito é uma aberração, mas é real. No entanto, este caos tem algo de bom porque transformará para o bem ou para o mal o Estado Brasileiro e torna mudança institucional produz novas mudanças, coisa que a velha estrutura do Estado brasileiro, representada na ação desse Ministério Público, precisa mudar nem que seja para ficar pior do que está, mas que possibilite novas mudanças. O caso que mais me chocou no Ministério Público, que eu tinha como algo sagrado ao exercício do Poder Judiciário, se deu ao tomar conhecimento de que um promotor estava sendo quase que obrigado a se aposentar porque havia discordado da luta de seus colegas por um aumento de salário, quando segundo esse promotor já ganhavam muito bem, pois o salário de um promotor na época girava em torno de 18 mil. Enquanto isto, o salário mínimo estava em torno de R$ 400,00 (quatrocentos reais).

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